Capitulo 123

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Cloe
Sem revisão

- Como assim não vai? - Ana estava debruçada na minha cama

- Tenho alguns trabalhos da faculdade morena...

- A nem vem Cloe - ela revirava os olhos de irritação

Lucas iria a uma festa muito importante, que consequentemente na cabeça de Ana eu deveria ir a todo custo. Eu não me importaria em deixar meus trabalhos de lado para acompanhá-la, mas claro, se ela precisasse de companhia, mas não, ela tem Lucas e quer de todas as formas me arrastar junto. Eu não me sentiria confortável segurando uma super vela no meio dos dois, e muito menos chamaria David, para entedia-lo com negócios de seu amigo

- Morena você vai com Lucas, se contenta - disse me levantando, percebendo que não havia chances de mim voltar a dormir

- Qual a parte você não entendeu, de que quero que você vá? - ela permaneceu na cama, me observando com aqueles olhos fuzilantes

Respirei fundo! Eu sei que teria que apelar para mentira, não que eu fizesse isso sempre, mas nesse caso era extremamente necessário

- David e eu vamos sair, por isso não vou com você, desculpa mais não vai dar - disse e entrei no banheiro o mais rápido possível

Por conhecer Ana tão bem, até já imaginava o tipo de sorriso que sondaria seu semblante nesse exato momento. Liguei o chuveiro e entrei, deixando minha pele levemente arrepiada com o gélido da água

- Por que não me disse antes em? - eu não disse? Ela estava sorrindo! - tudo bem - ela parecia pensar - vou me preparar para a tal festa - ela disse abrindo a porta do box - te vejo amanhã - ela sorriu maliciosamente, e sabia o porque - bom encontro - ela jogou um beijo no ar e saiu saltitante

Eu não queria mentir para ela, mas não tive opção. Primeiro, eu odeio festas de negócios, as pessoas sorriem de forma superficial acompanhado de olhares reprovadores a qualquer ação diferente ao costumes que lhe são aplicados, segundo, não quero sair para comprar roupas e gastar meu lindo sábado com isso. Por isso decidi fazer o que era certo para mim

Terminei meu banho feliz por ter vencido Ana e permanecido em casa, enrolei meu cabelo na toalha e coloquei um roupão amarrando na cintura, e desci para preparar meu cafe. Na manhã anterior tinha comprado bários biscoitos de chocolate e outro sabores, meu armário estava como uma criança adoraria, repleto de bolachas e doces, liguei a padaria e pedi algumas quitandas que logo chegaria. Apressei em terminar meu café para subir e me vesti quando a campainha toca

- Mas já? - disse abrindo e porta esperando ser a entrega da padaria

Mas não era

- Está muita linda hoje princesa - David apareceu com uma sacola que transmitia um cheiro sem igual

- Agradeço o elogio senhor - disse abrindo mais a porta para que ele entrasse

Desde quando conversamos sobre o bebê, David e eu ficamos numa boa, e ficou tudo resolvido, às vezes acho que criei uma tempestade em um copo d'água, mas, ignoro para não criar explicações na minha própria cabeça. De uns tempos para cá, quando Ana não vem tomar café da manhã comigo, David faz, e consequentemente ele ficará aqui até o final do dia, já que é sábado. Liguei para padaria e pedi só o necessário, não queria ter que jogar nada fora. Comemos e fomos ver filme

- Porque olha tanto no relógio? - eu já estava incomodada com a agonia dele

- Por nada - ele deu um sorriso amarelo

- Se precisar sair, por mim tudo bem - meu tom foi gentil

- Vou precisar sim, mas daqui a pouco, espero que não se incomode - ele beijou minha cabeça

- Tá tudo bem

A claridade do dia já estava quase no fim, e aquele frio gélido entrou pela janela, fazendo as cortinas balançarem em protesto, fui em sua direção para poder fechar um pouco, mas antes parei em frente e olhei para o cenário lá fora. O céu estava meio laranja meio vermelho, uma combinação única, da qual nunca tinha visto antes, o início da noite estava convidativo, mas eu não tinha motivos para sair, deixei a janela aberta e fui a procura do meu sorvete. David foi ao seu compromisso pouco mais de três horas atrás, disse que nos veríamos mais tarde e desapareceu, fiquei vendo mais alguns filmes e quando comecei a sentir frio fui até a janela

Meu sorvete tinha acabado, dá para acreditar?! Havia comprado quatro potes a semana passada, e nossa, acabou. Subi para o quarto para me trocar, vesti um short não muito curto e uma regata com uma jaqueta de couro preta por cima, fiz um rabo de cavalo, calcei uma sapatilha e desci, sentindo um frio na barriga estranho, peguei a chaves do carro e desci no estacionamento, entrei no carro e novamente um frio estranho percorreu minha barriga, me fazendo questionar o porque

- Só vou comprar sorvete, não vai acontecer nada de mais Cloe - dizendo isso a mim mesma dei partida no carro e sai do estacionamento

Realmente a noite estava convidativa, deixei as duas janelas da frente aberta permitindo o vento balançar alguns fios rebeldes do meu cabelo. Avistei algumas pessoas correndo e fiz uma anotação mental, eu precisava correr, todos esses sorvestes vão me levar a um peso que não quero, logo na frente vi crianças correndo com seus cachorros e fazendo outras atividades. No geral todos pareciam feliz, e em pensar assim, até poderia dizer a primeira vista que não tinha problemas a resolver. Continuei meu caminho e novamente um frio na barriga veio, mas desta vez, bem mais forte, ignorei e o sinal abriu, e acelerei o carro para se movimentar

Eu não sabia ao certo de onde vinha aquele barulho ensurdecedor de pneus sendo arrastado no asfalto, e então tive curiosidade de olhar

- Não não não não não... - só conseguia dizer isso

Eu não sabia o que tinha acontecido, minha cabeça latejava e meu corpo balançava de uma forma brusca, pelo visor não conseguia ver nada, a não ser tudo girando, senti meu celular vibrar no bolso, mas eu não conseguia me mover. Um último baque aconteceu, fazendo minha cabeça bater tão forte ao ponto de a dor que eu estava sentindo desaparecesse, e a única coisa que eu podia fazer era assistir a toda aquela sena, e no momento seguinte, apaguei!

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Galera tô escrevendo meu segundo livro, se quiserem dá uma olhada e só segui por aqui

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Ai está a capa...

Abraços!

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora