Capitulo 87

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Cloe
Sem revisão

Desci as escadas o mais rápido que pude e fui até Sophie

- Vamos minha linda? - me agachei para ficar do tamanho dela

- Claro! - o seu tom é animador e logo ela me envolve em um abraço, sabe aquele abraço reconfortante, como se fosse um impurranzinho para você continuar firme? Então foi esse abraço

As lágrimas queriam sair a todo custo mas segurei-as. Dentro do carro Sophie não parava de tagarelar sobre como era emocionante passear comigo, e contando suas histórias de um jeito divertido que me fazia esquecer dos problemas

David se demonstrou desinteressado, os seus olhos queriam a todo custo fugir dos meus, aquelas palavras " eu sinto muito " foram como uma apunhalada nas costa, meu desejo era de gritar e socar aquele lindo rosto, mas a culpa não era dele, apenas topei ajudar ele, e era só isso que deveria acontecer, eu não devia ter me apaixonado, não devia!

" você já estava apaixonada por ele antes, só não queria admitir " as palavras de Lola ecoa na minha mente

Droga, por que isso tem que acontecer justo comigo?, já não basta o que Afonso fez!? Eu só quero ficar longe desta coisa que se chama " amor "

- Tia, aonde vamos? - Sophie me tira dos meus pensamentos com aqueles olhinhos suplicantes

Fomos para um parque. O lugar era mágico, continha árvores gigantescas de todas as cores, azul, rosa, branca, lilás, amarelo e várias outras que não consigo citar ao menos metade delas, o chão é de pedrinhas brilhantes e a praça de alimentação tem vários formatos, algumas bancas são de sanduíches, outras de sorvete, picolé, pizza, tudo é diferente, personagens da Barbie, e várias outras fadas e heróis circulavam pelo local, tirando fotos e fazendo brincadeiras com a criançada

Nem preciso dizer que Sophie amou tudo aquilo, ficamos por lá até na hora do almoço, e depois fomos ao um museu de bonecas, de todos os tipo, de pano, madeira, porcelana, e tinha até de barro, coisa que nunca tinha visto antes, comprei meia dúzia para ela e fomos ao cinema, ela optou por um filme de princesa, que sinceramente eu amei ( desculpem, esqueci o nome ), depois fomos ao shopping, e compramos um vestido que Sophie escolheu

Nem preciso dizer que Sophie amou tudo aquilo, ficamos por lá até na hora do almoço, e depois fomos ao um museu de bonecas, de todos os tipo, de pano, madeira, porcelana, e tinha até de barro, coisa que nunca tinha visto antes, comprei meia dúzia ...

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Fomos em uma doçaria e pegamos um táxi

- Tia obrigado por hoje foi... - ela tenta achar a palavra certa - mágico - ela diz sorridente - quando você e o Dav casar pode vim morar aqui com agente, aí poderemos fazer esse passeio toda semana - os olhos de Sophie transmite um brilho e uma felicidade tão intensa, que por um minuto só queria um pouco dessa alegria para mim

- Claro minha linda, vou conversar com ele sobre isso, só não sei se ele irá aceitar a ideia, mas vou tentar - dou uma piscadela e forço um sorriso alegre

- Não se preocupe eu converso com ele! - ela diz animadamente e balança as pernas - posso contar um segredo tia Cloe? - seu tom é baixo e suponho que o taxista não possa ouvir

- Claro - me aproximo do seu ouvido e aquele segredo entre sussurros me faz soltar uma gargalhada alta e o homem que dirige assusta

- David resiste ao meu charme - sua voz é confiante

Não tive tempo de choramingar, é muito menos de deixar as lágrimas brotarem do meu rosto, a alegria de Sophie é tão contagiante que meu dia foi leve e suas histórias me faziam rir como uma criança. Aquela menina tem um brilho nos olhos que quase não se vê em ninguém, com aquelas bochechas vermelhas naturalmente é dona de uns olhos grandes e amendoados e seus caixinhos a faz parecer um anjo com uma doçura jamais vista

Não vai entrar tia? - ela diz parada do lado de fora segurando as sacolas e a porta do carro

- Não vou não coração, preciso fazer uma coisinha... - uma saudade súbita brota no meu peito - vem cá! - saio do carro e envolvo Sophie em um abraço

Aquele cheiro de inocência e de flores doces emana o meu espaço, sua pele é macia e os pequeninos cabelos balança de acordo com o ritmo do vendo. Me separo daquele abraço aconchegante e olho naqueles olhos grandes e tão lindo como se fosse desenhados a mão

- Olha princesa, a titia precisa ir, vou sentir sua falta - tento me levantar mais uma pequena mão me segura

- Tia, não vai embora! - seu tom é de uma súplica que quase não consigo resistir

- Eu preciso minha linda - meu sorriso é triste mas tento disfarça-lo

- Por que? - seus olhos encontram o meu e vejo uma necessidade nesta pergunta

- Sabe quando você se machuca com um brinquedo que você gosta muito?

- Sei!

- Então... E o que você faz quando isso acontece? - minha voz sai calma e precisa

- Vou sarar meu machucado - seus olhos ainda estão colado nos meus

- Mesmo que você tenha que deixar seu brinquedo favorito de lado? - pergunto

- Sim titia, porque não vou conseguir brincar sendo que estou machucada - um grilo canta ao longe e o céu parece responder

- Porque não?

- Por que preciso me sarar para depois voltar para o meu brinquedo, pois se não fizer isso vai doer muito. Mas por que está me perguntando isso tia? - sua inocência brota naqueles olhinhos

- Porque a tia precisa de um tempo sarar minha ferida, e quando isso acontecer vou estar melhor - respondo mais para mim mesmo do que para ela

- E a senhora não vai voltar para o seu brinquedo não? - aquela pergunta aperta meu peito e tento não demonstrar isso

- Isso só o tempo dirá Sophie! - minha voz sai baixa e rouca

- Tenta pelo menos voltar, por que ele pode precisar da senhora - ela beija minha bochecha e um sorriso misto de alegria e tristeza brota daqueles lábios carnudos e pequenos - até mais tia Cloe, amei o passeio, amei a senhora - sua voz é pura e um pedacinho de mim se ilumina

- Também amei o passeio e principalmente você - depósito um beijo na sua testa

- Até mais tia, não se esqueça de mim! - dizendo isto ela corre para dentro da casa, com a mãe dela esperando-a na porta, aceno para ela e ela faz o mesmo e sorrir graciosamente, e Sophie acena e entra, sumindo de vista

- Não vou esquecer - sussurro para mim mesma ouvir e entro no carro, para sair o mais depressa dali

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora