capítulo 108

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Cloe
Sem revisão

Tudo aquilo era de mais para minha cabeça. No início a ligação assustadoramente estranha, depois a notícia que meu pai estava vivo, logo mais queriam que fizessem uma troca ( ou seja, meu colar ), em seguida vi meu pai pela primeira vez, depois de anos, fiquei trancada em uma fábrica supostamente velha, e também descartaram todos meus sonhos, minha faculdade, meu namorado, minha amiga e tantas coisas, pra ir ao um país aonde eu nem tinha ideia de onde ficava

As coisas estavam tomando um rumo inacreditável, as reviravoltas tava me deixando louca, e não estava sabendo lidar com isso

Estava no carro há pouco mais de 2 minutos, e não conseguia prestar atenção nas perguntas que eram dirigidas a mim. As casas iam passando e pensamentos ruim me faziam estremecer. Eu apenas estava tentando entender como isso tudo foi acontecer, como as coisas chegaram nesse ponto. Eu não conseguia olhar para outro lugar a não ser para janela

Por outro lado meu pai parecia aliviado, a todo momento segurando a minha mão e dizendo que ia ficar tudo bem, e na verdade eu sei que iria, só estava tentando encaixar peça por peça

2 dias depois

Meus olhos estavam pesados, e quase não consegui abri-los. Fiquei deitada por alguns minutos, minha barriga estava roncando, e pelo visto, havia tempo que não ingeria nada. E então me sentei por alguns segundos e por fim resolvi me levantar

Minha cabeça rodava e minhas vistas escureceram num estalar de dedo, voltei a sentar e quando a tontura passou tornei a me levantar, só que desta vez, mais devagar. Fui até o banheiro e percebi que ele era bem familiar, todas as minhas coisas estavam lá, meus batons, colares, acessórios, até minha caixinha de absorvente estava no mesmo lugar que tinha deixado da última vez

Resolvi deixar isso pra outra hora e me posicionei debaixo do jato de água, e quando ele encontrou com meu corpo, um alívio prazeroso me veio

Tudo que aconteceu na noite passada, ou na ultima que estava acordada me veio à tona

Depois que finalmente conseguiram arrombar a porta, três homens todos de preto e com os rostos tampados, nos levaram para fora, no caminho avistei alguns homens mortos e nem sinal de Celso, logo estávamos no carro, e sabe se lá qual seria o destino. Não tentei fugir, muito menos questionar qual o propósito de tudo aquilo, apenas me sentei e fiquei observando o que passava do outro lado da janela

O carro finalmente parou em um local do qual nunca tinha ido, mas nem procurei observá-lo melhor. Entramos e eles nos levaram para uma sala totalmente preta, móveis, paredes, quadros e qualquer detalhe que seja, permanecia com a mesma cor. Então eu e meu pai ficamos lá por alguns minutos, não sei ao certo quantos, mas parecia uma eternidade, depois ele voltaram e nos tornaram a colocar em um carro, e no caminho eles nos deram um comprimido, admitindo ser soníferos, para conseguirmos descansar um pouco, já que nem um de nós dois conseguia-mos pregar o olho. Mas não fomos tomamos a força, muito menos fomos obrigados, de qualquer forma, os " homens de preto " sempre foram gentis conosco, nunca rudes nem violentos, nos tratamos com respeito, e então eles apenas ofereceram, e como eu não tinha nada a perder peguei dois e engoli com a ajuda de água. E em menos de dois minutos meus olhos foram ficando pesados e em poucos segundos, apaguei geral

Ainda debaixo de chuveiro, me lembrei que dormir sem ao menos saber com quem eu estava no carro, não sabia se era estrupadores ou coisas piores. Então procurei marcas, vestígios, machucados em toda parte do meu corpo, e não encontrei sinal de abuso ou até mesmo agressão, e soltei um suspiro de alívio por isso. Mas ao certo ainda não sabia o motivo de terem nos trazidos pra cá e o que iriam fazer conosco. Me apressei em terminar o banho, me sequei, peguei uma roupa dobrada que tinha visto em cima da poltrona e vesti, procurei por um secador e comecei a secar meu cabelo, e não percebi quando alguém entrou no quarto, só dei conta da presença da pessoa quando disse

- Oi

Me virei para ver quem era, levei um choque ao ver quem tinha entrado por aquela porta, pisquei várias vezes procurando ter certeza do que eu estava vendo, ou se era alucinação, e então, depois de vários segundo percebi que não era fruto da minha cabeça, e era realmente real!

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora