Capitulo 92

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Cloe
Sem revisão


- Você vai se atrasar garota! - a voz de Ana vinha em forma de gritos

Na noite passada, mal consegui dormir, meu celebro trabalhou todos os segundos e um turbilhão de sensações sobreveio, resultado; quando conseguir dormir já era quase a hora de levantar e acabei me atrasando.

Ana já está me gritando há vinte minutos e aparentemente sua paciência está quase no fim, mas não a culpo. Coloco a primeira calça que vejo e uma blusa regata branca, faço um rabo de cavalo no cabelo, passo meu rímel e desço

- Estou pronta - digo tropeçando nas escadas

- Já era hora! - ela bufa e percebo suas bochechas coradas

Ana me puxa apressadamente para o carro, e logo ela da partida. O caminho parece diferente, alguns lugares desertos agora estão floridos e vivos. O dia está perfeito para um piquenique, ir a praia, correr ou seja ele está maravilhoso para qualquer atividade. O sol reflete no meu rosto, fazendo com que aquelas ondas calorosas dão um brilho na minha pele, fecho os olhos por um segundo, absorvendo todo ar que meus pulmões permite, e ao mesmo tempo fico feliz por estar de volta.

O sinal fecha e paramos no semáforo, os carros avançam e tomam seu caminho, por entre os perdestes observo um casal parado na calçada se beijando e sorrindo ao mesmo tempo, suas mão entrelaçadas transmite a paixão viva daqueles dois, e uma estranha sensação me invade, me dando um aperto no coração

- Oi? - uma mão passa sobre meu rosto e alguns estalos me desperta

- Hãm?... Desculpa! - me ajeito no banco rapidamente

- Dá para você parar de voar e prestar atenção no que eu estou falando? - os olhos de Ana está, ora pra mim, ora para o trânsito

- Claro, desculpa

Ela se remexe no banco nervosamente e me olha por um longo período, balança a cabeça e solta um suspiro preocupado

- David chegou ontem, ele perguntou por você! Ele disse que te ligou várias vezes, mandou mensagem, até gravou mensagens de voz, mas aparentemente você não quis respondê-lo. Ele está preocupado com você - a voz de Ana é cautelosa

Realmente recebi as ligações dele, as mensagens de voz, as mensagens, mas, simplesmente não atendi, não respondi às mensagens e muito menos ouvi os recados, nada daquilo importava, o que realmente fez sentido para mim foi a maneira como ele descreveu a melhor noite que eu tive na minha vida com um simples " eu sinto muito "

- Hum! - disse quase que em um sussurro

- Branca? Qual é? O que tá acontecendo? - o olhar de Ana procurava o meu, e era isso que eu temia

- Olha, eu sei que eu possa está interpretando tudo errado, mas eu não sei o que fazer! - olhei para minhas mão procurando alguma saída

- Tenta conversar com ele, tenta pelo menos esclarecer as coisas! Às vezes ele não soube se expressar, você conhece ele melhor do que a mim - de um jeito estranho, Ana tem razão

A aula foi tranquila, dois professores se ausentaram por motivos pessoais e saímos mais cedo do que o previsto. Não vi David na faculdade, e logo que fomos dispensados, optamos por ir embora, já que Ana iria voltar a morar no seu apartamento

O prédio foi reerguido e a estrutura agora está confiável, nós fomos visitar o novo ap dela e é simplesmente perfeito, com direito a closet e muito mais. Sim! Eu estou triste por ela me deixar, mas ela está tão animada com a ideia que nem me atrevo a pedir que ela fique, e além do mais, ela e Lucas estão namorando e os dois precisam de " privacidade " e por isso acho que ela quer tanto ir

As várias malas de Ana foram colocadas no capô da sua camionete, que por sorte é grande o suficiente para caber tanta coisa

- Você não precisa chorar tá!? - Ana me toma em um abraço acolhedor

- E quem vai gritar comigo de manhã para mim acordar? - digo com um tom brincalhão

- Branca, eu sempre vou estar aqui. Você sabe, eu tenho que ir, se não minha mãe vai achar que eu não preciso dele e vai ficar chateada por ela ter comprado um apartamento em vão, sabe como ela é dramática - um sorriso alegre flui no seu rosto

- Claro que sei, mas se cuida morena! - abraço-a novamente e nos separamos pouco depois

- Olha, quero te agradecer por tudo, pela estádia, pela ajuda, e principalmente pelo apoio, não sei o que seria de mim sem você, te amo tá branquela e mesmo você me estressando vou sentir sua falta - ela fixa as mãos na minha bochecha como se eu fosse uma criancinha

- Ana, credo, parece até que não vamos nos ver mais! Vai lá, e também te amo doida - depósito um beijo na bochecha dela e sorrio

- Até mais! Amanhã eu venho aí - ela entra no carro e liga o mesmo

- Tá bom - digo apenas

O carro começa a andar e depois ela para e abaixa o vídro

- E conversa com ele, vai fazer bem a vocês - com um tom compassivo ela diz

- Vou fazer isso - tiro uma mecha que cai no meu rosto

- Aproveita que ele está chegando, vai lá. Boa sorte! - ela indica com o olhar na direção das minhas costas, Ana fecha a janela e some por entre a porta da garagem

Olho para a direção apontada por ela e vejo o carro de David adentrar o estacionamento, uma série de vontades me invade, e uma delas fazer o que Ana disse, mas a pergunta é será que eu vou conseguir?

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora