Viagem à Oxford

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          Acordei pela manhã disposta a sumir do mapa. Eu estava me sentindo uma idiota por ainda ter esperanças com Richard e por esperar que ainda voltássemos. A verdade é que eu queria parar de chorar por pessoas que me deixavam ir sem remorso.

          Peguei minha mochila, coloquei algumas comidas e bebidas nelas e saí de casa. Eu estava usando uma blusa regata por baixo de um moletom, com uma calça jeans e botas. Fui á estação de trem de táxi e peguei o primeiro trem que partia para Oxford, só queria resolver aquilo. A viagem foi um tanto quieta. Coloquei meus fones e fiquei ouvindo músicas do Sam Smith até que chegasse, pelo menos isso era o que eu esperava fazer.

          - Bom dia - disse um rapaz se sentando ao meu lado.

          - Bom dia - respondi sem olhar seu rosto.

          - O que está achando da viagem? - ele me perguntou olhando para a janela ao meu lado.

          - Bonita - me virei para olhá-lo e me deparei com um deus grego. Ele era alto, muito loiro e tinha olhos verdes sem iguais. A barba que lhe caia muito bem, que fazia um par perfeito com o terno que usava.

          - O que vai fazer em Oxford? - ele me olhou sorrindo. Quase derreti com seu sorriso e fiquei com vergonha da roupa que eu usava perto da dele. Fora a bagunça que se encontrava meu cabelo.

          - Vou tentar resolver um assunto com um idiota - falei tentando não parecer ríspida.

          - Seu namorado? - ele riu.

          - Ex-namorado.

          - Como vocês mulheres conseguem ficar correndo tanto atrás de um cara? Ele deve ser um moleque para precisar que você vá até ele, - ele notou que eu o fuzilava com os olhos -com todo respeito, claro.

          - A verdade é que eu não sei se vou lá, - fiquei um tanto confusa - eu só queria resolver essa história logo e acabar com esse... esse... Essa coisa que estou sentindo.

          - Você é uma mulher bonita demais para ficar sofrendo por um cara. E ele idiota demais para deixar uma mulher como você esperando por ele.

          Quando ele disse isso fiquei extremamente vermelha. Olhei para baixo por um segundo, sem saber o que dizer.

          - E você vai fazer o que em Oxford? - perguntei fugindo do assunto.

          - Eu vou a trabalho. Sou advogado.

          - Devo chamá-lo de Doutor..?

          - Doutor Becker. Me chamo Dylan Becker - ele sorriu.

          - Dylan também é o nome do meu irmão - dei um leve sorrido - ele é uma graça.

          - Você também é - ele sorriu - Como você se chama?

          - Evelyn Bennetti.

          - Prazer em conhecê-la, encantadora Senhorita Bennetti.

          Ri ao ouvir isso. Dylan, o deus grego, era um homem muito interessante. Passamos a pequena viagem conversando sobre diversas coisas e para meu alívio, ele não tinha namorada. Quando chegamos, demos nossos números antes de sairmos, e um abraço também. Saí do trem com minha pequena mochila pensando em um garoto, ou melhor, um homem diferente: Dylan Becker.

 Saí do trem com minha pequena mochila pensando em um garoto, ou melhor, um homem diferente: Dylan Becker

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