O Que Eu Sentia

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          Tomei uma séria decisão em minha vida, no momento eu não queria nenhum dos dois. Não queria Richard nem Dylan, com o tempo eu havia percebido isso. Existiam coisas dentro de mim muito mal resolvidas, coisas que eu pensava que eram verdade, coisas que eu acreditava que não. Acreditava sinceramente no amor de Richard, mas no Dylan também. Eles eram pessoas que eu eu já havia conhecido há muito tempo, mas não eram as pessoas que eu queria em minha vida no momento. Eu amava os dois, de formas diferentes, e sentia coisas diferentes pelos dois. Amava Richard pelo fato de ele ter me cativado dia após dia. E amava Dylan por ter me feito sentir coisas diferentes a cada dia. Não era o mesmo tipo de amor, e sim formas que eu encontrei sobre interpretar o que era amor. O que é o amor então? Me fiz essa pergunta dia após dia, até que percebi que não sabia nada sobre ele. Busquei verdadeiramente o que era amor e entendi que tudo o que eu sentia era paixão. Aparentemente apaixonada pelos dois? Não, eu estava confusa. Porque os dois gostavam de mim, mas não me amavam. Quando percebi que Richard se importava mais com ele do que comigo, senti que não deveria continuar a me apaixonar. E depois que percebi que Dylan era uma pessoa conquistadora e não atraente, foi quando entendi os dois. Eram dois garotos brincando com o coração de uma só garota. Um prêmio ou até mesmo uma luta, como se quisessem a todo custo uma pessoa só. Mas cada um me via de uma forma diferente. Harry havia gostado de mim porque me achava bonita, Richard também, embora prestasse mais atenção nos detalhes. E Dylan era meio idiota, apesar de muito bonito. Mas isso nunca significou que eu amava mais um do que o outro. Apenas amava o que eu sentia por eles. Amava a ideia de amar, amava a paixão, amava o amor. Mas não os amava. Era cedo demais para tudo isso. Eu tinha 19 anos no corpo de uma garota de 15. Era feliz por quem era. Era feliz pelo que eu havia feito durante a minha vida, e não pelo passado. Sorria ao lembrar das experiências e não deles. Amava os três pelo que me fizeram sentir e pelo que sentiram por mim. Mas nem eu e nem mesmo eles me amavam. Sim, eu amava a ideia de um dia amá-los. Mas eu nunca havia sentido completamente o que era o amor, ou melhor, o que ele é. O amor é um sentimento com milhares de interpretações diferentes, contudo em todos os momentos nós sentimos paixão. Éramos imaturos, infiéis. Pelo menos fomos felizes, e sim, gostaríamos de viver tudo novamente não pelo fato de ter doído, mas sim pela forma como resolvemos lidar. O amor é algo que se descobre todos os dias... E amar alguém era muito mais que palavras de promessas, eram realizações e desejos. Amar dependia de um futuro incerto. De uma decisão. Uma decisão que eu havia decidido tomar com 19 anos.

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Só Mais Um Dia - Parte II Onde histórias criam vida. Descubra agora