Um enorme pra vocês ❤️
Eu procurava manter a calma, mas não conseguia, eu estava a ponto de avançar pela mesa e quebrar cara dela.
A Laura parecia perceber que eu estava prestes a explodir, até a mão do JV eu já tinha tirado da minha perna.
JV: Amor? - sua voz grossa e deliciosamente rouca me acordou do transe.- qual foi? Geral já levantou e tu aí.
Madu: Eu preciso ir pra casa.
JV: por que ?
Madu: porque eu quero.- bufei.
JV: tá chatona.- ele falou bravo
Madu: então vai ficar com a aquela lá e me deixa em paz.- levantei e deixei ele sozinho lá. Não sou fofa com ciúmes, eu estou com ciúmes, eu vou matar ela e ele... Eu vou embora sozinha e a pé.
Parei do lado da Laura, ela me encarou por algum tempo e depois disparou.
Laura: Estava errada.. Tu tá amando.- disse em um sussurro.- Isso é um erro.
Madu: você tá louca ?
Laura: Não.. Você nunca foi de sentir ciúmes, é.. Meu Deus! Você está vermelha. - Ela gargalhou.
Madu: Para!- disse alto. Procurei a tia Lu e a achei ela dando uma dura na Karol, a víbora estava com os olhos marejados e de braços cruzados. - Desculpa, tia Lu.. Eu vim me despedir de você.- disse sorrindo
Lu: Mais já ? Vocês já vão ?
Madu: Sim, minha perna tá doendo muito, preciso deitar.- arrumei qualquer desculpa.
Lu: mas estar tão cedo!- disse olhando no relógio. Ela olhou por cima do meu ombro.- Já vai ? Tá cedo.- ele ficou do meu lado, me olhou e depois olhou pra tia Lu.
JV: é tia, meu pai tia precisar de mim hoje. Tchau.- ele beijou a testa dela.- Tchau Karol.- beijou q bochecha dela.
Madu: Foi um prazer, tchau.- beijei a bochecha da dona Lu. - Tchau. - disse pra Karol só por educação.
Lu: apareçam mais Meus amores.. Vocês formaram um ótimo casal. - nós dois apenas sorrimos pra ela.
Karol: vem me buscar pra mim passar uns dias contigo lá no morro
JV; Vamo ver né.- ele sorriu. Ela não me respondeu :):):):):):) fofa =] lindinha :)...
Estava emburrada de braços cruzados. Maldito, Desgracado. Olhei pra ele brevemente e ele estava.. Espera. Contendo o risos? Desgracado.
Jv: Tá Madu, já pode parar o ciúmes.- ele falou ainda sorrindo.
Madu: Que ciúmes o que ? De quem? De ti? Ridículo, me poupe. Idiota, babaca, desgraçado, infeliz... Aaah.- esbravejei.- Não fala comigo. - aumentei a música, e fiquei emburrada e olhando pela janela.Logo percebi que o caminho que seguíamos não era pro morro dele e nem pro do meu pai, era de outra comunidade.
Madu: Tá indo pra onde ?
JV: vamos pra casa de um amigo meu.
Madu: Você tá doido?!- saiu um pouco acima do tom.- Você tá me levando pra outro morro? Tá doido? Ou eu morro, ou meu pai descobre e eu morro.
JV: relaxa.- ele falava calmo.-
Madu: Não.. João Vitor se meu pai descobre ele me expulsa de casa, ele vai me matar..- disse desesperada.- não quero magoar meu pai.- disse chorosa. Ele me olhou rápido.-
JV: não quer o que ? Quando tu começou a se envolver comigo tu já tava sujeita a isso.
Madu: Eu..- ele me interrompeu
JV: não pensou nisso?
Madu: pensei.
JV: dependendo do rumo que isso levar, tu vai ter que chegar nele e falar.
Madu: NÃO.
JV: então pra quê nos tá junto ?
Madu: Não sei.. Tá fluindo e..
JV: tá Madu. Vamo deixar passa.- ele voltou a prestar atenção apenas no caminho.
Madu: tudo bem, pode ir pra lá.
JV: tu acha mesmo que eu ia te levar pra algum lugar que tu fosse ficar em risco?
Madu: só que..
JV: só que tu não confia em mim, acha que eu vou te matar ? Já tive oportunidade diversas vezes e nunca fiz nada.
Madu: Se pra você um tiro não é nada, então tudo bem.
JV: vou pra te salvar.- ele bateu com as mãos no volante, até me assustei.-
Madu: Ei, olha o tom que tu fala comigo. Não sou tuas putas.. Ah, esqueci! Tuas putas são tratadas com mais carinho, né ?
JV: Ela é como prima pra mim, pra tu ficar de ciúmes idiota e sair da casa de uma pessoa que não via a meses e tava mó afim de ver, aí pude nem falar com ela direito, porque a criança bateu o pé no chão e quis vim embora por merda. Nós tem anda não Madu.- confesso que pisquei mais de uma vez com o que ele falou.
Madu: Ok, desculpa.- foi a única coisa que eu formulei. Já que nós não temos nada, não tem porque de me arriscar por isso. Mas o que eu esperava? Uma história de amor fofa ? Me poupe. Ridícula, iludida, criança, energúmena.
JV: Madu.. - ele me interrompeu dos Meus pensamentos.- Oh, não leva o que eu falei a sério, tava putão e aí né..- apenas assenti.
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No Morro Rival
RomanceMaria Eduarda, filha de uns dos maiores traficares do Rio de Janeiro. Apesar de ter o pai que tem, de conviver no tráfico ela é uma menina doce, meiga e que nunca arranjou problema algum pro seu pai. É amada, respeitada e admirada por toda a favela...