Ruínas

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Ruínas

Nathaniel

- Se eu fosse você Nate, seria mais simpático. Vai preferir me ter como uma amiga, acredite em mim.

- Será que pode me chamar pelo meu nome? – voltei a me sentar ao lado dela.

- Não – retrucou como uma criança mimada que gosta de provocar.

Ruínas de pura raiva saíram contra a minha vontade de meus poros. Ela riu, passou os dedos pelo ar como faria ao segurar uma cortina, aproximou uma das minhas ruínas de seu rosto e fechou os olhos, satisfeita:

– Ah, a raiva, um de meus sentimentos favoritos, vocês humanos se desfazem tão facilmente em ruínas.

- Eu não sou humano.

- Tem certeza? Se entrega tão facilmente às suas emoções que seria fácil confundi-lo à uma criança.

- Pensei que fôssemos falar de Liza – falei emburrado mais uma vez, percebi que estava de fato, reagindo excessivamente.

- Não está nem ao menos curioso, com o motivo de você estar reagindo assim, a mim?

- Você acaba de dizer Gaia, estou realmente entregue ao que sinto, admito isso.

Ela jogou a cabeça para trás e cobriu a boca com uma das mãos, ria histericamente, como uma hiena. Mais uma vez quis sair dali, mas não antes de esganá-la.

- Desculpe Nate, eu estava brincando com você. Claro que sou eu a causa disso. Céus, você se leva a sério demais, né? Mas tiro o chapéu para o seu autocontrole, é impressionante.

- Não estou entendendo.

- Você tem muita paixão, Nate, e como obviamente não está atraído por mim, - falou se inclinando para mostrar seu decote exagerado – o que desperto em você, é a raiva. E você tem muita, pronta para aflorar. Foi o que me atraiu aqui.

- E o que isso tem haver com você?

- Eu sou uma alma perdida, Nate. Forjada pelo Conselho para prosperar na Terra, claro que como você recentemente descobriu, não foi o que aconteceu.

- Disse que foi atraída, por mim?

- Eu me alimento de energia vital. Suas ruínas meio humanas são inebriantes, um deleite.

Gaia se espreguiçou, deitando-se na areia e lambendo os dedos.

- Foi isso que quis dizer com "se desfazem em ruínas".

- Garoto esperto.

- Agora que terminou sua refeição, diga o que sabe de Liza.

- Eu posso lhe ensinar se quiser, a se fortalecer das fraquezas de Olaf – observou ela, ignorando o que eu havia acabado de falar. Eu sabia que ela estava me prendendo ali. Mas foi o suficiente para conquistar minha atenção.

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Hmmmm, essa Gaia hein? =x

Amanhã é dia de descobrir o que a Amanda e a Liza viram!

Beijossss e boa noite amores!

O Templo - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora