26º Capítulo

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Eu fiquei na sala com a Gemma e com a Anne à espera de Harry. Ficámos lá a falar sobre Harry e a Anne até me mostrou um álbum de fotos de quando ele era pequeno. Ele era bastante fofo e ainda é mas eu ri-me bastante com as histórias que ela contava. Uns segundos depois o Harry desce. Estava com os seus óculos, cabelo “normal“ dele e com uns dos fatos da One Piece e as suas All Star brancas.

Harry: Estou pronto!

Eu: Sim, estás muito giro!

Harry: Achas?

Eu: Sim...só não sei porque que nas aulas não te vestes assim...

Harry: Oh porque eu gosto de estar giro nas férias só para ti!

Eu: Hmm...olha que me dizes a irmos às compras?

Harry: Compras? (Falou com uma voz do tipo “odeio compras“).

Eu: Sim lindo, precisas de renovar o teu guarda roupa!

Harry: Ah tá bem mas estou de castigo! A minha mãe não me deixa sair!

Eu: Eu peço e ela deixa, não é Anne? Vá lá deixe-me ajudar o seu filho a renovar o guarda roupa.

Anne: Hmm ok...mas a seguir ao jantar, que ele vai contigo tem de estar em casa!

Eu: Combinado!

Harry: Até logo melhor mãe do mundo!

Ele sorriu e deu-lhe um beijo na cara. Saímos ambos de casa de mãos dadas. Iamos na rua a falar e aos beijos. Avistamos algumas pessoas da escola e elas olhava um pouco de lado como sinal de reprovação porque na cabeça deles o Harry era apenas o nerd da turma e eu a menina popular da turma. Eu e Harry não ligámos e eu agarrei ainda mais a sua mão. Ouvi o meu telemóvel a tocar. Larguei a minha mão da de Harry para ir buscar o telemóvel. Vi que era uma chamada do George. Quando estava prestes a atender o telemóvel parou de tocar. Não liguei de novo.

Eu e Harry começamos a falar e íamos a rir, até que Harry que ia na brincadeira no passeio e ia a tentar não pisar as linhas (brincadeira de criança). Harry desequilibrou-se e caiu na estrada. Ao mesmo tempo que ele se levanta um carro passa e atropela o Harry. Ele apenas teve tempo de dizer “amo-te“ e o embate com o carro fez com que ele “voasse“ para a frente uns bons 5 metros. Vi o carro parado, o Harry longe de mim no chão e rodeado de sangue e gente logo ali concentrada. Entrei em estado de choque, corri para o Harry e quando as pessoas se afastaram para eu passar, eu vi o seu verdadeiro estado. Ele estava mesmo cheio de sangue, os seus óculos partidos e inconsciente. Os meus olhos encheram-se de lágrimas e não consegui falar.

O meu telemóvel voltou a tocar e era George novamente

 Atendi e não falei.

George: Olá! Ana?

Eu: George...(a chorar e a falar a gaguejar).

George: Tudo bem? Estás a chorar! O que se passou?

Eu: George...o Harry...ajuda-me! Ele foi atropelado! Está à minha frente esvaiado em sangue, inconsciente...

George: Liga para uma ambulância! Aonde estás?

Eu: Em Londres...perto da Tower Bridge...

George: No meio daquela multidão? Eu também estou na Tower Bridge e estou a ver...eu vou já aí!

Ele desligou e eu logo liguei para a ambulância. Falei tudo o que se tinha passado e depois de guardar o telemóvel encostei Harry ao meu peito, fiquei logo cheia de sangue mas para mim agora era o menos importante. Eu não sentia a sua respiração acelerada como quando estava abraçado a mim. Eu comecei a chorar mesmo muito, as minhas lágrimas escorriam pela minha cara abaixo. Eu abracei-o a chorar. As pessoas olhavam para mim com pena, o que me fazia chorar mais.

From behind the eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora