38º Capítulo

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Fui para a sala e liguei a televisão. Estava a dar o tempo. Vi que para esta noite vai chover e trovoar. Boa, odeio trovoada e ainda por cima vou estar sozinha. Será que pode piorar? Bem, até pode, quando eu ouvir um mínimo barulho eu entro em pânico. Harry aonde estás tu!? No final de ver o tempo saí da sala. Conseguem adivinhar para onde eu vou? Bem, vou para o sótão. Nunca o apresentei a ninguém, é im lugar que eu gosto mas que ninguém lá vai. Nem os meus pais. Pois bem, quem vir a minha casa por fora nem imagina que tem um sótão e bem grande por sinal. Eu vou explicar porquê. Quando os meus pais se mudaram para cá, para Londres, esta casa estava totalmente em ruinas quase. Foi reconstruída e apenas o sótão ficou igual. Bem esta casa é muito antiga e já ouve quem dissesse que havia fantasmas no sótão. Eu não acredito, mas bom. São lendas.

Bem, continuando eu subi ao sótão. Aquilo estava cheio de pó e havia lá tanta coisa velha. Livros, caixas, baús com roupas antigas, fotografias de pessoas que não conhecia, deviam ser das pessoas que lá moraram antes de mim. E no fundo do sótão, um piano de cauda, preto. Era lindo. Os meus pais não sabiam que ele lá estava. Ao menos ainda funcionava como é óbvio.

Dirigi-me ao piano e sentei-me no banco deste. Comecei a tocar uma música lenta e bonita ao mesmo tempo. Nada melhor que tocar piano numa noite de tempestade. Enquanto tocava, escutava cada nota que saia dali. A música era algo que me fascinava. Enquanto tocava aquela música, pensamentos chegavam-me à cabeça, lembrei todos os momentos que tinha passado até agora com Harry.

Pouco depois deu-me o sono e saí daquele sótão. Fui para o quarto, e vesti o pijama. Deitei-me na minha cama a ouvir os pingos de chuva que caiam sobre a minha janela.

Os meus olhos tornavam-se pesados e a adormecia lentamente.

Estava mesmo quase a adormecer até que...eu ouvi uns barulhos estranhos. Despertei rapidamente e levantei-me. Fui lentamente para o corredor mas nada, olhei de cima das escadas para baixo e vi 2 figuras humanas (homens provavelmente) a remexer a minha casa. Espera aí, estava a ser assaltada!? Nah, isto não pode ser. Entrei em pânico e corri para o meu quarto. O meu coração estava acelerado. Ouvi as suas vozes ao fundo das escadas.

Xx: Vamos procurá-la...o chefe quer que a levemos...

Espera aí! Eles estavam a falar de mim? Saí do meu quarto e corri para o sótão. Vi para lá coisas espalhadas, até que vi um baú perfeito para me esconder. Abri-o e tinha roupas, mas meti-me dntro dele na mesma e fechei o baú. Tentei respirar calmamente, e ouvi passos a aproximar-se. Eu juro que rezei para eles não me encontrarem.

Xx: Mas onde é que ela se meteu?

Xx2: Não sei mas havemos de encontrá-la, ela passa várias noites sozinha sem o pais. Vimos buscá-la noutro dia.

Xx: Sim, quando?

Xx2: Temo de espiar...vá, vamos embora...

Ouvi novamente passos, mas depois deixei de os ouvir. Um ou dois minutos depois ouvi um carro a arrancar. Eles tinham-se ido embora por hoje.

Para além de sentir os vestidos, senti algo mais. Saí rapidamente do baú. Procurei rapidamente a minha lanterna, porque o sótão não tinha lâmpada.

Liguei a lanterna e olhei para o baú. Vi roupas perfeitamente direitinhas e eram antigas mas bonitas. Arrumei aquelas roupas para o lado e vi um livro enorme. Tirei-o do baú e abri-o. Tinha letras perfeitamente desenhadas. Lindas, era óbvio que não era deste tempo, muito melhor que a minha caligrafia.  Comecei a ler. Eram cartas de 1925. Fantástico. Vi depois fotografias. Eram dois jovens lindos, a rapariga, olhei bem para ela. Hei! Espera aí, ela era igual a mim e o rapaz, era igual ao Harry. Mas o que é que isto significava? Guardei o livro e fui para o meu quarto. Deitei-me e desta vez acabei mesmo por adormecer.

#Novo Dia

Acordei com uma vontade enorme de vomitar. Mas porquê? Ok, eu estou estranha. Mas eu não aguento mais...

Fui a correr para a casa-de-banho e vomitei mesmo. Depois disse, lavei os dentes, tomei um banho e depois de me vestir fui tomar o pequeno-almoço. Saí para a escola. Quando cheguei fui logo ter com o Harry.

Harry: Bom dia amor!

Eu: Bom dia!

Abracei-o logo. Ele correspondeu o abraço.

Harry: Que se passa? Estás estranha, tensa...

Eu: Harry...eu ando estranha...

Harry: Conta-me...

Eu: Logo...posso pedir-te uma coisa?

Harry: Tudo o que quiseres amor...

Eu: Deixa-me dormir em tua casa hoje...os meus pais não estão hoje outra vez...

Harry: Claro...mas passou-se algo para essa decisão?

Eu: Sim...ontem...uns homens apareceram lá em casa...eu fugi para o sótão...escondi-me num baú...

Harry: O quê? Eles fizeram-te mal? Como é que eles eram?

Eu: Não lhes vi a cara, eu ouvi-os a dizer que me queriam apanhar para levar ao chefe deles...mas eles não me encontraram e disseram que voltavam durante as noites em que eu estava sozinho...

Harry: Eu não acredito...tens de falar com os teus pais e à polícia..eles são perigosos...

Continua......................

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From behind the eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora