2003, Julho

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Imperatrix Mundi

Ela acorda, ainda é noite, as pernas doem, a coluna também, mas o que mais a incomoda é o frio, ele é cortante de madrugada, as grades incomodam suas costas, a sua frente, distante, está a casa, completamente escura, ali, a luz do luar, ela é bela, apesar do horror que ela guarda.

 Atrás das grades em suas costas, uma mata sem fim, ela sabe que está isolada.

Tenta ficar numa posição melhor, mas as cordas não lhe permitem muitos movimentos, as mãos estão amarradas as costas, os pés as coxas.

Os joelhos? Esses estão presos as grades, deixando suas pernas abertas, a sua boca está amordaçada,  a mordaça não é comum, ela é vazada na boca, obrigando que ela fique constantemente de boca aberta.

A posição é incomoda, mas, o mais incomodo é estar nua no frio, ela está congelando, não sabe quanto tempo vai aguentar ali.

Seus pensamentos são interrompidos quando um holofote é ligado na casa, iluminando o quintal e a ela, não consegue ver direito, mas enxerga o terror sair da luz, uma sombra, uma sombra carregando uma bolsa numa das mãos, e, na outra, um banco.

A sombra chega perto, é um homem de uns cinquenta anos, ele coloca o banco entre as pernas dela, sobe nele, ela agora nada pode enxergar, só as calças dele, sabe o que vai acontecer. 

Em alguns segundos, o homem, sem nada dizer, a faz engolir seu penis, brinca com sua boca, até que finalmente termina, desce do banco, e a fita diretamente nos olhos.

_ Isso é o inicio da nossa noite. Seu corpo está gelado, foi o pior boquete que você já fez. Vamos aquecer esse corpo!

Ele retira o cinto, um pesado cinto de couro, e bate nela sem olhar aonde, a primeira marca do cinto deixa seu rosto vermelho, as demais, marcam todo o seu corpo, seu corpo está marcado quando ele para, e, sem dar tempo dela pensar, a penetra.

O estupro termina rápido dessa vez, mas ele não parece ter pressa, abre a bolsa, ela está repleta de coisas que ela não consegue ver, pois não pode mexer a cabeça.

Instantes depois, ele lhe mostra duas velas acesas, uma em cada mão, e deixa a cera quente pingar nas suas coxas expostas, já muito marcadas pelo cinto dele. 

Ele demora o que lhe parece uma eternidade, um tempo marcado pelos pingos de cera quente em suas coxas..

Quando para, um novo estupro começa, dessa vez ele foi bem mais demorado. Assim que acaba, ele senta no banco, recuperando o folego, depois, sorri, olha para ela e diz, acariciando a parte de baixo de suas coxas.

_ Ainda falta alguma coisa ?

Diz isso levando as mãos para trás dela, que tenta desesperadamente se soltar. Mas ele para porque um telefone toca. Ele faz uma cara de aborrecido, volta a bolsa, e atende.

_ Estou muito ocupado, o que houve ?

Ele escuta, mudo, durante muito tempo, tenta falar, mas sempre é cortado pela voz do outro lado da linha, aos poucos, sua feição muda, até que finalmente responde para o telefone.

_ Está certo, eu vou.

Ele pega uma faca, se põe diante dela e diz :

_ Me desculpe, gostaria mesmo de ter mais tempo.

Ele puxa a faca, e corta as cordas dela, gentilmente a põe no chão, lhe liberando da mordaça.

A Ordem NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora