Piercing secreto

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Chegando em casa, deparei com o caos: o assoalho do quarto da vó Nina estava brilhando de cacos de vidro. Com certeza, ela resolveu tomar leite e derrubou o copo que eu tinha deixado em cima do criado-mudo.
Enquanto minha mãe corria até a cozinha pra buscar a vassoura e o pano de chão, peguei vó Nina por baixo dos braços e lá fomos nós para o chuveiro. Tirei a sua camisola devagar e fiquei reparando nos peitos murchos, quase vazios: os bicos parecem espinhas, da até vontade de espremer. Em vez de ficar inventando viagras e outros combustíveis tipicamente masculinos, os cientistas deveriam se preocupar um pouco mais com as mulheres. Que tal se os laboratórios pesquisassem um silicone mais seguro, sem risco de rejeição ou efeitos colaterais, especialmente destinado ao público da terceira idade?
Minha mãe resmungou que vó Nina não pode ficar sozinha que faz lambança. Pensei em dizer que ninguém entorna um copo de leite de propósito, mas mordi a língua pra evitar discussão. Talvez minha mãe estivesse Tao nervosa porque queria notícias de Xandi e o telefone do meu pai não respondia. Assim que terminou de limpar o assoalho, ela me ajudou a ensaboar, enxaguar, secar, vestir e pentear minha avó.
Foi aí que tocou a campainha. Ao abrir a porta, deide cara com a Leninha e só então lembrei que a gente tinha de fazer o trabalho de História.

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