Capítulo 15

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- Kall!

Gritei desesperada vendo em cima daquele telhado maldito da cabana. Ele estava louco? Queria se matar? Porque?

Ele deve ter me ouvido porque virou-se rápido, me deixando ainda mais desesperada quando de repente pulou. Acho que faltou o ar nos meus pulmões. Mais então ele caiu de pé firmemente e correu na minha direção com rapidez impressionante.
Nessa hora eu temi por mim.

- Sky!

A voz dele chegou em mim com força, assim como os seus braços. Quando ele me envolveu, pensei que fosse me quebrar, mas apenas me apertou o suficiente para não ser doloroso. Só aí pude me dar conta que ele estava sem camisa.

- O que você está fazendo nessa chuva vai ficar doente... Não quero você doente!

Ele falou sério e então de repente me levantou, me deixando sem ação. Me abraçando com o seu corpo muito grande, me protegendo ao máximo da chuva, senti o calor irradiar dele mesmo com todo aquele frio.

Correu me mantendo firme e então chegamos casa que ele abriu a porta com um chute.

Me levou até a sala o onde me depositou em um banco e logo abaixou-se na minha frente abrindo meu casaco encharcado.

- Kall o... que... você... tá fazendo?

Tentei tirar suas mãos, mas ele me afastou.

- Estou cuidando para não ficar doente...

Ele me olhou bravo e rosnou baixo. Fiquei totalmente queita vendo o trabalhar. Vi que tirou a barba, tinha um sinal dela já crescendo, mas Kall ficou incrível assim. Muito incrivelmente lindo. Kall puxou meu casaco, jogando no canto.

- Não...precisa...

Tentei falar novamente, com a voz trêmula de tanto frio. Mas ele cortou.

- Queita. Você tá tremendo. Tenho que te aquecer logo. É pequena, vai se resfriar fácil...

Kall falava visivelmente irritado. Suas mãos trabalharam nos botões da minha camisa.

Olhei para aquele homem enorme na minha frente, sem camisa, com gotas de água deslizando pelo seu corpo bem definido e ainda por cima tirando as minhas roupas. Droga eu tinha que parar isso. Estava passando um limite real e da minha sanidade.

Ele puxou a blusa pra cima me deixando apenas de camiseta branca. Que devia está transparente. Sua mão foi até a barra e puxou pra cima também. Sem me dar tempo.

- Kall...

Protestei, mas não ouve tempo Kall começou a tirar meus sapatos. Tentei levantar, mas então ele se ergueu, se impondo.

- Fique quieta. Não está vendo que estou tentando cuidar de você... Está fria...

Sua mão subiu na minha cintura. E é então ele me pôs no colo. Fiquei grudada no corpo úmido, mas quente, dele.

- Kall eu...agradeço...

Dessa vez me colocou no sofá, puxando uma manta que havia lá. E me enrolou.

- Tire esse resto de roupa vou fazer o fogo e por outra calça... Agora!

Falou firme então se virou, indo até a lareira, mexendo nas toras de madeira.

- Tira essa roupa ou eu vou rasgá-la do seu corpo...

Kall falou ainda de costa com um rosnado. Como num estalo fiz. Tirei e joguei no chão a calça, voltando a me enrolar em seguida. Eu realmente me sentia muito frio, meus dentes batiam.

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