Capítulo 41

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Andava de um lado para o outro. Eu estava a beira de um colapso nervoso.
Lily enviou os dados para Claire, antes de me mostrar, pediu um exame mais detalhado.

Agora eu estava no meu quarto esperando que ela nos respondesse. Já fazia horas do envio da mensagem. Claire não respondia o maldito celular, que ela nunca largava, nem Loren o fazia.

Richard me olhava cauteloso, acho que estava esperando só eu explodir para que me aplicasse um calmante. Na verdade ele já tinha oferecido.

Deus eu estava um pilha. Depois avaliar o exame do Kall eu vi que aquelas taxas não estavam corretas. Pelo contrário, aquilo, começou a influenciar na sua corrente sanguínea. Se eu e Lily estivéssemos certa, queria dizer que aquele corpo estranho ficou todo esse tempo dentro do Kall modificando ou pelo que eu achava impedindo que as defesas dele voltassem a funcionar.

Tinha que ser isso que impedia o Kall de voltar para mim. Eu não suportava mais aquele silêncio dele. Era desesperado só ver os dias se passando e Kall naquela cama sem qualquer avanço. Suspirei impaciente.

- Lily liga de novo para a Claire!

Pedi completamente nervosa. Aquela era a melhor chance em semanas de poder acordar o meu amor. Eles podiam se compadece com meu desespero e me forneceram logo as benditas notícias.

- Continua desligado...

Lily respondeu com cautela. Um pensamento passou por mim. Talvez não houvesse notícias boas, e por isso é que eles não estavam me falando nada. Provavelmente acham que dessa vez eu enlouqueceria, bom isso podia acontecer, mas eu não ia desistir de Kall. O buraco que tinha no meu peito somente ele podia fechar.

Então de repente a porta se abriu e Claire entrou acompanhada de um homem, a encarei quase fuzilando com os olhos. Ela bem me ignorou usando seu máscara impassível em seu rosto perfeito.

- Diz que tem alguma informação?

Ela deixou um pequeno sorriso aparecer no seu rosto, o que era raro. Conseguia ficar ainda mais bonita. As vezes eu achava que Claire tinha passado por algum tipo de procedimento cirúrgico estético. Ela era bonita demais para um ser humano.

- Tenho! Eu demorei porque fui atrás do meu especialista em patógenos, Brian, que está aqui do meu lado. Fiz ele isolar a substância do sangue do Kall para tentar encontrar uma vacina!

Claire disse com uma explicação rápida e objetiva. Típica dela e de seu modo operante vinte quatro horas executiva.

- Estavam aqui no centro médico?

Foi a vez de Richard perguntar.

- Sim!

Ela respondeu.

- Porque não me falou? Eu estava louca aqui...

Eu explodir perdendo a calma. Claire apenas suspirou dando seu sorriso apaziguador. Não surtiu efeito.

- Não adiantava nada você louca dentro do laboratório enquanto do Dr. Brian buscava uma cura para o Kall... Agora todos fiquem quietos e deixe o doutor explicar o que ele conseguiu.

Suspirei tentando me estabilizar, olhei para o doutor ao lado dela, tudo que eu mais queria era ouvir uma boa notícia.

- Depois de isolar o patógeno, descobrir que ele tem algumas características básicas. Ele ativa vírus na corrente sanguínea um líquido, e com um tempo faz outra função de disseminação para o cérebro um outro vírus. O que aconteceu é que os dois tipos de vírus enviados, se aliam, cortando sinapses, e elementos importantes para o funcionamento total do corpo. Ele funciona quase que como um soro do sono eterno, se continuar no corpo do Kall vai mantê-lo apagado. Nunca vi algo assim, mas busquei informações do amigo meu, ele disse que o ECP trabalhou em um projeto assim e que foi um dos colaboradores... Me deu uma ideia para tentar anular o efeito, mas há um risco!

Ouvir todo o discurso do médico e minha cabeça estava a mil. Se Kall não tivesse a porcaria do vírus do seu corpo retirada nunca mais ia acordar.
Olhei para o doutor.

- Qual são as opções?

Ele olhou para Claire que fez sinal positivo.

- Enviar mais vírus para o corpo dele, meu amigo disse que uma alta dosagem causa um choque entre eles e que a partir daí começam a destruir a si próprios, dizendo simplificadamente, lutam por falta de espaços no hospedeiro.

Fiquei um pouco instável em cima dos meus pés. Engolir em seco, minha garganta parecia grosso. Eu sabia o que podia acontecer com o Kall, aquilo era muito perigoso.

- Isso... Isso pode sobrecarregar o sistema imunológico dele, até os órgãos vitais, o coração que ia ter de trabalhar mais rápido... Não podemos... Ele pode morrer!

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