Parte 33- Não brinque com minha altura.
Caminhava junto a Carl em direção a sua casa, estava um clima bom. Dei uma leve olhada para ele e vi Judith dormi em seu ombro. Voltei os olhos para o céu encarando a lua.
Não sei oque eu e Carl temos, não sei oque se passa entre nós, e nem o porquê. Só sei que sinto uma coisa diferente por ele. Uma coisa que eu não sei explicar. Isso é ruim, ele pode se machuca e eu também, podemos perde um ao outro, pois caminhamos em meio a morte. Mas eu me sinto feliz ao lado dele, como nunca me senti com alguém.
Meus pensamentos voam assim que sinto os dedos de Carl entrelaçar os meus. Um sorriso automático escapa de meus lábios e sinto minhas bochechas coradas.
_ Oque estamos fazendo?- pergunto assim que chegamos a porta de sua casa. Ele a abre e logo me da passagem, ignorando minha pergunta. Decido não pergunta mais nada e o acompanho ate o quarto de Judith.
Assim que ele a coloca no berço, olha para mim e solta um suspiro, Carl me puxa para seu quarto e se coloca a minha frente. O observo confusa e percebo que ele se encontra perfeitamente nervoso.
_ Eu não sei oque estamos fazendo Vick... Sinceramente eu não sei.- Diz calmo e olha para outra quina, me aproximo do mesmo e lhe deposito um abraço.
_ Sim você sabe. Qualquer coisa pode acontecer com um de nós, e isso pode ser o cumulo para ambos. - seus braços me envolvem e me aperta junto a si. Um suspiro foge de meus lábios e me afasto do mesmo com cautela.
_ Não importa oque fizermos daqui para frente, vamos nos machucar de qualquer jeito, e me afasta de você é uma das coisas que eu menos quero agora. – Diz firme e agarra minha cintura me trazendo de volta para si. _ Vick você quer ser minha namorada?- Mil pensamentos passam por minha cabeça e olho para ele atentamente. Decido deixar os pensamentos ruins de fora e sorrio em sua direção, deposito um beijo em seus lábios em sinal que estou dizendo um sim.
...
Acordo com leve toque em minha face, abro os olhos e dou de cara com Carl. Um sorriso automático escapa de meus lábios e sinto seus braços me envolverem.
_ Eai! - comprimento sorridente e vejo um sorriso escapas de seus lábios.
_ Eai! – responde com a voz de sono. Envolvo meus braços em seu pescoço e o abraço forte, mas um choro de bebê acaba com o clima.
_ Vou lá!- diz assim que vesti uma camisa e sai porta a fora, pego minha blusa do chão e dispo a de Carl. Logo visto minha calça e prendo meus cabelos em um rabo de cavalo. Assim que chego a cozinha me deparo com Carl a fazer a mamadeira de Judith que olha para o meu lado e aponta em direção a um pequeno brinquedo. Entrego o mesmo para ela e olho para Carl que sacode a mamadeira me encarando.
Me aproximo do armário e procuro alguma coisa que se pode comer no café da manha. Tento alcançar uma caixa de cereal, ficando nas pontas dos pés. Carl chega atrás de mim e pega a caixa sem muita dificuldade.
_ Dá próxima pega uma escada, assim você alcança. – Reviro os olhos com sua piada e lhe lanço um sinal de vai se foder com o dedo e um sorriso escapa de seus lábios.
_ Não brinque com minha altura.- falo me sentando e comendo o cereal. Ele alcança a sua e se senta ao meu lado.
_ Eles ainda não voltaram, aconteceu alguma coisa. - Carl diz assim que acaba com o seu cereal. Desvio o olhar para ele e percebo que ele mantem o olhar perdido em algum lugar.
_ Eles já devem esta voltando. - digo acabando com meu cereal. _ Vai fica tudo bem!- me aproximando do mesmo lhe dando um leve beijo na bochecha. Ele desvia o olhar para mim, esboço um leve sorriso e o mesmo retribui. Alcanço a sua vasilha e levo ate a pia.
_ Quando você perdeu seu pai... Você atirou nele depois? - Essa pergunta faz todo o meu corpo arrepiar me lembro de cada segundo daquele dia e balanço a cabeça negativamente em resposta. Saio da cozinha e me sento na sala acompanhada de Carl e Judith.
_ Um tempo antes de você chegar à prisão, minha mãe estava gravida de Judith, uma horda de zumbis invadiu o local no dia. Minha mãe não podia fazer parto normal. Estávamos apenas ela, eu e Maggie. Ela morreu naquele dia, mas no lugar dela veio Judith.- Ele da uma leve pausa e se senta ao meu lado, pouso minha cabeça em seu ombro e ouço sua voz rouca atentamente. _ No dia eu nem queria ver o bebê, atirei nela e sai com raiva. Recuperamos a prisão, mas eu estava muito rude e não ligava para ninguém. Meu pai queria salvar as pessoas e enfiou um monte de desconhecidos dentro dela. Então você chegou sozinha, e eu pensei, "mais que diabos essa garota esta fazendo sozinha?" Pensei que você era alguma cobaia do Governador e te tratei daquela forma.
_ Quem era o Governador?- questiono confusa, pois não me lembro de ninguém chamado Governador.
_ Um homem que queria a prisão, mas sem agente dentro. Meu pai não aceitou, tinha espaço para todos, mas o maldito não quis. Matou Heshel e invadiu a prisão com o seu tanque de guerra. Você estava desacordada a três dias. Não sei como saio de lá viva.- Indaga sorridente me fazendo rir. _ Agora sua vez. Como se deparou com Negan?
_ Tá bom... Tínhamos um pequeno grupo, avia mais pessoa, mas aconteceram alguns imprevistos. Um dia uns homens invadiram o local e mataram as pessoas. Meu pai trocou algumas palavras com Negan, mas com Negan não há conversa... Eles me ameaçaram e meu pai não permitiu, assim que um dos homens encostou a mão em mim, meu pai o matou sem piedade... Conseguimos fugir, e paramos para pegar alguns doces, mas eu fiz merda. O alarme acionou e a quilômetros podia ser ouvido. Eles nos acharam e meteram bala em nosso carro. Saímos do carro e corremos pela floresta, mas eu não vi meu pai. Quando o achei ele olhava em minha direção enquanto um zumbi o devorava, os homens riam como hienas assistindo a cena. Atirei na direção deles e vi dois caírem sem vida. Negan falou algumas coisas para mim dizendo que me daria cinco minutos para da o fora dali. Desamarrei meu pai e o ajudei a se afasta. Quando meu pai morreu me escondi no topo de uma árvore. Eles foram embora assim que Nega ordenou. Caminhei por uns cinco dias ate chegar a uma casa e duas semanas depois Daryl me encontrou quase sendo devorada... Por uns mil zumbis.
_ E a sua mãe?-Questiona me trazendo mais para si.
_ Minha mãe... Digamos que eu nunca tive uma mãe. Digamos que eu tive um projeto duma... Talvez um dia eu tivesse uma, não sei... Só talvez. - finalizo a conversa e me acomodo em seus braços.
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The Dead Girl// Carl Grimes
Fanfiction"Nunca mais amar, nunca mais confiar, nunca mais acreditar!" Enquanto os demônios de sua mente a transformavam em uma garota suicida, em meio ao seu transtorno maligno um Anjo a salvou antes que ela se deixasse ser devorada por mortos- vivos. Vick...