Capitulo 42 - Abandono

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Parte 42- Me abandonaram?

Antes que ele pudesse subir em cima de mim eu envolvi as minhas pernas em seu pescoço e apertei sua garganta, ele começou a esmurrar minhas pernas e eu aguentei a dor ate ver que ele estava ficando fraco. Seu rosto parecia já esta ficando roxo e seus murros mais fracos, ate que ele parou.

Sai de perto dele e peguei os cadarços de seus sapatos e seu cinto. Amarrei suas mãos e vi que ele já estava se recuperando, o levantei e ele cambaleou um pouco para trás, o empurrei contra a árvore e prendi o seu pescoço com o cadarço, percebi que alguns zumbis se aproximavam e me aprecei em pegar minha katana.

Ele levou suas mãos até o pescoço e eu me aproximei as tirando.

_ Não vai precisar disso! – Digo e corto os seus antebraços fora. _ AAAAAAAAAAHHHHH!!!!

Sorri satisfeita e observei o sangue jorrar no chão enquanto ele gritava desesperado. Um zumbi avançou em seu pescoço e arrancou um punhado de pele do mesmo. Eu fiquei ali todo o tempo e o vi morrer enquanto me encarava, em seu ultimo suspiro assoviei como ele e seu grupo costumava assoviar antes de abater a vitima.

...

Oque aconteceu já não pode ser desfeito, oque já morreu não pode mais ser ressuscitado. Mas ele estava certo, mata-lo não ia me fazer melhor, mas me fez mais forte e é por isso que ainda estou viva.

As pessoas em quem eu confiei, eu mesma as afastei, eu sou a culpada de deixa-los ir e escolher apenas a vingança. Mas seja qualquer das maneiras eu não me arrependo de nada. Por que eu não quero me crucificar por essas coisas estupidas.

Dois deles me prometeram que nunca iriam me deixar, que cuidariam de mim, mas eu não preciso deles, por que provei a mim mesma que posso me cuidar e não preciso ficar mendigando amor a ninguém.

"E antes quem eu amava agora eu os odeio."

# 5 ANO DEPOIS #

Já faz tanto tempo, a tanto tempo venho fugindo dos sobreviventes que extrapolam o meu caminho e tentam roubar o pouco de comida que me resta.

Os mortos andam em abundâncias e é ate difícil de encontrar um solitário. A única coisa que tenho que fazer e me esconder e torcer para que não me encontrem e arranquem meus órgãos.

Mas o pior são as lembranças que gruda nos meus pensamentos feito vomito de zumbi. Não se passa um dia sem que eu olhe para minha espada e lembre o que eu fiz ou oque deixei de fazer.

Fico com muita raiva do meu passado, ou por apenas me lembrar dele. Mas o pior é que nesses dias para cá eu venho tendo distúrbios de solidão. Sinto falta de conversar com as pessoas, sinto a falta de abraça-las e em confiar nelas, sinto falta da presença delas.

Mas eu não consigo olhar para elas e ter um pingo de esperança. Então eu vou tentar voltar com a esperança que me roubaram, e vou a esse lugar de ladrões. Voltar para Alexandria...

Eu ainda conhecia o caminho mais do que conhecia a mim mesma e já conseguia ver o portão iluminado pelo sol e alguém na torre de vigilância a se levantar e apontar um rifle na direção do carro. Uma mulher segura o rifle e o aponta para mim.

_ MÃOS AONDE EU POSSA VER! – Ela grita e eu me aproximo enquanto coloco as mãos para cima. _ Oque você quer?

_ Preciso falar com Rick Grimes.

...

Espero impaciente encostada no capo do carro enquanto o ordinário não vem. Ate que o portão é aberto e vejo cinco pessoas saindo, mas nenhuma se trata de Rick.

_ Você disse que queria falar com Rick . – Me distancio do carro e me ajeito quando percebo que se trata de Carl. Meu corpo todo se arrepia e a minha única vontade agora e correr e abraça-lo, mas eu não devo, eu não o mereço._ Bom... Ele não esta presente no momento, se quer dizer alguma coisa diga para mim.

_ Rude como sempre. – Sussurro e o encaro, desvio a visão para as outras pessoas e vejo que Gleen e Maggie estão no meio de duas pessoas que eu não reconheço.

_ Não vai dizer nada? Então eu vou fazer as perguntas aqui e se não quiser responder de meia volta e...

_ Faça. – O interrompo e dou um passo a frente o encarando. Vejo que ele fica irritado e a mulher na vigia destrava o rifle me fazendo parar.

_ Como conhece Rick Grimes e oque você quer aqui?

_ Ele salvou a minha vida uma vez mas eu dei as costas quando ele me falou desse lugar então decidi que apenas queria uma vida. – Respondi mentindo em quase tudo e o vi ficar meio sem jeito.

_ Meu pai nunca falou de você. Então não acredito em você. – Responde constrangido e desconfiado.

_ Então eu vou dar meia volta e sair. – Digo fazendo drama e me virando a caminho do carro.

_ Espera... – Paro no lugar e me viro o encarando e ele parece esta muito confuso quanto a mim, deve esta me conhecendo de alguma forma, mas só não quer admitir. _ Quantos zumbis já matou?

_ Carl! – A mulher na vigia o reprende parecendo não gosta muito da pergunta que ele fez. Mas analisando melhor agora eu ate reconheço aquela mulher. Oh como não pude perceber antes? Enid.

_ Não sei. – Respondo normalmente como se já soubesse a resposta a muito tempo.

_ Quantas pessoas já matou?

_ Ela não parece ser de confiança Carl. – Maggie diz e vejo que Carl a ignora enquanto mantem o olhar fixado em mim. Parece que já sabe quem eu sou.

_ Não sei. – Ele começa a vir em minha direção e eu pouso a mão no punhal da katana com medo do que ele possa fazer. _ Se afasta.

_ Por que agora Vick? – Ele parece bravo e eu caminho para trás a velocidade que ele vem ate mim.

_ Vocês me abandonaram! – Digo e sou impedida de me afasta pelo carro, ele agarra meu braço e encara meus olhos com ódio.

The Dead Girl// Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora