Capítulo 13 - Presos. Part. I

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Dia seguinte.

Pensão da Rosa.

Inês teve uma noite agitada. Não conseguiu dormir direito, por isso acordou com um semblante cansado. Todos repararam.

- Minha Nossa, querida! Você está péssima! - disse Rosa. - O que houve, não dormiu direito?

- Pois é, Rosa. - respondeu Inês. - Passei a noite sonhando com... Com coisas que me tiraram o sono.

- É essa sua jornada dupla de trabalho, Inês. - disse Javier. - Por que você não tira um dia de folga? Se quiser, podemos dar uma volta pela cidade.

- Eu agradeço o comvite, Javier, mas não. As pessoas da cidade contam comigo na clínica e o Victoriano na fazenda. - disse Inês.

- Onde já se viu, rapaz! - disse Jacinto. - A Doutora tem plena consciência das obrigações dela!... E você? Não está cheio de trabalho pra fazer no fórum, não?

- Eu só estava tentando ser gentil. - disse Henrique todo sem graça.

Foi quando Rosa reparou numa coisa.

- E onde está a menina Gardenia? - pergunta Rosa. - Ela nunca se atrasa pro café.

- Aquela ali? - disse Javier. - Deve ter dormido até tarde!

Gardenia vem descendo as escadas. Estava bonita e auto confiante.

- Bom dia à todos. - disse ela.

Todos, exceto Inês, ficaram admirados. Parece que a nossa veterinária deu alguns conselhos à Gardenia, que os seguiu a risca. Inês estava toda orgulhosa.

- Bom dia, mimha filha! Mas olha como está linda! - disse Rosa fazendo a moça dar uma voltinha.

- Obrigada dona Rosa, e desculpe pelo atraso pro café. - disse Gardenia.

- A Rosa está certa, você está uma princesa! ... Sente-se aqui, majestade. - disse Jacinto ajeitando a cadeira para Gardenia.

- Obrigada, Jacinto. - disse ela.

- Pois eu não me surpreendo. - disse Inês sorrindo. - Gardenia sempre foi linda. Só precisava trazer essa beleza pra fora.

- Bastou eu seguir os conselhos certos. - disse Gardenia sorrindo.

As duas se dão as mãos. Javier ainda estava embasbacado com a aparência de Gardenia.

- Ei, pastel! - disse Jacinto. - Feche a boca!

Todos riem e Javier fica sem graça mais uma vez.

***

Fazenda Santos.

Victoriano tinha o costume de ir à empresa na parte da manhã. Porém, ele resolveu tirar um dia de folga do trabalho e se dedicar à fazenda.

- Bom dia, Benito.

- Bom dia, patrão. - respondeu o capataz. - O senhor não vai à fábrica hoje?

- Se eu ainda estou aqui, é porque eu não fui, concorda? - respondeu ele secamente.

Victoriano não era conhecido por ter muita paciência com perguntas que ele considerava, digamos assim... estúpidas.

- Claro, patrão. - disse Benito, meio sem jeito.

"Hoje ele acordou azedo!" pensou Benito.

- E como está Meliodas? - pergunta Victoriano.

- Ah, patrão! A Dra. Inês tem "mãos de fada"! Pois o senhor me acredita que ele está muito melhor! - disse Benito.

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