Um Encontro Do Destino

Capítulo 19 - Sentimento de posse.

Gente, mil perdões pela demora!... Mas tá aí, capítulo novo!... Espero que gostem!

Bjss.

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É incrível como, para algumas pessoas, a palavra EX não significa nada. Para essas pessoas, ainda que a relação tenha acabado, o sentimento de posse ainda persiste. E para Henrique Villar não era diferente. Ele pensava que Inês ainda lhe devia alguma satisfação.

- Vamos, Inês, me responda!... Você está tendo alguma coisa com aquele rancheiro sem educação? - pergunta Henrique.

- Primeiro, o Victoriano não é nenhum "rancheiro sem educação". ... Segundo, tire sua mão de cima de mim, ou vai ficar sem ela!

Henrique percebeu o seu excesso e a soltou.

- E terceiro, - completou ela - eu não lhe devo satisfações da minha vida, Henrique! Não devo mais!

- Você não pode estar falando sério! - exclamou Henrique. - Como pode estar interessada nesse fazendeirozinho?!... Só falta me dizer que vai querer morar nessa cidadezinha pífia!

- E se eu quiser ficar aqui? O que você tem com isso? - disse Inês com impafia. - E sim, estou interessada no Victoriano e gosto muito dele se quer saber. Ele tem muitas qualidades e posso lhe garantir que ele é um homem muito melhor que você!

Ouvir aquilo deixou Henrique bufando de ódio.

- Ah é?!... Pois fique você sabendo que eu não vou te dar o divórcio! - disse Henrique. - Não vou te entregar assim "de bandeja" para aquele sujeito!

- Quer passar pro litigioso Henrique? Ótimo! Faça isso, se quiser. Pra mim tanto faz! Sabe por quê? - disse Inês. - Porque você vai cansar de esperar que eu volte pra você, coisa que nunca vai acontecer!

- Inês, pense direito. - disse Henrique. - Você não vai se adaptar a essa vida. Seu lugar é na capital. ... Comigo. - disse ele se aproximando dela.

- Não chegue perto, Henrique! Ou eu juro que você vai se arrepender! - exclama Inês.

Henrique se afasta.

- O meu lugar é onde sou feliz. E no momento, eu estou muito feliz aqui em El Paso. - disse ela. - E entenda de uma vez, Henrique, ACABOU! Eu não te amo mais! E talvez eu nem tenha amado de verdade.

- Como pode dizer isso, Inês?! Como pode querer jogar fora quinze anos de convivência, de amor!... - disse Henrique com o semblante de decepção.

- Não fui eu que joguei nada fora, Henrique! Foi você!... Quantas vezes, nos quinze anos em que estivemos juntos, eu lhe disse que seria capaz de lhe perdoar tudo, menos que você me enganasse! E o que você fez?! Foi ensinar a sua secretária como se "montava à cavalo", no seu escritório, em cima da sua mesa! - exclama Inês.

- Não vamos voltar a esse assunto! - disse Henrique.

- Claro que não, Henrique! Porque a verdade dói, não é?... Mas sabe de uma coisa, conhecer Victoriano me serviu também pra entender que o que eu sentia por você não era e nem nunca foi amor. - disse Inês.

- Mas eu te amava, Inês. Eu te amo! - disse Henrique.

- Se me amava tanto, por que me traiu? - perguntou Inês.

Henrique fica calado.

- Viu só? Você nem sabe o que me responder. ... Henrique, se me der licença, eu tive um dia exaustivo e preciso descansar, pois amanhã eu começo cedo, então boa noite. - disse Inês entrando e batendo a porta na cara de Henrique.