Victoriano leva o cavalo para a baia. Inês consegue resolver o problema do cavalo Meliodas, o que a faz subir, ainda mais, no conceito do nosso vaqueiro.
- Meliodas está bem? - ele pergunta.
- Sim. Já resolvi o problema de um seus dentes, nada que uma boa lixada não resolvesse. - disse Inês acariciando o cavalo.
- Ele parece ter gostado de você. - disse Victoriano.
- Ele está se mostrando agradecido, só isso. Às vezes, os animais sabem fazer isso melhor que nós. - disse Inês.
Aquilo soou como uma indireta para Victoriano.
- É, Doutora. Parece que eu a subestimei. - disse ele.
- Pois é. Nada mal para uma mulher, não é? - disse Inês com um sorriso sarcástico.
- Eu subestimei o seu trabalho. E não por ser mulher. - disse Victoriano.
- Até parece, Victoriano!... Você tem cara de ser aquele tipo de homem que pensa que lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos, estou errada? - pergunta Inês.
- Não está totalmente errada, admito. Uma boa esposa precisa saber cuidar de uma casa, dos filhos, do marido...
- Não acredito que estou ouvindo isso! - disse Inês na intenção de sair.
- Ei, calma! - disse ele segurando delicadamente em sua mão. - Me deixe terminar, por favor. Você tem um gênio horrível, sabia?... O que eu ia dizer é que também sei reconhecer o valor de uma mulher independente, de fibra e muito capaz... Como você. Obrigado, Inês. - disse ele dando um beijo em sua mão e saindo.
Inês ficou desarmada. Aquele gesto a deixou um pouco confusa, mas também fez com que abrisse um belo sorriso.
À tarde passara depressa. Inês já estava pronta para ir embora quando as filhas de Victoriano e ele próprio vão falar com ela.
- Espera, Inês! - disse Ana correndo na direção dela e lhe dando um abraço.
- Ôpa!... Olá pequena! Não tinha te visto hoje! - disse Inês se agachando e abraçando a menina.
- E você, minha assistente? - disse cumprimentando a Catarina.
- Tudo bem, Inês? - disse Catarina.
- Desculpe, elas estavam como loucas em casa!... Queriam vir falar com você antes que fosse embora. - disse Victoriano com um leve sorriso.
- Imagina!... Adoro a companhia delas. - disse Inês.
- Inês, o Meliodas ficou bom? - pergunta Diana.
- Claro, querida. Não era nada demais. - disse Inês.
- E o potrinho, Inês? - pergunta Ana. - Você já o viu hoje?
- Sim, Ana. Ele também está muito forte e saudável. - disse Inês. - Bom... Mas agora eu preciso ir.
- Mas amanhã você volta, né? - pergunta Catarina.
Os olhares de Inês e Victoriano se cruzam. Era como se a pergunta também partisse dele.- Claro, Catarina. - disse Inês sorrindo.
- Meninas, fiquem aqui enquanto eu acompanho a Inês até o carro. - disse Victoriano.
- Certo, papai. - disse Diana.
- Tchau, Inês! - disse Ana.
- Até amanhã, querida. - responde Inês.
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Um Encontro Do Destino
أدب الهواةInês Huerta é uma veterinária muito competente. Tinha uma vida quase perfeita. Uma clínica na capital, uma casa confortável, um casamento feliz. Era isso o que ela pensava. Depois de uma grande decepção, ela resolve passar uns dias em uma cidade pe...