Victoriano olhava Loreto com um semblante de ódio e ressentimento.
- Mas como o mundo dá voltas, não é Victoriano? - disse Loreto.
- O que está fazendo aqui? O que quer? - perguntou Victoriano indo direto ao ponto.
- Calma, meu amigo! - disse Loreto com ironia. - Eu regressei à cidade, depois de alguns anos fora, e resolvi visitar velhos amigos acertar velhas contas.
- Não somos amigos, e sabe muito bem disso! - disse Victoriano com a voz alterada.
No carro, as meninas estranharam. Não podiam ouvir direito a conversa, mas perceberam que seu pai ficara agitado.
- Por que o papai tá tão bravo, Dianita? - perguntou Ana.
- Eu não sei, pequena. - disse Diana.
- E quem é esse homem, afinal? - pergunta Catarina.
No portão, Victoriano e Loreto ainda conversavam.
- Acho que devia ter ficado onde estava, Loreto. Não há nada pra você aqui. - disse Victoriano secamente.
- Engano seu, Victoriano. Você tem algo que me pertence, e você sabe. - disse Loreto.
O sangue de Victoriano ferveu. Como se ele já soubesse do que se tratava. Ele pensou em partir para cima de Loreto, mas nessa hora Diana sai do carro. E Victoriano se detém.
- Pai? Temos que ir. Tá ficando tarde. - disse ela.
- Olá, Diana. Como vai? - disse Loreto a cumprimentando - Você ficou tão bonita quanto sua mãe.
- O senhor conheceu a minha mãe? - ela estranha.
- Diana, entre no carro. Nós já vamos. - ordenou Victoriano.
- Sim, papai. - ela o obedece prontamente.
- E você, Loreto, fique longe da minha família, ou não respondo por mim! - disse Victoriano.
- Nunca tive medo de você, Victoriano. Por que começaria agora? - desafiou Loreto.
Victoriano se aproxima lentamente de Loreto.
- Porque pela minha família, pelas minhas filhas eu sou capaz de tudo, ouviu bem? De tudo! - disse Victoriano. - Agora, tire o seu carro da frente do meu portão antes que eu passe por cima dele com você dentro! - disse Victoriano se afastando.Loreto sente que conseguiu desestabilizar emocionalmente Victoriano, então vai embora. Dentro do carro, as meninas ficaram curiosas.
- Quem era seu amigo, pai? - pergunta Diana.
- Ele não é meu amigo. - respondeu Victoriano com rispidez. - Ele não é ninguém.
- Então por que ficaram conversando tanto, se ele era ninguém?- pergunta Ana inocentemente.
- Eu já disse que ele não era ninguém! Pare de me fazer tantas perguntas, Ana! - disse Victoriano esbravejando.
Ana ficou assustada. Seu pai nunca havia falado daquele jeito com ela. Até suas irmãs estranharam a reação dele. Que permaneceu em silêncio todo o caminho.
Ao chegarem na cidade, Victoriano as deixou em frente à clínica veterinária.- Querem que eu vá com vocês? - ele pergunta à Diana.
- Não precisa, conhecemos o caminho, não se preocupe. - disse Diana um pouco arredia.
Victoriano percebeu o jeito da filha, e sabia o porquê dela estar daquele jeito.
- Diana, eu sinto muito se fui grosseiro, eu...
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Um Encontro Do Destino
FanfictionInês Huerta é uma veterinária muito competente. Tinha uma vida quase perfeita. Uma clínica na capital, uma casa confortável, um casamento feliz. Era isso o que ela pensava. Depois de uma grande decepção, ela resolve passar uns dias em uma cidade pe...