Capítulo 25 - Um passado doloroso part. II

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No capítulo anterior...

- Ela não te escolheu?! -- disse Inês surpreendida.

- Não. Por mim, ela só sentia uma grande amizade. E eu me contentava com isso. O que me inressava era a felicidade da Luiza, mesmo que não fosse comigo. - disse Victoriano.

- É um gesto muito bonito. Uma grande prova de amor. disse Inês. - Mas vocês se casaram, Victoriano. O que houve? - pergunta Inês.

- Houve uma noite. - disse ele. - Uma noite que marcou a vida de todos nós pra sempre.

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Capítulo 25 - Um passado doloroso part. II

Victoriano respirou bem fundo. O que contaria a Inês não era nada fácil, mas ele estava disposto a ganhar a confiança dela, e para isso, ele também precisava confiar.

- O que aconteceu, Victoriano? - pergunta Inês.

- Bom... Houve uma festa no povoado. Eu não fui, não estava em clima para festas. Entretanto, era tarde da noite, quando me avisaram que Luíza havia chegado na fazenda muito transtornada.

#Flashback Victoriano on#

- Luíza, o que aconteceu?! - ele pergunta aflito.

- Victoriano! - disse ela o abraçando enquanto chorava copiosamente.

- Calma, Luíza. Eu estou aqui. - disse Victoriano. - Me diga o que houve.

Luíza estava muito relutante em contar. Era como se estivesse envergonhada. Mas eu insisti.


- Luíza, por favor, eu quero te ajudar. - disse Victoriano. - Me diga o que aconteceu.

Finalmente, ela criou coragem e me disse.


- Foi o Loreto! - disse Luíza.


Confesso que senti um frio na espinha, e esse medo estava certo.


- O que ele fez com você, Luíza? Diga! - disse Victoriano.

- Ele... Ele... Loreto abusou de mim! - disse ela aos prantos.


#Flashback Victoriano off#


- Você não faz ideia, Inês, de como eu quis matar aquele infeliz com as minhas próprias mãos. - disse Victoriano cerrando os dentes. - Ele foi capaz de se aproveitar dos sentimentos de Luíza pra... Maldito verme!


Inês ficou horrorizada com o que acabara de ouvir.


- Meu Deus!... Pobre Luíza! - disse ela.

- Eu quis ir atrás dele, mas Luíza não me deixou. Ela não queria que ninguém soubesse o que havia ocorrido. Me fez jurar que não contaria, e eu concordei. Depois, eu soube que Loreto havia deixado El Paso e sumido no mundo. - disse Victoriano.

- Deve ter sido muito difícil pra Luíza enfrentar essa situação. - disse Inês. - Ainda bem que ela tinha você.

- Sim. Luíza teve todo o meu apoio, não saí de seu lado nem por um segundo. Principalmente quando... - ele faz uma pausa.

- Quando o quê, Victoriano? - pergunta Inês.

- Aquela noite teve consequêcias, Inês. - disse Victoriano com tristeza.

- Que consequências?... Não me diga que...! Oh, meu Deus!... Diana?

- Sim. - disse ele quase que com um sussurro. - Diana não é minha filha de sangue, Inês. Ela é filha do Loreto. - disse ele tentando segurar as lágrimas.


Inês leva as mãos aos lábios em sinal de espanto. Era muita informação e estava difícil de assimilar. E ver Victoriano alí, desarmado, demonstrando fragilidade, estava partindo seu coração.


- E essa é toda a verdade, Inês. - disse ele. - Se tive aquela reação ao ver você perto daquele sujeito foi porque tive medo que ele tentasse lhe fazer alguma coisa, ou contasse essa história à você de outra maneira. ... Me desculpe, pelo modo como agi com você.


Inês abraça Victoriano e ele a corresponde.


- Meu amor, me perdoa! Eu é que te peço desculpas, nunca que eu poderia imaginar uma história dessa! - ela olha em seus olhos. - Victoriano, hoje, mais do que nunca, eu posso ver o homem íntegro e maravilhoso que você é. O seu amor de pai é incondicional, pois ama e sempre amou Diana e as meninas sem fazer nenhuma distinção, e isso só demonstra o quão grande é o seu coração. Se eu ainda tinha alguma dúvida sobre nós dois, agora já não tenho mais. Eu é que quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

- Ah, morenita! Eu te amo tanto! - disse Victoriano.


Eles se beijam apaixonadamente. Victoriano carrega Inês em seus braços e a repousa sobre a cama sem parar de beijá-la um segundo. Em poucos minutos estavam despidos. Ele distribuía beijos e carícias pelo corpo de Inês. Victoriano não cansava de olhá-la, de admirá-la, "Como mi morenita é linda! Perfeita!" ele pensava. E ela era. Inês era peefeita para ele.
Era como ele já havia dito uma vez, o destino conspirou para que eles ficassem juntos. Inês mirava os olhos de Victoriano e podia enxergá-lo por dentro, ela sentia que seus corações batiam juntos, como se fossem um só, e foi alí, naquele momento, que ela percebera que Victoriano era o homem de sua vida e que o amava mais do que podia imaginar.
Victoriano beijava e mordiscava o pescoço de Inês enquanto segurava firme o corpo dela contra o seu.


- Vai ser minha pra sempre, Inês? - disse ele se preparando para dar ainda mais prazer a sua amada.

- Eu já sou sua. - ela dizia entre gemidos. - Meu coração e meu amor te pertencem, Victoriano.


Ele começa a penetrá-la enquanto a beija intensamente. Seus movimento começam lentos e depois se intensificam à medida que os gemidos de Inês ficam mais altos e ela passa as unhas por suas costas, o que o deixava ainda mais exitado. Suas respirações estavam ofegantes e descompassadas, como se estivessem perdendo o fôlego, mas eles não queriam parar. Era como se dependessem daquele momento para viverem, até que chegam ao êxtase. Eles ainda ficam naquela posição, encaixados um no outro, com sua testas juntas, acalmando suas respirações, seus batimentos ainda acelerados.


- Te amo, morenita.

- Te amo, cowboy.


Eles sorriem e se beijam.


***

De volta ao hotel.

A conversa entre Henrique e Loreto ainda continuava.


- Então acha que esse meu plano pode não dar certo? - disse Henrique.

- Se fizer do jeito como está pensando, não. A única coisa que vai conseguir é que sua esposa o odeie mais e queira se afastar definitivamente do senhor.... Porém, se fizer como eu lhe disse, se atrair Victoriano para uma armadilha, aí sim vai dar certo. - disse Loreto.

- Por que acha que isso daría certo? - pergunta Henrique.

- Porque Victoriano é um homem de negócios. E gente assim acha que com dinheiro pode se resolver quase que qualquer coisa. - disse Loreto. - Olha, Sr. Villar, o senhor é advogado, já deve ter percebido que esse é um plano em duas etapas. Primeiro, tratamos de separá-los, e depois o senhor tenta reconquistar sua esposa.

- É, falando parece simples. O senhor não conhece a Inês! - disse Henrique.

- Ela parece ser uma mulher forte e de muito carárer. - disse Loreto.

- Como a conhece? - pergunta Henrique.

- Onde pensa que está Sr. Villar? - disse Loreto. - Aqui é El Paso. Todos conhecem todo mundo aqui.

- O mal de cidade pequena!... Bom, mas o senhor ainda não me disse o que ganha com isso.

- Como eu já havia dito, preciso dos seus serviços como advogado. - disse Loreto.

- Sim, você disse. Mas não me disse em quê, exatamente. - disse Henrique.

- Quero a minha filha de volta. - disse Loreto.

- O que?! Sua filha?! - espanta-se Henrique.


***

Fazenda Santos.

Consuelo vai até o quarto de Diana e a chama.


- Menina Diana, você tem visita.

- Visita?... Quem pode ser?


Ela chega na sala.


- Alejandro! - ela sorri.

- Como vai, Diana.


Os dois jovens sorriem enquanto os olhares se cruzam.


***

De volta ao chalé.

Inês e Victoriano estavam de roupão, ambos sentados na cama enquanto saboreavam uma farta bandeja de frutas e outras coisas.


- Parece que alguém não tomou café da manhã hoje. - disse Victoriano sorrindo enquanto observava Inês se alimentando.

- Ué? O que esperava? - disse Inês comendo um grande pedaço de mamão. - Você me deixou meio que... Sem energia ainda há pouco. - ela sorri de forma maliciosa.

- Fico lisongeado! - ele sorri. - Nesse caso, é melhor que a recupere logo.

- Pra quê? - ela pergunta. - Pra você tirá-la de mim outra vez?

- Quem sabe? - disse ele sorrindo


Os dois riem e dão um selinho.


- Victoriano, falando sério agora. - disse Inês. - Preciso que me prometa duas coisas.

- Quais?

- A primeira é que você não esconda mais nada de mim. Qualquer coisa, seja lá o que for, quero que me conte. O nosso relacionamento tem se basear no amor, mas também na verdade e na confiança. Promete?

- Eu prometo, Inês. Sabe, foi muito bom eu ter me aberto com você. Me sinto aliviado. - disse Victoriano.

- Que bom que você se sentiu assim, meu amor. - disse Inês lhe dando um selinho.

- E a segunda coisa? - ele pergunta. - Me disse que eram duas.


Inês respira fundo. O que pediria a Victoriano não seria nada fácil para ele cumprir.


- A segunda coisa... - disse ela. - ... É que você conte a verdade pra Diana.

- O quê?!... Não! Isso não! - disse ele se levantando de uma vez.

- Victoriano, me ouça..

- Inês, não insista! Não vou causar esse sofrimento à Diana!... Faz ideia de como ela ficaría se soubesse que é fruto de um ato...!

- Victoriano, eu sei que é uma verdade dolorosa, e é por isso mesmo que ela precisa saber disso por você. - disss Inês.

- Inês, por favor, eu não quero que briguemos mais. - disse Victoriano.

- Eu também não quero, Victoriano. Mas você precisa fazer o que é certo antes que seja tarde demais. - disse Inês.


Ele se aproxima de Inês s segura em suas mãos.


- Posso prometer qualquer coisa a você, Inês. Menos isso, sinto muito. - disse Victoriano.


Inês percebeu que não iria fazer Victoriano mudar de ideia e lamentou.


- Pois eu espero que você não se arrependa dessa sua decisão. - disse ela se levantando e saindo.


***

Na fazenda.

Diana e Alejandro andavam pelo celeiro.


- Vocês tem cavalos muito bonitos aqui. - disse Alejandro.

- São todos muito bem cuidados. - disse Diana. - E depois que a Inês chegou, as coisas só melhoraram.

- A Dra. Inês também trabalha pra vocês? - pergunta Alejandro.

- Você a conhece?

- Na verdade, só de nome. Meu padrinho me disse que ela esteve lá na hípica tratando de um dos nossos cavalos que ficou doente. - disse Alejandro. - Então ela cuida dos cavalos de vocês também?

- Ela não é somente a nossa veterinária, mas também a futura esposa do meu pai. - disse Diana toda orgulhosa.

- E isso não te incomoda?

- O quê?

- Seu pai se casar de novo. - disss Alejandro.

- Se for com a Inês, eu não me incomodo nem um pouco. - disse Diana sorrindo.

- Ela deve ser uma mulher muito especial. - disse Alejandro.

- Inês é a melhor! - disse Diana.


***

No chalé.

Victoriano aguardava que Inês terminasse de se aprontar para irem.


- Estou pronta. Podemos ir. - disse ela.


Ele vai até ela e segura em sua mão.


- Inês, eu só queria que você entendesse...

- Victoriano, você não precisa me dizer nada. - disse Inês afagando o rosto de Victoriano. - Se você prefere guardar esse segredo da Diana, eu vou respeitar sua decisão. Mesmo não concordando, mas vou respeitar.

- Obrigado, Inês.


Os dois se abraçam. Porém, algo no coração de Inês lhe dizia que Victoriano poderia se arrepender amargamente dessa sua decisão em permanecer calado sobre algo tão sério.



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