Capítulo 26 - Proposta Indecente.

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    Passaram-se alguns dias, o torneio havia sido adiado para a semana seguinte devido às condições do tempo. Assim, muitas equipes tiveram mais alguns dias de treinamento.
O serviço na clínica estava fraco, por isso, Inês estava passando mais tempo na fazenda. O que para ela estava perfeito, pois juntava o útil ao agradável, e Victoriano uma vez ou outra a “sequestrava” de seus afazeres para namorarem um pouquinho e se amarem bastante.

Dessa vez, ele a levou para um piquenique na cachoeira.

- Assim você vai me deixar gorda e preguiçosa. - disse Inês.

- Por que diz isso, morenita? - disse Victoriano.

- Me tirando do trabalho, me levando pra passear, e em praticamente todas as ocasiões tem um monte de comida envolvida, o que quer que eu pense? - disse Inês sorrindo.

Victoriano dá uma sonora gargalhada.

- Tem razão!… Dessa vez tem muita comida mesmo. … Mas a culpa também é sua.

- Minha?!… E será que eu posso saber por quê?? - pergunta Inês.

Ele vai se aproximando dela, e a abraça pela cintura, enquanto Inês passa suas mãos pela nuca de Victoriano.

- Bom… Se naquele dia, na cabana, você não tivesse dito que eu tirava toda a sua energia, … Agora eu estou sempre preparado.

- Ah, é?!… Espertinho! Agora eu sou uma gulosa, não é?! - disse ela lhe dando um tapinha no braço.

- Não. Não foi isso que eu disse. Você é uma mulher que gosta de comer, e sente muito prazer em fazer isso. … E como eu já andei percebendo…

- O que já andou percebendo, senhor Victoriano Santos? - pergunta Inês sorrindo.

- Eu percebi que você também sente prazer fazendo outras coisas. - disse Victoriano com um sorriso malicioso.

- Você já me conhece tão bem, não é? - disse Inês.

- Bem demais. - disse Victoriano.

Os dois se beijam com vontade. Inês e Victoriano eram um casal pra lá de apaixonado, fizeram amor dentro e fora da água, era como se não aguentassem ficar um dia que fosse longe um do outro. Estarem juntos era quase que uma necessidade.
Depois de mais um momento de amor e paixão intenso, Inês que repousava sobre o peito de Victoriano levanta seus olhos e o observa.

- Sabe? - disse ela.

- O quê?

- Eu me belisco todo o  dia. Só Pra ter certeza que isso não é um sonho. Que  essa felicidade que eu sino hoje, em muito tempo, é real.

- Eu também estou feliz, Inês. - disse Victoriano. - Como, talvez, eu nunca tivesse sido. Conhecer você, foi como se uma luz tivesse acendido dentro de mim, onde só havia escuridão.

- E você conseguiu ver essa luz em mim, mesmo eu estando toda suja de lama? - ela sorri.

- Não entendi. Como assim? - disse ele.

Os dois ficam sentados.

- Eu nunca comentei com você, mas… O nosso primeiro encontro na clínica… Bem, ele não foi o nosso primeiro  encontro. - disse Inês.

- Como  não, morenita?… Eu me lembro perfeitamente. - disse Victoriano.

- Sua memória não é tão boa, cowboy. - disse Inês sorrindo. - Olha, você se lembra de uma vez que chovia muito por aqui, uma verdadeira tempestade mesmo?… Pois é, você vinha com seu carro na estrada que dá acesso à El Paso, era até o Benito que estava dirigindo pra você…

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