Capítulo Cinco

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Anastásia

Cadê o ar, como é que se respira mesmo? 

-- Eu acho que já te disse uma vez quê não gosto de esperar... - Diz autoritário. Quem ele pensa que é, o dono do mundo? Reviro meus olhos e noto que ele bufa. 

-- Também não gosto que revir em os olhos para mim. - Diz entre os dentes. 

-- O problema é seu! - Disparo sem pensar. 

-- Como é? - Ele diz se levantando. Não recue agora Anastásia! 

-- Isso mesmo que você ouviu! - Digo me levantando também. 

-- Você é muito atrevida para o meu gosto. - Diz dando uma passo para frente.

-- E você é muito mandão para o meu. - Eu tendo não andar para frente, mas não consigo aquela maldita corrente magnética que existe entre nós, me puxa para mais perto dele.

-- Você ainda não respondeu minha pergunta... - Diz cruzando os braços em sua frente e me olhando com a sobrancelha direita arqueada. 

--  Não eu não teria mudado, afinal você estava errado! - Boa Anastásia, diga adeus a sua chance de publicar o livro. 

-- Eu estava errado? - Ele questiona soltando uma risadinha. Maldito!

-- Acredito que a nossa reunião seja para discutir sobre o meu livro não é mesmo? - Questiono o encarando.

-- Exatamente... - Ele diz virando as costas para mim e voltando para a sua mesa. É isso? Ele não vai lutar de volta? -- Se quiser pode continuar a saborear o chá e os bolinhos, vou demorar para avaliar. - Ele completa já sentado em sua cadeira e voltando a ler meu manuscrito. 

Eu não sei mais o quê fazer, o tempo simplesmente não passa... Acho que eu provavelmente já tomei todo o bule de chá inglês e comi todos os bolinhos possíveis. E esse homem não termina de avaliar meu manuscrito. 

-- Com licença... - Eu falo me levanto e indo até ele. 

-- Sim... - Ele diz sem tirar os olhos do papel. Será que está gostando tanto assim? Deus que seja isso e não quê ele esteja me evitando. 

-- Aonde fica o banheiro? 

-- Pode usar o do meu escritório mesmo. - Ele diz finalmente olhando para mim, com o seu habitual olhar de todo poderoso. 

-- Obrigada. - Digo e me retiro. 

Meu Deus, esse banheiro deve custar mais que a minha casa e sem brincadeira acredito quê o escritório dele é do tamanho do meu apartamento. 

Na verdade eu vim para o banheiro esclarecer as ideais, aquele homem mexe com elas de uma maneira que não consigo nem explicar. Aquele olhar penetrante deixa as minhas pernas bambas... Ah e aquele meio sorriso? Tira toda a minha lucidez!

-- Controle-se Anastásia Rose Steele, parece que nunca viu homem na vida! - Falo baixinho me encarando no espelho. - Tudo bem quê daquele jeito, exalando um confiança e lindo de morrer eu nunca vi.   

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora