Capítulo Nove

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Anastásia

Eu juro que quero parar. Mas eu não consigo parar, a única coisa que eu penso é quê cada vez mais, eu quero a língua dele me explorando. 

Porém quando o ar nos falta é inevitável não nos separarmos. Quando nos soltamos Christian, se curva e coloca as mãos no joelhos tentando normalizar sua respiração, enquanto à mim não ouso me afastar da parede, pois se não vou cair no chão, minhas pernas e estão bambas. 

Alguns minutos se passa e Christian, finalmente me encara. 

-- Por que você fez isso? - Oi, eu ouvi direito? Ele está falando que foi eu quê o beijei? 

-- Fiz o quê? - Falo o encarando profundamente. 

-- Me beijou... - Diz simplesmente com um sorrisinho nos lábios. Maldito!

-- Foi você que me beijou! 

-- Acho que você está enganada senhorita Steele. - Diz se aproximando de mim novamente. Não chegue tão perto de novo por favor! Pois, desta vez não foi eu que te beijei, mas agora quê sei o quanto é bom, posso fazer isso com o maior prazer. Meu Deus, Anastásia de onde vem esses pensamentos? 

-- Então foi eu que puxei você para esse beco, falei foda - se e te beijei? 

Ele fica quieto por alguns minutos e pega seu celular.

-- Alô? - Só podia estar no silencioso, pois não ouvi tocar. Ele escuta a pessoa falar do outro lado da linha e logo depois diz:

 -- Eu estou te esperando no carro Elliot... - Diz por fim e desliga. Olho para ele com a sobrancelha esquerda arqueada, em questionamento silencioso: "Não vai responder minha pergunta não"? 

-- Tenho que ir... E da próxima vez que quiser um beijo, você só precisa me pedir senhorita Steele. - Diz me dando um beijo no canto da boca e desaparecendo do beco.

-- Foi você que me beijou! - Grito nervosa para ele, que sai sem nem olhar para trás. 

Por que diabos Anastásia, você deixou ele te beijar? Agora aquele maldito vai ficar se gabando. 

Respiro fundo e saio do beco, vou caminhando para o ponto de ônibus me xingando mentalmente. 

No caminho para o ponto de ônibus, observo um carro me seguindo, no começo não reconheço, mas logo depois que se aproxima mais, da calçada e abre o vidro, vejo quê é José. 

-- Quer carona? - Pergunta sorrindo.

-- Tudo que eu mais quero! - Falo sinceramente! Ok, eu sei que tenho evitado José bastante tempo, mas eu preciso ir para casa. 

-- Entra aí... - Dou a volta e entro.

-- Você se incomoda, se passarmos na Galeria e pegar a Emma? - José, pergunta dando partida.

-- Imagina. - Momento constrangimento.

-- O quê faz aqui em SoHo? - José pergunta tentando puxar assunto.

-- Trabalho... E você?

-- O mesmo... Vim negociar uma exposição  e entregar alguns retratos da última feira. - Diz orgulhoso de seu trabalho.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora