Christian
A cada copo de cerveja que bebo parece cada vez mais errado eu estar aqui. Não sei ao certo do que meu irmão e Hall tanto riem, mas com certeza não me interessa também, estou observando eles há quase duas horas e uma vez ou outra eu rio junto com eles para os mesmos acharem que estou por dentro do assunto. Mas a verdade é que meu pensamento só está naqueles pares de olhos azuis e eu daria tudo para estar comemorando com ela.
-- Então Christian, o que você acha? - Meu inconveniente irmão pergunta. Acho do quê?
-- Acho ótimo, Elliot! - Resolvo responder para não ter que estender o assunto.
-- Sério? - Pergunta Hall em um tom Surpreso.
-- Claro - afirmo apenas para me livrar mesmo.
-- Então vou providenciar as coisas, nós vamos no seu jatinho? - Elliot diz e só então eu percebo que devo ter concordado com algo absurdo.
-- Pera aí... Meu jatinho? Para que o meu jatinho?
-- Você não quer que a gente vá para Las Vegas a pé, né? - Meu Deus, Las Vegas? Quando foi que essa conversa chegou em Las Vegas?
-- Mas eu não quero ir para Las Vegas!
-- E ele está de volta! - Hall anuncia chamando o garçom para mais uma rodada. Ok, eu preciso parar de beber e pensar naquele maldito olhos azuis. Chego novamente meu celular e nada de mensagem dela. Eu estou bêbado e decepcionado que combinação perfeita para fazer merda.
-- Christian - Ouço Elliot berrar!
-- Que foi inferno? - Respondo sem paciência.
-- Qual o seu problema? Você não falou nada e apenas concordou com tudo.
-- Problema algum e eu preciso ir embora! - Falo ao mesmo tempo que levanto e tiro algumas notas do bolso jogando na mesa e pego meu casaco.
Ainda escuto ambos me chamarem de longe, mas nem olho para trás. Minha única missão agora e andar em linha reta até a saída.
Saiu do bar e uma lufada de ar passa por mim. Coloco meu casaco, respiro fundo e tento me lembrar como se anda. Porém antes preciso saber como ela está. Pego meu celular no bolso e disco o número do Taylor.
-- Olá senhor Grey. - Ele diz ao atender na terceira chamada.
-- Como Ana está? - Nem digo "oi" vou direto ao ponto.
-- Estava bem, deixei ela, Fred e sua mãe na casa assim como pediu. - Meu coração de certa forma se aquece ao saber que ela está bem, mas ainda assim queria que ela tivesse me mandado uma mensagem. Resisto à vontade de perguntar se ela perguntou por mim.
-- O senhor precisa que eu te busque? - A voz de Taylor soa um tanto quanto preocupada. Será que estou tão bêbado assim?
-- Não precisa, boa noite!
Guardo o celular no bolso e volto a caminhar a procura de ar.
Anastásia
-- Sem sono? - Pergunto ao Fred assim que adentro a cozinha e vejo o mesmo sentado na mesa com uma xícara de café.
-- Talvez - Responde pensativo. Abraço meu corpo e caminho para a geladeira.
-- Mamãe já capotou! - Ele informa.
-- Já passa das duas da manhã, ela está cansada fuso horário e viagem.
-- Pode ser... - Diz pensativo.
-- Você sabe que se está sem sono tomar café não vai ajudar, né? - Falo enquanto me sirvo de um copo de leite.
-- Café sempre ajuda. - Pisca para mim. -- Eu estou tão feliz por você! - Ele solta do nada, esse é o Fred!
-- Eu sei que está, eu sinto sua felicidade aqui - aponto para o meu coração. -- Mas acho que você não está feliz com o resto, né?
-- Eu estou confuso, queria poder falar com a Lola! - Fred demora para falar sobre seus sentimentos, mas quando fala é sempre assim do nada sem preparo.
-- Você quer que eu tente contato com a Kathy? Ela ignorou minhas últimas tentativas, mas posso tentar de novo por você sem problemas.
-- Não, a Emma conseguiu falar com ela esses dias. - Como assim?
-- Como assim? A Emma falou com a Kathy e vc não me disse nada?
-- Eu esqueci. Na verdade eu fiquei tão feliz por saber alguma notícia da Lola que esqueci de compartilhar.
Resolvo ignorar meu sentimento ruim nesse momento e me concentrar no Fred. Depois resolvo com a Emma.
-- E como ela está? - Questiono bebericando meu leite.
-- Kathy disse que ela está em uma clinica de reabilitação e tentando melhorar. Entretanto não sei se é totalmente verdade. Eu realmente queria ver ela, preciso saber se está bem vendo ela com meus próprios olhos.
Me levanto deixando meu copo de lado e me sento ao lado de Fred na mesa. O abraço e beijo sua bochecha.
-- Eu te amo e vamos dar um jeito disso acontecer! - Ele apenas aperta minha mão. Ficamos em um silêncio confortável.
Nosso silêncio é quebrado por um bruta batida na porta da frente.
-- Que diabos é isso? - Fred diz pulando da mesa.
-- Anaaaaaaaaa! - Escutamos o berro do lado de fora. Christian? Essa voz é do Christian!
-- É o Grey, maninha! - Fred diz travesso e eu fico parada imóvel sem reação.
Continua...
Eu desejo a todos vocês um 2020 cheio de amor, pois quando temos amor, temos respeito, empatia e sabemos lidar com momentos difíceis <3
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O Acordo
FanfictionUm dono de editora. Uma escritora em ascensão. E um amor em comum livros.... Anastásia Steele é uma mulher de vinte e cinco anos, de personalidade forte e muito independente que recém se mudou para Nova York, em busca de dar um novo rumo à sua escri...