Capítulo 25
Pov. Annabeth
Quando Percy me deixou na porta da minha casa eu entrei e dei de cara com todos os meus amigos e minha mãe. Corri para eles e juntos demos um abraços em grupo e depois cada um me deu uma abraço apertado e eu me senti em casa de novo e quando foi a vez da minha mãe eu percebi, nos braços dela, que eu era querida e eu tinha que me manter forte não só por mim mas por eles. Vi o quanto eles me amava e no fundo estavam com medo de que eu não consiga vencer o câncer e eu não quero que eles sofram, eu os amo de mais e eu vou fazer de tudo para me curar. Principalmente pela minha mãe, eu sei que deve ser difícil para ela ver que a única filha que tem estar com câncer e o mesmo câncer que tirou seu outro filho, enquanto ela me abraçava, apertada, em seus braços eu sentia as suas lagrimas molharem o meu casaco.
-Está tudo bem mãe. Tudo vai ficar bem. –digo para ela em seu ouvido e logo depois me separo dela que está com os olhos vermelhos.
-Eu sei minha filha. Vou colocar a mesa e já volto. –diz e me da um beijo na testa antes de sair em direção da cozinha. Me viro para os meus amigos que estão acomodados e me sento, no chão, de frente para eles.
-Tá legal o que eu perdi? –digo fazendo graça.
-Não tem nada engraçado Annie. Nos ficamos preocupados com você e queríamos te dizer que você tem o nosso total apoio e você pode contar com cada um de nós para te ajudar em qualquer coisa pois nos somos seus amigos e nunca vamos deixar você, então vá se conformado que só a morte nos separa e olhe lá. –diz Thalia. Me surpreendo com suas palavras mas fico feliz em saber disso.
-Eu também amo você Thalia. –digo e a abraço apertado. Depois faço o mesmo com cada um.
-Gente eu sei que vocês são os melhores amigos do mundo e agradeço pelo apoio de cada um. -Logo o Leo trata de fazer uma graça e começamos a conversar, eu converso um pouco com eles e depois eu só fico reparando em cada um deles. Eu tenho os melhores amigos do mundo e eu sei que eles vão estar do meu lado a todo momento e é isso o que eu mais preciso no momento e mais para frente quando o tratamento for iniciado.
-Já volto. –digo assim que escuto a campainha tocar.
-Oi. –diz Percy quando atendo a porta.
-Oi, entra. –digo e dou-lhe passagem para entrar. Ele entra e assim que fecho a porta e me viro para ele vejo o andando em direção a sala e noto o violão pendurado em suas costas e fico surpresa por ele telo trazido.
-Crianças o jantar está pronto, venham. –diz minha mãe assim que chego à sala.
Nos vamos para a sala de jantar e nos sentamos e logo começamos a atacar a deliciosa lasanha de queijo e presunto da minha mãe. Continuamos a nossa conversa só que agora com Percy nela e enquanto mastigo fico o observando e reparo que ele está meio triste e seus olhos estão levemente avermelhados e isso e uma clara evidencia de que esteve chorando. Mas porque? Depois eu vou conversar com ele. Jantamos todos juntos e foi o jantar mais animado da minha vida pois logo depois de nos sentarmos a mesa minha mãe, Tyson, Sally e Poseidon se juntaram a nos e jantamos como uma verdadeira família, uma família gigante, mas família. Conversarmos sobre tudo e ele fazia de tudo para eu não me lembra do câncer mas nem tudo isso me fez esquecer pois sempre que eu via cada sorriso de cada um deles eu me lembrava que, provavelmente, eu não poderei mais ver ainda mais quando olhava para Percy que sorria mas não aquele sorriso verdadeiro mas um forçado e toda vez que nossos olhos se encontravam eu via claramente uma tristeza enorme e medo... medo de me perder. Acima de tudo o que ele fez eu ainda o amo e eu também estou com medo de nunca mais ver ele.
Apesar de tudo o que eu sofri com sua traição eu tenho muitas lembranças boas que ele me proporcionou e elas foram maravilhosas, até as de ciúmes, que na hora eu ficava com muita raiva mas depois eu ficava feliz por saber que ele me estimava tanto ao ponto de bater em um garoto só por que ele estava me olhando ou conversando comigo, no fundo eu adorava isso nele também. Termino a minha sobremesa, bolo de coco gelado, antes de todos e saio de fininho da sala de jantar, onde todos os outros ainda conversavam animadamente. Vou para o jardim em frente da casa e me deito na grama, olho as estrelas e vejo como elas são lindas. Mesmo com o passar do tempo elas continuam lá, no mesmo lugar, cada uma ao lado da outra. Fecho os olhos e volto no tempo. Um tempo em que eu era feliz e amada.
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Unconditionally
RomanceQuando ele morreu me levou junto o meu sorriso e minha felicidade. Agora que estou em uma nova cidade não sei de mais nada estou perdida e não o tenho mais estou no escuro e não sei para onde ir. ''Oh, não, cheguei muito perto? Oh, quase vi o que...