Itan:
Isso não pode ser real...
[...]
Eu havia passado a manhã toda procurando pelas rosas perfeitas.
Eram para minha mãe, e com certeza ela merece o melhor.
Quando finalmente as encontrei em uma floricultura perto ao mercado ja era quase meio-dia, então fui em casa, tomei um banho, almocei e fui ao hospital.
Cheguei lá falei com o pessoal da recepção. Eles me deixaram entrar.
Quando estava no corredor, ouvi uns sons vindos do quarto da minha mãe...
Eu ouvia uma voz ao som de um violão, estava cantando, e soava como um Anjo...
Ah! Como um Anjo! Haha que nada vê! Sorrir ao pensar nisso.. Vai ver, era só o rádio ou a TV...
Mas eu estava enganado.
Quando abri a porta dei de cara com Lunna.
O que ela estava fazendo ali?
Eu ja estava pronto pra perguntar-lhe isso, quando ouvi uma voz...
Tão familiar e tão saudosa... Suave como uma leve brisa.
A voz me levou de volta à minha infância, quando eu deitava em seu colo choramingando depois de um dia ruim na escolinha e ela sussurrava que ficaria tudo bem..
A mesma voz que cantava todos os dias pra mim... Aquela voz estava soando de novo. E era a voz da minha mãe.
-Itan. - ela sussurrou e o buquê de rosas foi ao chão, mas eu não me importei.
Naquele momento não importavam as rosas, nem o que Lunna estaria fazendo ali, nem nada mais.
Apenas ela importava.
Minha mãe!
-Mãe...? -sussurrei de volta e corri ao seu encontro. Eu simplesmente me joguei em seus braços - Literalmente - e desabei em lágrimas.
Não sei em que momento Lunna saiu do quarto, nem em qual os médicos entraram no mesmo - pasmos e abismados - para confirmar se era verdade... E não tinha ideia de quanto tempo fiquei ali agarrado a ela, só sei que quando finalmente consegui solta-la ja era noite.
Os médicos fizeram alguns exames e estavam esperando os resultados, não tinham muito o que fazer porém, mas eu não soltei sua mão um segundo sequer.
Quando os resultados sairam houve uma grande falação de: "Não acredito!" e "Isso é um milagre!".
Nos exames constavam uma ativação no lado esquerdo do cérebro, responsável pelos movimentos e fala, o qual havia sido paralisado no acidente.
O médico me chamou na sal dele, confesso que foi um pouco dificil de sair de perto da minha mãe, mas eu fui.
- Então Sr.Clarck - começou o médico. - Sua mãe é o que podemos chamar de milagre. Ela realmente teve uma melhora espantosa e se continuar assim poderei dar-lhe alta o quanto antes possivel - alegrei-me ao ouvir isso. Ele continuou. - Vejamos o que vamos fazer: deixarei ela aqui por mais uns dois dias, acompanharei-a durante esse tempo e se tudo der certo, ela poderá ir pra casa ok?
- Ok! -respondi quase abraçando o médico. Eu estava sorrindo tanto que acho que ja o estava assustando.
- Itan, posso lhe falar como amigo? - o doutor Zen perguntou-me, eu assenti. -Cuidado. Não pode passar tanta emoção para sua mãe. A situaçao dela ainda é delicada. Tem que ir com calma ta bom?
-Ok. Certo. -respondi.
- Ta. -falou sorrindo. Eu já ia me levantando pra sair quando ele me chamou de volta. - E, ah Itan?
- Sim?
- Quando ela for pra casa terá que ter acompanhamento de uma fisioterapeuta. Eu posso sugerir a que já estava a acompanhando durante esse tempo?
- Sim, claro! Eu gostaria muito - respondi sorrindo. - Hã, como ela se chama?
- Katiely. -ele sorriu. Srt.Lunna Katiely.
O sorriso sumiu. O meu pelo menos. E eu não poderia estar mais surpreso.
"Deixe que o Amor de Deus te cure." *-*
Paz ^^
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O desejo do coração de Deus
RomanceSabe aquele momento da vida em que você não espera mais nada, desiste de tudo e passa apenas a existir? É, minha vida estava assim. Meu nome é Lunna Katiely, tenho 17 anos, pele clara, cabelos ruivos ate a cintura, olhos azuis-prateados.. Estou c...