Capitulo 31

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Eu a Amo... Mas como? Quando? E o mais importante, por que?

No fim, decidi que nenhuma dessas perguntas importava. Eu precisava vê-la. Agora!

Me despedi do pessoal, e praticamente corri pra casa. E enquanto os meninos olhavam um para o outro confusos as garotas ficaram rindo cúmplices como se soubessem exatamente o que eu ia fazer.

Garotas são realmente estranhas!

Ao chegar em casa com o coração quase pulando pela boca tive uma surpresa: Pitan estava ali.

Sim, o mesmo Pitan, o homem que diz ser meu pai; o homem que me abandonou, estava agora sentado no meu sofá, conversando com a minha mãe!

- Itan! - ele disse levantando-se ao me ver entrar.

- Pitan - falei sério. E me dirigi à minha mãe. - Mãe, tá tudo bem?

- Está sim meu filho - ela disse e eu assenti tenso.

- Onde está Lunna?

- Ela foi pra casa. Seu pai queria conversar com você e... - começou a dizer.

- Ele não é meu pai - a interrompi.

- Itan! - censurou-me ela... - Respeite!

- Desculpe mãe. Eu vou na casa da Lunna ta bom? - dei-lhe um beijo na testa e fui em direção à porta.

- Filho - chamou Pitan. Meu coração se quebrou. - Por favor? - pediu. - Precisamos conversar.

- Eu não tenho nada pra falar com você - respondi ainda de costas. Abri a porta. Senti sua mão no meu ombro.

- Mas eu tenho muito a falar pra você. Por favor, me dê pelo menos isso... - pediu.

Eu suspirei. Apesar de tudo eu acreditava em segundas chances, afinal, eu tive a minha. Lembrei de Jesus, e de tudo o que Ele passou aqui na terra, e do quanto Ele perdoou. Pitan merecia pelo menos que eu tentasse.

- Eu... - hesitei mas virei-me para olhar nos olhos dele. - Olhe, me dê um tempo ta bom? Eu jamais poderei perdoá-lo estando tão magoado. E nada do que você disse agora vai amenizar a dor. Mas, vamos tentar. Eu vou tentar - tentei sorrir pra mostrar que era sincero. - Só que agora eu realmente preciso ir.

- Obrigado - ele sorriu aliviado. - Eu não vou desapontá-lo nunca mais filho.

- Tá. - Eu queria realmente acreditar naquilo. - Até mais então?

- Sim. Até mais.

Então eu sai. Minha mãe ficou quase chorando. De felicidades acho... Não tentei entender porém, tinha que vê-la. Então subi na minha moto e dei a partida...

Lunna:

Itan tinha acabado de sair quando um carro preto parou em frente à casa.

Eu estava ajudando a Sra.Clarck a sentar-se na poutrona quando a campainha tocou.

Fui atender e lá estava um homem alto, charmoso, de óculos escuros. Ele retirou os óculos e eu vi, aqueles olhos azuis quase negros tão familiar: era o pai de Itan quem estava ali.

- Bom dia - cumprimentou ele.

- Bom dia - respondi.

- Sou Pitan, pai de Itan - se apresentou.

- Eu sei. Lembro do senhor - respondi sorrindo.

- Ah sim.. também lembro de você - sorriu. - É... o Itan se encontra? - perguntou.

O desejo do coração de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora