Capitulo 24

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Lunna

Algumas semanas haviam passado. Eu só fui algumas poucas vezes ao hospital, para ver a Anelise e porque eu tinha que trabalhar.

-Olá Lise! - falei assim que entrei em seu quarto.

- Oi tia Kat! - ela gritou e acenou com os braçinhos para que eu me aproximasse, a abracei.

- Como você está lindinha? - sentei-me ao seu lado na cama.

- bem... - falou dando de ombros. Percebi que tinha algo errado.

- Hum... O que foi?

- Ah tia... É que às vezes dói - e fez uma carinha triste que me partiu o coração. A abracei de novo.

- Eu sei, meu bem, eu sei. Mas vai passar sim?

- Tá - e sorriu.

Passamos metade da manhã assim: conversando, brincando, orando, cantando, eu lendo as histórias da bíblia pra ela que ouvia com muita atenção...  Por fim, lá pras 10:30 eu tive uma ideia.

- Lise, você gostaria de conhecer uma pessoa muito especial? - seus olhinhos brilharam.

- Sim sim! - disse batendo palmas, eu sorri.

Então segurei em sua mãozinha e fomos ao quarto da Sra.Clarck.

Ela estava sentada virada para a janela, como sempre; só que dessa vez estava com a bíblia no colo.

- Olá - cumprimentei-a entrando.

- Ah olá Katiely! - respondeu sorrindo. Sua voz ainda era estranha devido ao tempo sem falar e pra aquilo ainda era uma surpresa.

Sorri.

- Vim lhe apresentar uma pessoa muito especial... Lise? - Ela colocou a cabeçinha dentro do quarto. Eu ri. - Ora Lise, entre. Venha conhecer a senhora Clarck, sim? Ela sabe contar histórias...

Seus grandes olhinhos brilharam e ela entrou no quarto sorrindo.

- Olá Sra.Clarck... - falou timida.

- Oi Lise. - disse sorrindo. - Me chame de Liza..

- Ta bom Liza. A senhora vai me contar uma história?

A Sra.Clarck olhou pra mim.

- Ela gosta de histórias da bíblia - respondi sorrindo. - E eu achei que a senhora poderia contar pra ela sua história, sabe, a Lise tem muita fé.

- Ah que maravilha então. Venha Lise, sente-se. Vou contar-lhe uma história de milagres.

Então ela contou. Lise e eu nos sentamos na cama e ela estava na cadeira virada pra nós. E passamos o resto da manhã assim.

(...)

Fui ao trabalho naquela tarde e à faculdade à noite.

Meu carro estava na oficina por causa de um mal funcionamento do motor, por isso tive que ir de ônibus escolar.

Cheguei um pouco cedo, então não estranhei o fato de não ter ninguém na entrada, afinal, as pessoas sempre chegam um pouco atrasadas, não?

Não!

Tive minha resposta quando eram 19:15 e nem sinal de ninguém.

Dei a volta até a outra entrada e pregado no portão tinha um aviso: "Suspensão de aulas por motivo de manuntenção do prédio."

Que ótimo! Agora eu só tinha duas opções: Ou ia a pé, ou de ônibus. A segunda opção é bem mais segura.

Porém... Quando cheguei na praça onde passavam os ônibus, que sentei no banco e procurei o dinheiro notei com grande horror que havia esquecido minha carteira.

O desejo do coração de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora