02 - O Ídolo

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[ Flashback On ]

POV - Nathasha Lauren

- Eu tinha onze anos quando o vi pela primeira vez na tela do computador da tia Nathaly. Faz tempo, mais me lembro como hoje, estava sentada no sofá quando tia Nathaly me chamou, na época eu não sabia explicar o que senti mais acho que já era amor eu só não havia descoberto ainda.

- Lauren.   - Disse tia Nathaly. Sim ela me chama pelo segundo nome, e não me perguntem porquê.
Vem ver aqui, olha que garotinho fofo.   - Disse ela sorrindo para a tela do computador.

- Corri até ela sentada à mesinha do computador e minha boca se abriu em uma expressão apaixonada me fazendo sentir algo que nunca havia sentido antes, deixando o meu mundo colorido. Era como se tudo que eu tivesse visto antes fosse preto e branco.

- Uau, tia que lindo! - Falei no mesmo instante que vi aquele rosto lindo, aquele cabelo, aquele sorriso. Ele é tão perfeito.

- Ela não entendeu a minha reação e nem eu entendia, era nova de mais pra saber qualquer coisa que envolvesse sentimentos como aquele.

- Que isso garota você nem idade de se apaixonar tem. Deixa seus pais saberem disso. - Disse ela sorrindo.

Alí foi o começo de tudo. Onde minha paixão sem freios começou, me lavando à um mundo colorido, dolorido e sem pudor. Me destinando ao incompreendido e natural amor.

- Sempre fui mimada e autoritária, era difícil um não pra mim. Talvez por culpa da ausência meus pais me deixavam fazer quase tudo, e eu sabia me aproveitar da bondade deles.

- Ir aos shows era um dos meus decretos. Eu sempre tinha tudo que queria e hoje eu sei que nem sempre podemos ter o que desejamos. Essa certeza as vezes me mata.

- Minha tia era sempre paciente comigo, mesmo quando minhas atitudes eram tão infantis quanto minha idade. Ela me dizia que não era tudo assim exatamente do jeito que eu quero. E que nem tudo na vida é como queremos, ela tinha razão, mais eu só descobriria isso depois.

- Lauren, você não pode querer fazer sempre o que quiser na hora que te der vontade, pare de birra.
Não, eu não vou a nenhum show sem a permissão dos seus pais.  - Gritava ela por me ver chorando em mais uma de minhas crises de mimo.

- Quando seus pais voltarem de viagem nós conversamos. Agora pega suas coisas que tenho que te deixar na escola antes de ir pra faculdade. - Disse ela apressada.

- Sim, tia Nathaly mora comigo e ajuda meus pais a cuidarem de mim, é por isso que tem toda autoridade pra me tratar como sua filha.

- Eu moro em Beverly Hills, CA, EUA. Em uma casa que chega ser um exagero, mais meus pais famosos e ricos acham que o conforto é indispensável para uma vida como a deles cheias de stress. Eles viajam muito e eu me pergunto se realmente há stress em uma vida assim, cheias de glaumor e tapetes vermelhos. Eu viveria fácil a vida deles.

- Enquanto eles se divertem eu fico aqui presa em uma imensa casa e na maioria da vezes apenas com a companhia da minha tia e dos meus seguranças.

- Minha casa é bem iluminada, tem um jardim imenso cheios de rosas onde minha mãe passava parte do seu tempo livre. A piscina é minha parte preferida depois do meu quarto,  e mesmo eu não passando muito tempo nela ainda sim, é o lugar nessa casa que eu mais gosto.
Com muitas repartições, minha casa é um luxuoso hotel, onde passo os meus medos, minha insegurança em tempo real e solitário. Meus pais não são sempre ausentes, mais dedicam muito tempo as suas carreiras.
- Eu sei, ninguém deveria reclamar de ter uma vida como a minha, e morar em uma mansão linda é o desejo de muitos, mais não é o meu.

- Lauren, desse jeito você se atrasa. - Gritou tia Nathaly me despertando do transe em que me encontrava, na sala de estar admirando tudo ao redor. Corri até o carro onde ela me esperava para ir à escola.

***

- A escola é outro lugar cercado de proteção, e é comum encontrar seguranças por todos os lados como parte da paisagem. Aqui estudam muitos filhinhos de papai e muitas patricinhas mimadas assim como eu. Muitas pessoas metidas e talvez eu seja a pior delas.

- Eu tenho duas melhores amigas Louise e Kelly, mais que isso na verdade, somos irmãs. É assim que nos denominamos e eu amo muito as duas.

- Assim como eu elas também tem em comum o cantor favorito e nossas conversas se resumiam basicamente em Justin, todos os dias a mesma coisa, era como um diabético que necessita de insulina. Nós respiravamos Justin Bieber, e muitas vezes fomos surpreendidas pelos professores, por conversas paralelas sobre ele no meio da aula. Assim passavamos nosso tempo chato na escola, conversando e fazendo muitos planos, e os shows era apenas parte dos nossos inúmeros planos juntas.

Segundo meus pais eu tenho uma tendência nata a ser uma patricinha teimosa, e na aventura eu sempre levava comigo as duas criaturas que me acompanham em tudo, ou seja as minhas duas melhores amigas. E não seria diferente agora. Se eu tinha que embarcar na aventura do amor, elas seriam as minhas grandes companheiras nessa viagem.

[...]

- Era maravilhoso dividir meu amor com elas. E eu queria muito saber sempre mais e tudo que puder sobre ele.
Certa vez, fiz um dos meus segurança, Phil praticamente comprar uma banca de revistas inteira, pois tudo que falasse sobre ele me interessava. Era um vício, ainda é na verdade.

- Ele é a minha droga, a minha perdição, em um vicioso ciclo a minha "febre Bieber".

The first love (JB) - I season - Terminada Onde histórias criam vida. Descubra agora