Luz

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 Acordo com a luz penetrando por entre minhas pálpebras fechadas. Minha cabeça dói. Minha visão se desembaça aos poucos. Estou em meu quarto, no palácio. Como vim parar aqui? Essa é uma ótima pergunta. Sento na cama levando a mão a testa, sinto que meu cérebro está virando cambalhotas em minha cabeça. A porta é escancarada e Mari passa por ela apressadamente.

- Fira - diz ela me envolvendo em um abraço. - Que bom que acordou. Estava morrendo de preocupação.

- O que aconteceu? - Pergunto me forçando a lembrar, não obtenho sucesso.

- Depois que desmaiou - explica ela tentando segurar a animação presente em sua voz, - um tritão saiu de dentro do buraco.

- Um tritão? - Questiono a encarando, minha cabeça dói um pouco mais. - Como assim?

- Era seu pai - ela diz sorridente. - Lembra da profecia? Ajuda das fieis damas ela terá, para seu pai resgatar - ela recita.

- Então - digo pensativa. - Quando você e Say lançaram o raio azul na sereia, que acabou atingindo também o chão, vocês libertaram meu pai?

- Isso - ela responde nadando em círculos. - Ai ele lançou um poder muito forte que acabou com todas as sereias do mau.

- Uau - é a unica coisa que consigo dizer.

- Ficamos preocupados, pois você não acordava de jeito nenhum - ela diz. - O rei até pensou que tivesse matado você.

- Quanto tempo eu dormi?

- Cinco dias - responde ela.

- Cinco dias? - Pergunto desesperada. - Ai meu Deus, foi muito tempo. Só tenho três semana para concluir a missão.

- Por isso vamos partir o mais rápido possível - diz Sayonaha entrando apressada no quarto com uma bandeja. Ela acaba se batendo na cama e quase que a bandeja vai ao chão, mas eu a seguro bem a tempo.

- Say e suas atrapalhações - digo dando um sorriso alegre.

Elas me forçam a comer tudo que estava na bandeja. Depois que como o ultimo camarão elas me arrastam até a penteadeira. Arrumam meus cabelos e colocam a coroa em minha cabeça. Prendem a espada em minha cintura e me guiam para a sala do trono.

Quando me aproximo dos três tronos avisto um tritão sentado no maior deles. Ele aparenta ter trinta e poucos anos, tem cabelos loiros e compridos e sua cauda é de um vermelho sangue. Deduzo ser o meu pai.

Assim que me vê ele dispara em minha direção, tento me afastar mas ele é mais rápido e me aperta em seus musculosos braços, acariciando meus cabelos

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Assim que me vê ele dispara em minha direção, tento me afastar mas ele é mais rápido e me aperta em seus musculosos braços, acariciando meus cabelos.

- Que bom que está viva - sinto ele respirar aliviado. - Achei que tivesse perdido você.

- Não perdeu - digo um pouco sem ar, ou água.

- Venha - ele segura em minha mão e me arrasta até os tronos. Senta no maior, o do meio, e me direciona ao menor, adornado por perolas. - Obrigado por me salvar minha filha.

Filha do Mar [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora