Tudo ou nada

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Tateio a escuradão a procura de algo que me ajude a sair daqui, estou presa a um dia inteiro e essa foi a pior noite da minha vida, não consegui dormir devido as risadas exageradas das sereia corrompidas que insistiam em comentar formar horrendas para me matar dolorosamente. Eu poderia usar o mesmo método que Sayonaha e Mari usaram para nos tirar da prisão quando fomos salvar meu pai, mas acredito que elas não cairiam nisso. Sinto algo gelado ao tatear o canto mais escuro da sala, envolvo um cabo de ferro com meus dedos e aperto firmemente, para ter certeza de que é real.

Elaboro rapidamente um plano e torço para que funcione, pelas conversas que escutei sei que Malena saiu e vai demorar a voltar, por isso essa é minha única chance. Acabei por aceitar usar o mesmo plano da nossa primeira prisão, espero que tudo funcione como o planejado.

- Por favor - digo próxima a abertura, forço a voz para parecer abatida. - Por favor.

- O que você quer, princesinha? - Rosna a sereia que guarda a porta.

- Eu preciso de ar - digo levando a mão a garganta e obrigando meus olhos a ficarem marejados.

- Não há ar aqui em baixo, tola - ironiza dando pouco caso.

- Sou metade humana - retruco fingindo perder todas as forças. - Preciso de ar, se não irei morrer.

- Pois que morra - ela tenta dar o assunto por encerrado.

- Sim - respondo ironicamente. - Ai quando Malena me ver morta, diga a ela que você não me levou para tomar ar e que foi por sua causa que eu morri. - Uso um tom dramático, me seguro para não rir da expressão de medo da sereia. - Estou viva a 24 horas, então suponho que ela precise de mim viva.

- Está mentindo - ela me da as costas. - Não precisa de ar.

- Posso estar mentindo - arrasto minha voz, sou uma excelente atriz. - E posso estar dizendo a verdade. A decisão é sua, se eu morrer, você morre. - Ela urra de raiva e volta a me olhar, arranca as chaves de algum lugar que não vejo e abre a porta. Antes que entre para amarrar minhas mãos eu finco o cabo de ferro em seu estomago. - E se eu não morrer, você também morre. - Sussurro vendo seu sangue se misturar com a água.

Olho em volta e logo avisto minha espada. - A prisioneira escapou - ouço uma movimentação não muito longe de mim. Arranco a espada da bainha e fico em posição de ataque.

A sereia que deu o alerta avança em minha direção com a espada preparada para decepar minha cabeça, desvio agilmente e me assusto com minha ação. - Você é muito poderosa, seus poderes apareceram com a adrenalina e com o tempo. - A voz de Mari invade meus pensamentos.

Avanço com a espada erguida em direção a sereia, ela tenda defender o golpe mas eu sou mais ágil e cravo a espada em seu coração, se é que ela tem um. Olho em volta e cinco sereia passam por uma porta, em um canto avisto um arco. Bloqueio o primeiro golpe de uma sereia usando minha espada, o som do ferro contra ferro chega a meus ouvidos. Giro minha espada e a dela voa para o alto, corto sua garganta quando minha mão agarra o cabo de sua espada. Agora com duas espadas começo a derrubar sereia pós sereia, me aproximando do arco.

Ouço o soar de uma concha, elas estão chamando reforços. Pego o arco e rapidamente armo a primeira flecha. Miro em uma sereia que passa distraída pela porta e acerto meu alvo. Começo a atirar uma chuva de flechas e sereias começam a cair. Tateio em busca da próxima flecha, mas minha aljava já está vazia, muitas sereias ainda estão vivas.

Volto a pegar as duas espadas e me preparo para lutar. Duas sereia se aproximam uma de cada lado, luto com as duas ao mesmo tempo, dividindo minha atenção para cada uma. Desvio de inúmeros golpes e já não sei quantas matei. Mais algumas passam por uma porta e ao verem milhares de suas irmãs mortas recuam atropelando umas as outras.

Solto as duas espadas e as ouço baterem no chão, minha respiração está ofegante e luto para controla-la.

- Sarina?! - Chama uma voz vinda do corredor. - Sarina onde você está, sua inútil? - Malena passa pela porta e não consegue esconder o pavor em seus olhos.

- Olá Malena - digo encarando o chão repleto de corpos.

- Como foi que você conseguiu? - Ela respira com dificuldade mas quando a encaro ela assume um rosto enraivecido.

- Não faça essa cara - digo juntando as espadas. - Dá rugas.

- Pagará caro pelo que fez a minhas servas.

- Não Malena, você pagará caro pelo que fez a mim e a minha família. - Assumo posição de ataque e me preparo para cumprir meu destino, seja libertar os mares desse mal ou morrer lutando bravamente. Estou preparada.




Chegando ao fim :(

Só mais três capítulos

Agora o negocio vai ficar bom de mais, brigas, lutas e mortes. Háháhá. 

Quem vcs acham que leva a melhor? Façam suas apostas.

Beijos

NatáliaB.

Filha do Mar [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora