O reecontro

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Sinto a água bater contra meu rosto com fúria, mas isso não me faz diminuir a velocidade. Ouço Say gritar desesperada para que eu pare de nadar, assim o faço. Paro bruscamente e sinto uma pancada nas costas, Say não conseguiu parar a tempo e bateu com tudo em mim.

- Desculpe - falo mordendo o lábio inferior, tentando conter o riso.

- Você viu isso? - Pergunta Mari se aproximando. - Foi incrível - ela ri descontrolada.

- Na verdade eu não vi, só senti - digo rindo junto a ela, logo Say cai na gargalhada.

- Agora nos explique princesa - diz Mari assim que os risos cessam. - Por que saiu assim?

- Descobri a segunda parte da profecia - digo ofegante. Elas me encaram a procura de respostas. - Venham, vão descobrir logo.

Elas se encaram e começam a nadar atrás de mim. Chego a um certo ponto e começo a nadar para cima. A luz do sol fere meus olhos por ficar cada vez mais forte, não tinha percebido que estava tão no escuro. Chego a superfície e o vento acaricia meu rosto. Sorrio enquanto puxo ar com a boca aberta.

- Como isso é possível? - Pergunto assim que Say e Mari surgem ao meu lado.

- Os pulmões de uma sereia são diferentes - explica Mari. - Um armazena ar e o outro água.

- Assim podemos entrar e sair da água sem morrermos - conclui Sayonaha animada.

Franzo o cenho e concordo com a cabeça. Olho em volta e logo avisto a ilha. A mesma em que estava com meus amigos a alguns dias atrás.

- O que estamos fazendo aqui? - Questiona Mari olhando em volta.

- Venham meninas - digo e saio nadando próximo a superfície. Sigo circulando a ilha até que encontro uma corda em meu caminho. Não consigo esconder o sorriso que se forma em meus lábios.

Volto para a superfície e logo ouço a voz de Bia.

- Não vamos pra casa Carlos - ela fala com a voz alterada. - Pouco me importa se a comida está acabando, vamos esperar por ela, nem que tenhamos que passar fome.

- E é assim que se descobre os verdadeiros amigos - falo me apoiando na beirada do barco. Bia arregala os olhos assim que em vê e se joga na água me levando para baixo. Rio de sua reação.

- FIRA - ela grita em meus ouvidos assim que voltamos a superfície.

- Oi amiga - falo sorrindo. - Você é um traidor né Carlos, nunca esperaria isso de você - finjo estar chateada quando meus olhos o encontram. 

- Desculpa Fira - ele fala passando a mão pela nuca. - Estamos ficando sem comida e sugeri de irmos comprar mais e voltar em seguida.

Me aproximo do barco, próximo de onde ele está. - Eu sei Cazinho, relaxa - Estendo a mão para um comprimento e o puxo para a água. Bia ri e quase se afoga. - Onde está Maik?

- Estou aqui - sua inconfundível voz doce e calma invade meus ouvidos.

- Maik - digo em um sussurro e um sorriso toma conta de meu rosto. Ele pula na água e me abraça apertado. Algumas lágrimas pulam de meus olhos, mas ninguém percebe.

- Concluiu sua missão? - Ele pergunta sem me soltar. - Já pode voltar pra mim? - Sua segunda pergunta sai quase inaudível.

- Ainda não - tento esconder a tristeza em minha voz. - Vim até aqui porque preciso de ajuda.

- AAH - Bia grita, me tirando do foco de minha conversa com Maik. A encaro pedindo explicação. - Tem duas meninas aqui.

- São minhas damas protetoras - digo sorrindo. - Say e Mari, estão me ajudando em minha missão.

- Vocês tem cauda? - Pergunta Ca se aproximando. As duas mergulham novamente.

- As assustou Carlos - diz Bia chateada.

Em seguida Say e Mari pulam da água fazendo um mortal e exibindo suas belas caudas enquanto fazem salpicos de água caírem sobre nós. Carlos as encara impressionado.

- De mais - ele diz de boca aberta.

- Vamos subir - diz Maik com a voz preocupada. - Uma tempestade se aproxima.

O mar ficou escuro e as nuvens cobriram o céu antes iluminado pelo sol. Percebo o olhar assustado de minhas damas e entendo que não é nada bom. Meus amigos sobem no barco e eu desejo me tornar humana, o que não foi nada bom, pois o peso de minha espada e de meu arco me puxaram para baixo, desejei me tornar sereia e retirei as armas, entregando-as para Carlos. Não tinha notado o quão forte eu ficava quando estava transformada em sereia. Subo no barco. Minhas damas se sentam na parte aberta da frente do barco e me encaram aflitas.

- O que está acontecendo meninas? - Pergunto me ajoelhando ao lado delas enquanto mordo um grande pedaço de pizza caseira, estava sentindo falta da comida humana. Sinto os olhares de meus amigos sobre mim.

- Ela já está sabendo que você retornou - diz Mari mais séria que de costume. Engulo seco e tomo coragem de perguntar.

- Ela quem? - Pergunto franzindo o cenho.

- Malena Blood - responde Say com voz tremula. Não sei ao certo de quem elas estão falando, mas quando esse nome chega a meus ouvidos sinto um arrepio na espinha. Não é coisa boa.




Helloooo

Tuts tuts mais um capítulo tuts tuts

E essa Malena ein gentiii, que medo :(

Esse capítulo é dedicado a Sayonaha

Obrigada por sempre comentar e deixar sua estrelinha, beijos lindaaa

Beijos

NatáliaB.

Filha do Mar [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora