Damas protetoras

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Comemos a lasanha de queijo com arroz que Carlos cozinhou, estava espetacular.

- Onde pensa que vai? - Pergunta Bia quando levanto para sair da cozinha. - A louça é sua, bonita.

- Droga - faço uma careta e sigo para a pia. Quando termino de lavar encontro meus amigos conversando.

- Quem topa um banho de mar? - Pergunta Maik quando me aproximo.

- Demoro - diz Bia.

Seguimos para a parte aberta do barco e eles começam a pular na água. Sento na beirada e fico observando eles se divertirem.

- Fala sério Fira - diz Maik assim que me vê tristonha. - Entra aqui com a gente.

- Não posso - respondo com voz de choro. - E se aquilo acontecer de novo.

- Vem logo - ele diz segurando minha mão. - Estamos aqui com você.

Olho para meus amigos e eles sorriem para mim. Levanto e tiro o shorts. Respiro fundo, buscando ar onde não tem. Pulo na água. Não me permito mergulhar, fico submergida por uns 3 segundos, ou menos. Olho para minhas pernas a procura da cauda, mas nada acontece, elas continuam no lugar.

- Será que você não tem que desejar? - Pergunta Carlos.

- É, tipo, falar eu quero ser uma... - não escuto Bia concluir a frase, pois mergulho bem na hora.

- O que tu falou? - Pergunto quando volto a superfície. - Pra eu dizer que quero ser sereia?

- Sim - ela responde e no mesmo momento bolhas me cercam e lá está a cauda.

- Droga - digo desesperada. - E agora?

- Deseje ter pernas - diz Maik.

- Eu quero ter pernas - falo e as bolhas voltam, a cauda some. - Sério? É fácil assim?

- Vamos surfar? - Pergunta Carlos.

- Vamos - respondo voltando para o barco. Maik me ajuda a subir e eu alcanço a prancha de cada um.

Surfamos por algum tempo e depois ficamos conversando deitados nas pranchas até que Bia da um gritinho animado.

- O que foi? - Pergunto me sentando e olhando para ela.

- Tem uma foca na minha prancha.

- Cafira? - Ouvi alguém me chamar

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- Cafira? - Ouvi alguém me chamar.

- Sim? - Respondo olhando para meus amigos.

- Ninguém falou nada Fira - diz Ca me encarando.

- Achei que... deixa pra lá.

- Cafira - chama a voz de novo.

- Tá, eu só posso estar maluca - digo olhando para eles, esperando que caiam na gargalhada. - Estou ouvindo alguém chamar meu nome.

Filha do Mar [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora