Cafira vivia a vida comum de uma típica adolescente de 16 anos, mas tudo vira de cabeça para baixo no seu décimo sétimo aniversário. Uma voz do além, uma profecia e uma cauda? Muitas coisas precisam ser explicadas a ela. Será que Cafira obterá as re...
Davi encara a multidão com ansiedade enquanto abre o envelope que carrega nas mãos. - A campeã é - repete ele mais uma vez. - Ficarão surpresos - diz enquanto lê o nome no papel.
- FALA LOGO - grita alguém no meio da multidão, procuro o dono da voz e encontro Maik rindo disfarçadamente.
- Cafira Whit - vocifera ao microfone.
Só tenho tempo de virar novamente para Davi e vê-lo com um enorme sorriso antes que braços ansiosos me conduzam até o pódio. Recebo uma medalha de ouro e um enorme troféu prateado. Pérola se aproxima com um volumoso buque de rosas vermelhas e escuto alguém estourar um espumante. Gritos animados invadem meus ouvidos e levanto o troféu acima da cabeça. Maik corre em minha direção e me carrega em seus ombros fortes e musculosos até o meio da multidão. De todos os lados as pessoas estendem as mãos para me parabenizar e tudo que consigo fazer é segurar um sorriso nos lábios.
Tiro diversas fotos, com Davi, Pérola, os jurados, meu avô, Bia e com muitas pessoas que estavam torcendo por mim. Sou convidada para uma reunião com Davi, me junto a ele com as bochechas doendo por ficar sorrindo para as fotos. - Meus parabéns Cafira - diz Davi apertando minha mão e entregando-me uma enorme cesta com produtos da sua empresa.
- Obrigada Davi. Finalmente conseguimos nos conhecer pessoalmente - digo encarando seus olhos curiosamente escuros. Ele passa freneticamente as mãos por seus cabelos escorridos.
- É verdade, mas valeu a pena esperar. Você é realmente tudo o que nossa empresa procura - faço um sinal com a cabeça, informando que estou atenta a cada palavra. - Estaremos em contato direto com você, pois agora teremos outra competição em Salvador, mas será informada de tudo que necessita saber.
- Beleza - digo e sou conduzida até a saída por Pérola, que se despede com um abraço e um sorriso sincero.
Ao sair da tenda me deparo com pequenos focos de pessoas. Avisto meus amigos e aceno para eles quando começo a andar com os braços carregados de coisas. Meu avô surge ao meu lado e desocupa meus braços levando tudo para o carro. - Vai voltar pra casa com eles? - Questiona apontando para meus amigos.
- Vou sim vovô - ele acena com a cabeça e se dirige ao carro.
- Imbecil - ouço a voz de Andressa chamar atrás de mim assim que meu avô desaparece de vista.
- Oi? - Viro-me rapidamente para poder encara-la, faço-me de desentendida.
- Sei que foi uma trama, só ganhou porquê Davi é seu patrocinador - vejo lágrimas em seus olhos.
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- Devo pedir desculpas? - Questiono arqueando as sobrancelhas.
- Não seja sínica Cafira - estreita os olhos e me encara dos pés a cabeça.
- A única sínica aqui é você, se ganhei foi porquê tenho talento - cruzo os braços e a encaro com dó. - Tenha paciência e tente nas regionais do ano que vem, aproveite que não estarei aqui.