Capítulo 30

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Depois do cochilo que foi a pior ideia que já tive, só sai do quarto pra jantar.

Eu brinco com a comida, com a cabeça longe, no meu pesadelo. Não tenho fome nenhuma, só aceitei jantar por insistência da minha mãe.

"Precisa comer, só um pouco". Ela insistiu.

- O que foi filha? - meu pai finamente pergunta.

- Não estou com fome. - digo.

- É por causa do pesadelo? - ele pergunta. Claro que minha mãe contou.

- Eu acho que sim. - respondo.

- Não deixe essas pessoas te abalar. - ele diz.

- O que? Que pessoas? - eu estou confusa. Muito confusa.

- Eu não sei quem é Drake, mas não ligue pra ele. Esses rapazes de hoje em dia não valem nada. - ele diz.

- Pai. - eu quase grito. - Não é nada disso. - eu estaria rindo se não estivesse tão abalada.

Eu levanto da mesa com raiva estampada em meu rosto. Já estou fora da cozinha quando ouço minha mãe falar:

- Você não tem limites né Jefferson? - ela grita. - E você fica quieto Noah. - é claro que aquele pirralho ia falar alguma coisa.

Estou deitada na cama quando meu celular toca e o nome do Dylan preenche a tela.

- Hello! - digo com falsa animação.

- E aí. - ele diz.

- O que queres comigo? - pergunto.

- Ta lembrada da socialzinha no apartamento da Kate? - ele pergunta.

- A é. Amanhã é sábado né? - estou completamente perdida.

- Sim. Você vai né? - ele pergunta.
- Não to muito afim não. - confesso. - Quem vai? Só a gente? - pergunto.

- Eu, você, o Taylor, uma prima da Kate e obviamente a Kate. - ele diz. - Vamos, vai ser divertido. A mãe dela vai estar de plantão no hospital e o Taylor ficou de levar umas bebidas. - ele diz. 

- Se não jogarmos Ouija de novo, por mim tudo bem. - nós rimos mas eu estou falando sério.

Ficamos horas conversando sobre assuntos aleatórios, tipo Unicórnios existem?

...

Acordo mais cedo de que planejava pra um sábado. São 9:30, pra mim muito cedo, pra minha mãe muito tarde.

Vou ao banheiro e lavo meu rosto.

- Esses olhos azuis não merecem essas olheiras. - eu digo olhando no espelho. Sim, sou a louca que fala sozinha.

Chego a cozinha, meu irmão ainda dorme. Minha mãe está passando o café e meu pai lê o jornal.

- Bom dia meu amor. - minha mae diz.

- Está de bom humor! - exclamo batendo palmas em comemoração.

- Muito querida. - ela diz.

- Então aproveito pra falar que hoje vai ter socialzinha no apart. da Kate. - eu digo.

- Socialzinha? - meu pai pergunta.

- Sim. Provavelmente vou até dormir lá. - digo.

- Com que permição? - minha mãe pergunta.

- Eu sei que você vai deixar por que você é a melhor mãe do mundo. - dou um beijo em sua bochecha.

- E eu? - meu pai pergunta.

O Apartamento 202/ #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora