22 - Êxtase

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Afastei meu rosto do seu, no entanto, continuei em seu colo.

- É melhor eu ter certeza de que Heloíse está mesmo dormindo... - Comentei.

- Eu espero que ela esteja.

Foi impossível não sorrir.

- Você não presta.

- Eu nunca disse que prestava. E, além disso... - Ele mordiscou meu lábio inferior e sorriu.

- Além disso...?

- Você gosta.

- Adoro.

Luca me deitou na cama, e em seguida, deitou-se por cima de mim, beijou todo o meu tronco e desceu até a parte de cima do meu shorts, fazendo com que meu corpo todo se arrepiasse com o toque morno de sua boca. Depois, senti novamente sua língua em meu pescoço, e sorri involuntariamente.

- Gosta?

- Luca... por favor... pare.

Eu preciso vê-la, antes.

- Você não quer que eu pare.

- Tem certeza? - Encarei-o e arqueei uma das sobrancelhas.

- Absoluta. Seu corpo reage a todo e qualquer toque meu. - Explicou, convencido. - Reage de uma forma muito boa, diga-se de passagem.

- Isso se chama atração.

- Não, Su, é mais do que isso. Seu desejo por mim é quase palpável.

- Que convencido!

Luca riu.

- Estou sendo realista. - Sorriu de lado, aquele sorriso arrebatador. - E admito: desejo você da mesma forma. Talvez até mais.

Enquanto o anjo caído me encarava, suas mãos percorriam meu corpo com muito afinco.

- Você não... não teve ninguém depois de mim?

Ele respirou fundo e deitou-se ao meu lado.

Que pergunta foi essa, Susana? Por que tinha de perguntar isso agora?!

- Tive. - Respondeu, sem hesitar.

Okay, fique calma, você estava morta. Não tem o porquê se importar com isso, afinal, ele está com você agora. Além disso, você se entregou a Hector no Inferno, e Luca ainda estava vivo.

- Certo...

- Não está brava? - Ele se apoiou no cotovelo e pegou minha mão.

- Não... - Balancei a cabeça negativamente. - Eu estava morta, por que deveria me importar?

Droga, cale a boca Susana!

- Não foi tão fácil assim, sabe... demorou muito tempo.

- Luca, está bem... - Encarei-o. - Você realmente não precisa me dar explicações.

Assim como eu não devo explicações sobre Hector, afinal, todos achavam que você havia me abandonado!

Sentei-me com os joelhos próximos ao meu corpo e apoiei meu queixo neles. Luca se sentou e abraçou-me.

- Está se sentindo bem? - Indagou.

- Sim.

- Com sono?

- Bem pouco... - Fitei minha pulseira e sorri.

- Ansiosa? -Ele perguntou, beijando-me na testa em seguida.

Abra os olhos, Anjo (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora