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Okay! Isso não era o que eu planejava, na verdade eu nunca planejei ter um bebê. (Quer dizer, quando eu tinha 13 anos eu pensava em ter um filho só pra ver se ele ou ela ia nascer com a minha cara. Mas depois de ser obrigada à assistir o parto da minha tia mais nova tendo o quarto filho dela, mudei de opinião na mesma hora.)
Era pra ser só uma transa, nada demais... Tá, eu confesso que eu me apaixonei por aquele filho da mãe. E sim, eu queria que tivesse rolado algo mais entre nós, porém ele é gay.
Fala sério! Por que tudo tem que dar errado na minha vida?
Quando finalmente aparece alguém interessante no meu caminho, a pessoa prefere um P ao invés de V, se é que me entende.
Tenho certeza que se eu tivesse nascido homem, o Dênis seria mulher e ainda por cima sapatão. Que vida injusta!
Mas tudo bem, eu tô bem, o bebê tá bem, o Dênis também, tá todo mundo bem...
Meus pais (Seu Bernardo e Dona Lucrécia), estão cada vez mais felizes por saberem que em breve vai ter uma criança danada correndo pela casa e fazendo bagunça. (Isso é estranho).
Eu juro como pensei que no momento em que os Penderghast fossem informados que sua única filha estava grávida, ambos iriam surtar e me xingar até os 9 meses de gestação.
Porém, não foi assim que aconteceu, eu fiquei até um pouco chocada quando vi minha mãe toda contente por saber que ela seria vovó (Porque ela era o tipo de mãe "Rochelle", " não vou criar nenhum bebê ").
Isso foi bem estranho, tipo bem estranho mesmo. Só que depois eu entendi o motivo da felicidade repentina quando eles vieram dar os "parabéns" pra mim.
- Parabéns minha filha! Agora sabemos que você não é lésbica. - Disse Dona Lucrécia.
- É querida! Estamos tão orgulhosos de você. - Disse Seu Bernardo.
Uau! Taí uma coisa boa, provei pros meus pais que eu não era sapatão, parabéns pra mim.
Você deve tá se perguntando por que meus pais achavam isso de mim, né? Será que era por que eu me vestia feito homem ou sei lá o que? Não, não!
Gente, eu sou totalmente feminista, gosto de coisas de meninas, gosto de fazer coisas de meninas e brinquei de boneca na infância.
O verdadeiro motivo para os meus pais acharem que eu era lésbica, foi porque a vagaba da minha inimiga "Lisa", inventou pra eles que eu ficava me agarrando com uma mina aí até altas horas da noite, por isso chegava tarde em casa.
Só que eu expliquei pro sr e sra Penderghast que eu só chegava tarde, porque ou estava na aula de teatro, ou estava na casa da Riley comendo o delicioso espaguete que a mãe dela faz quando chega em casa depois de um plantão chato no hospital (ela é ginecologista).
Riley é a minha melhor amiga; companheira, carinhosa, maluca, inteligente e muito amorosa. Nunca me deixa na mão, sempre me dá cola na aula de história. Amo aquela ruiva!
Deixa eu logo te falar como eu sou por fora, aliás, como eu era antes de parecer que engoli uma melancia inteira; Eu era magra, uma magra com bunda (depois que engravidei, parece que minha bunda virou um balão e estourou. Pow!) E agora eu sou uma barrigudinha parda, com olhos verdes, cabelo castanho e com 1,73 de altura.
Não me considero uma garota feia, mas também não me acho a Angelina Jolie, Emma Watson ou a Milla Jovovich. Eu olho pro espelho e vejo a simpática, adorável Bruna!
Acho que já falei bastante de mim, já tá dando até enjôo de novo...
Então, agora quero falar um pouco sobre meu melhor amigo Dênis, o pai do meu bebê.
Parece loucura né? Tanto homem gostoso por aí dando sopa, e eu fui logo me apaixonar por um cara gay. Em parte porque ele é carinhoso, divertido, educado, companheiro e muito legal. E por outro lado, porque ele é o mais lindo do colégio; cabelos negros, olhos azuis, corpo de atleta, não totalmente branco e com uma bundinha que nossa senhora!
Agora me diz, quem não ia se apaixonar por uma criatura dessas, senhor? Impossível ignorar aquele trouxa ou até mesmo ficar chateada com ele. Afinal, eu não fico chateada com ninguém, nem com minhas inimigas.
Procuro todo tempo estar feliz e sorridente, tô nem aí pra quem deseja meu mal, foda - se!
Foda - se a Lisa Johnson, pedófila de quinta categoria, mal amada, infantil...
Mas graças a Deus, essa praga me deixou em paz depois que o papai foi falar com a mãe dela, pedindo pra Lisa parar de me incomodar nesse período da gravidez.
Dá pra imaginar? Meu pai disse isso, "apenas no período da gravidez".
Por que ele não chegou falando logo "Diz pra porra da tua filha deixar a minha em paz, se não a cobra vai fumar?"
Seria bem melhor, e pode apostar que eu teria ficado orgulhosa.

Grávida do meu melhor amigo gayOnde histórias criam vida. Descubra agora