Happy Birthday to me

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O que falar sobre meus 18 anos?
Bom... Tem suas vantagens e desvantagens como qualquer outra coisa, não é mesmo!?
Vejamos:
Desvantagem n°1: Tô ficando velha.
(A gente sempre começa com a parte ruim)
- Vantagem n° 1: Eu finalmente vou conhecer a melhor boate da cidade. Êêêêêêh! Viva!
Cara, eu fiquei muito feliz depois que a Riley me lembrou de como ia ser importante fazer 18 anos. Aliás, eu esperei a vida toda por isso... Quer dizer a vida toda não né, mas já deve ter uns 3 anos que eu quero por meus lindos pés naquele lugar.
Vai ser um momento único na the bunny's lair e aquele babaca do segurança não vai ficar enchendo meu saco.
Eu tô na fita, tô crescida, sou de maior PORRA! Vamos lá!!
8:00 horas da manhã, despertando de um sonho maravilhoso com o cara do pole dance.
- Aaaaaah! - já acordei com um belo borcejo. - Que sonho maravilhoso. - queria nem abrir os olhos. - Opa! - meu pé havia encostado em alguma coisa. - Mas o que é isso?
Um grande embrulho quadrado estava em cima da cama.
- Bom dia querida! - seu Bernardo entrou no quarto antes que eu pudesse abrir o que se parecia muito com um presente.
- Bom dia pai! É... O que é isso? - perguntei ainda pensando no gogo boy do sonho.
- Humm, parece uma caixa embrulhada. - ele se fez de desentendido.
- Sério isso? - olhei pra ele e já sabia quem tinha bancado o papai Noel.
- Que tal você abrir pra descobrir o que tem dentro? - ele sugeriu. - Vai que seja algo que você goste.
- Parece uma caixa de pizza... É pizza?
- Pizza? As 8:05 da manhã? Que tipo de pai você acha que eu sou?
- Ué, pizza cai bem há qualquer hora. - falei enquanto enrolava pra abrir aquele troço.
- Quer por favor abrir logo essa caixa, estou começando a ficar nervoso.
- Tudo bem, tudo bem. - rimos, comecei à desmanchar o embrulho. - Mas só pra deixar claro, que eu avisei muito bem que não queria nenhum presente esse ano, então eu só acho que... Aaaaaaaaaaah. - soltei um grito daqueles após me deparar com o que tinha dentro daquela caixa. - Ai meu Deus! - coloquei a mão na boca em sinal de surpresa. - Não acredito no que eu tô vendo.
PARA TUDO! SÉRIO, AQUILO NÃO ERA REAL... (Vai ver ainda é continuação do sonho maravilhoso e essa é a parte quando chego casa.)
NÃO É POSSÍVEEEL!
- E então, você gostou? - Seu Bernardo perguntou esperançoso.
- Se eu gostei? Quem não ia gostar de ganhar um viagem pra Acapulco com todas as despesas pagas e ainda com direito a levar um acompanhante? PAI... EU ADOREEEI! - chega meus olhos sorriram.
- Feliz aniversário meu amor! - o mesmo me encheu de beijos e abraços.
CARA, VOCÊS NÃO TEM NOÇÃO DA FELICIDADE QUE ME DEU.
- Te amo, te amo, te amo.. - o abracei com força. - Aaah, eu vou pra Acapulco, vou pra Acapulco. Quem vai para Acapulco? Eu vou pra Acapulco. - levantei da cama cantando feliz da vida e fui pro banheiro.
VOU PRA ACAPULCO!
AMO MEU PAI!
15 minutos mais tarde, ainda cantando.
- Eu vou, eu vou... Pra Acapulco agora eu vou, eu vou, eu voooou! - uma nova versão baseada na música dos 7 anões. - Oh, céus. - ainda de toalha, me joguei na cama.
Quem diria que meu aniversário já ia começar assim... Toppeeer! (E não com a voz de vocês sabem quem falando da pequena "Marie".)
Marie é caralho!
Quer saber, eu não vou passar essa data importantíssima da minha vida trancada nesse quarto pensando na morte da bezerra.
- Eu vou é curtir! - olhei para o criado mudo e peguei meu celular pra procurar alguém interessante na agenda. - Vamos ver... Aldine não, essa também não, não, não, Bárbara nem pensar, Carla nem morta, David tô nem aí, Dênis... - droga, queria nem citar esse nome. - Eu, eu... Tô nem aí também, Denise... Ah, Denise. - a minha vovó viva preferida.
Era a escolhida.
Discando
- Alô, vovó? - chamei assim que me atendeu.
- Vovó é minha xana, quem tá falando? - amo essa véia.
- Sou eu, a Bruna! Você não salvou meu número? - num acredito que não tá salvo.
- BRUNA! - ela gritou, parecia feliz - Tá salvo sim, é que agora eu tô jogando golfe aqui e só fiz atender a chamada.
- Golfe? - ouvi um barulho de vidro se quebrando no outro lado da linha.
- Pega porra! - meu Deus, a véia tá acabando com a casa dela. - Sim fofa, golfe é bom demais. Mas e aí? Conte as novas.
- Então, hoje é meu aniversário... - fui interrompida.
- JURAA? - ela se animou na hora. - Vai ter bolo?
- Vai sim, é por isso que tô te ligando. Vamo bater um lero por aí, mano.
- Pô, fechô, topo a mil. Deixa só eu terminar essa jogada. - nesse instante, ouvi um barulho enorme de vidro se despedaçando no chão. - Pega caralho, sou foda.
- Cê pode passar aqui pra me buscar?
- Quem passa é cachorro fofa, já já colo aí, beijo.
- Beijo. - encerrei a ligação.
Já falei que amo ela?
Pois bem...
Comecei a me arrumar naquele mesmo momento, eu tinha que ficar linda, doce e gostosa.
E esse buchinho aqui? Hahaha
Era o charme.
20 minutos depois, descendo as escadas.
- Ei, ei? - putitanga, lá vem o discurso anual.
- Oi mãe. - virei desanimadamente e a encarei.
- Aonde você vai? - ela perguntou confusa.
- Eu vou sair com Denise, ela me chamou pra um rolê.
- Denise? A avó do Dênis?
- Ela mesma.
Biii, Biii. Já conhecia essa sequência de buzina.
- Opa, ela chegou. - corri pra abrir a porta.
- E como fica a tradição maternal?
- Tá, tá nasci já dando trabalho, o parto foi difícil, cresci dando trabalho, odiei seu leite, quebrei seus vasos caros e hoje tô bem crescida e continuo dando trabalho. Ok, mãe, adorei a história. Tchau! - e saí fechando a porta antes que ela dissesse mais alguma coisa.
- Fala minha aniversariante. - Denise já estava no pique e bastante estilosa como sempre.
- Fala aí. - fizemos o toque da amizade.
- E aí, pronta pra um passeio topper?
- Querida eu já nasci pronta. Vamos lá. - falei e entrei no carro. - Caceta, onde cê descolou esse carro?
- Ah, por aí.
Cês tinham que ver o carrão incrível que a Denise veio, do caralho mano.
- Cê vai deixar eu dirigir essa belezinha né? Aliás, é meu aniversário. - eu tinha que pilotar aquilo.
(Sou fã número um de carros, sério.)
- Não vou deixar.
- O QUE?
- Tô brincando, fica a vontade.
- JURA? - me animei na hora.
- O volante é todo seu. - mudamos de lugar.
- Agora o bicho vai pegar! - falei pronta pra viver um verdadeiro velozes e furiosos.
- Acelera. - a Denise gritou e eu a obedeci.
Vruuuuuuuuuuuuuuuuuuuum
Direita, esquerda, direto, esquerda de novo, vira fazendo ruídos no pneu e acelera mais uma vez.
- Uhuuuuuu! - eu e a vovó gritavamos feito loucas dentro daquele carro.
- Coloca um som. - ela apertou o botão do rádio. - Caralhadas, eu amo essa música.
- Eu também, canta comigo. - a música "call me" da banda de rock Blondie dos anos 80 estava tocando. Adoro!
- Color me your color, baby. Color me your car. Vai vovó.
- Te fode. - ela gritou - Color me your color, darling. I know who you are.
Eu de novo
- Come up off your color chart,
I know where you're comin' from..
REFRÃO
- Call me (call me) on the line... - e cantamos juntas no volume de sacudir os ouvidos.
(Quer um dica pra pensar nessa cena de uma forma bem louca? Baixe essa música, escute e imagine essas duas malucas no carro em alta velocidade.)
Pode crer, é muita onda!

Grávida do meu melhor amigo gayOnde histórias criam vida. Descubra agora