SOS Alguém Congelou Meu ♡

Capítulo 3

Pus Flávia no banco de trás do carro e seguimos para minha casa, ela parecia dormir feito um anjo, um anjo que ronca, ninguém merece.

Levei ela com muita dificuldade para o andar de cima, e com roupa e tudo a coloquei debaixo do chuveiro, na água  gelada ela logo acordou assutada querendo sair do chuveiro mais não deixei.

- Vai ficar ai para aprender a não atrapalhar o beijo dos outros. - Sim, eu estava descontando minha raiva nela, quem é que atrapalha beijo com um cara lindo daqueles?

- Lydia você me paga, eu te mato quando sair daqui. - Gritava, e parecia já estar lúcida.

- Sim pode me matar, depois que eu te der uma lição por me atrapalhar hoje na boate. - Falei saindo do banheiro.

Sorri boba, minha reaproximação com Flávia estava me fazendo bem, ela era uma boa amiga e isso me deixava feliz, por saber que mesmo depois de tudo ela ainda estava disposta a estar do meu lado.

Deitei na cama e meus pensamentos foram para Dylan, que homem era aquele? Nunca fui de me interessar por caras mais velhos, mas esse realmente mexeu comigo, não, quer dizer, eu só acho que ele tem uma pegada incrível e que beija bem, mas nada de ficar pensando nele a partir de agora, foi só mais um em uma noite de balada.

Flávia saiu do banho com cara emburrada.

- Você sabe que fiz isso pelo seu bem, né princesinha? 

- Cala a boca! - Tacou uma almofada em mim.

Gargalhei e vi ela dando  um sorriso também.

- Onde tem remédio para dor de cabeça? - Disse colocando a mão em sua cabeça e fez uma expressão de dor.

- Na primeira gaveta do banheiro. - Respondi colocando um pijama para ir deitar.

Ela voltou e foi para meu closet.

- Aonde você pensa que vai? - Perguntei irônica.

- Se você não percebeu minhas roupas estão todas molhadas, por causa de quem eu não vou dizer, então vou pegar um pijama seu, e aí de você se reclamar.

- Folgada nem um pouco. 

Ela ficou alguns minutos lá e depois veio até o quarto de novo.

- Onde vou dormir?

- No chão, fica a vontade.

- Há há, como você é engraçada.

- Estou falando sério. - Gargalhei.

Ela me olhava séria.

- Pode dormir comigo, você sabe como rolo na cama então não reclama ok?

- Só quero que você não me agarre de noite pensando que sou Dylan. - Gargalhou, mas eu não achei graça.

- Quem é Dylan? 

- Não se faz de desapegada, que eu sei que o caminho todo você pensou nele.

- Não coloque coisas na minha cabeça Flávia. - A olhei irritada.

- Ta bom, não está mais aqui quem falou. - Levantou as mãos em forma de rendição e depois veio se deitar.

- Agora vamos conversas sério, você é louca de ficar aceitando bebida de qualquer um não é? Você sabe que ele colocou algo em sua bebida não é? Você sempre foi forte com  bebida, nem dez garrafas de vodca conseguem te derrubar, então estou falando e vê se decora, não é pra aceitar bebida de ninguém mais. - Meu tom era mandão, e eu queria realmente que ela me obedecesse, eu me preocupava com ela.

- Lydia, eu sei, mas vou involuntário, ele me ofereceu a bebida, fiquei de olhos abertos o tempo todo, e por um segundo que me distrai deve ter sido ai que ele colocou a droga, eu bebi e quando vi que aquilo me afetou rápido demais eu dei uma desculpa que queria usar o banheiro, percebi que ele me seguia com os olhos e fiz de tudo para me misturar na multidão e te achar, mas quando te achei foi tarde demais, o efeito já estava em mim, desculpa ter estragado seu momento perfeito, com o galã perfeito. - Fez beicinho irônica e eu bati nela.

- Dá pra parar de brincar? Eu estou falando sério, promete que não vai mais aceitar bebidas de estranhos? 

- Ok, eu prometo mamãe.

- Agora vou dormir e trate de fazer o mesmo.

- Pode deixar, sonhe com Dylan. - Ouvi sua risada sendo abafada pelo travesseiro.

- Flávia não me provoca. - Eu não estava achando graça.

- Boa note. - Ela sorriu.

Nem respondi e virei de costas para ela, e fui dormir, eu realmente não queria mais pensar em Dylan, como eu já havia dito, ele foi só mais um em uma noite de balada.

Na manhã seguinte acordei, leve e solta, os raios de sol invadiram meu quarto, a empregada esteve lá para abrir as cortinas, aposto que foi a pedido de meu pai, coisa chata.

Me levanto e vou fazer minha higiene matinal, acordo Flávia para que ela possa fazer o mesmo, vou até a cozinha e coloco algumas coisas em uma bandeja, quando termino subo para o quarto, hoje queria tomar café em meu quarto, assim evitaria interrogatórios.

Quando cheguei ao quarto Flávia estava vomitando no banheiro.

- Efeito colateral de ontem. - Se explicou.

- Eu sei, tem remédio para enjoo na gaveta do banheiro também.

Coloquei a bandeja em cima da minha mesa, e fui abrir a porta da varando para deixar o ar entrar, hoje o dia estava lindo, perfeito para pegar uma praia.

- Flá, o que acha de uma praia hoje? - Me sentei na cama comendo um pão com nutella.

- Nada disso, só quero minha casa, nada de praia ou balada hoje, estou esgotada.

- Por favor, o que custa? Hoje o dia está lindo. - Implorei, o que eu não costumava fazer.

- A não Lydia não inventa. - Ela se sentou ao meu lado comendo também.

- Só por que eu vi no noticiário que a praia está lotada, principalmente de homem. - Fiz um beicinho, sabia que estava mexendo no ponto fraco dela.

- Olha só, eu vou por que te amo ok? 

Gargalhei, e a abracei.

- Eu sabia que você iria.

Levantamos e fomos pegar nosso biquínis, Flávia pegou o meu cortininha rosa choque, e eu peguei um simples não gostava de causar.

Descemos e meu pai estava no hall.

- Filha não vi você chegar ontem.

- Nem eu pai. - Revirei os olhos.

- Você não vai ficar em casa hoje? Você tem que estudar para a faculdade.

- Será que você pode me dar pelo menos um dia de folga? Só hoje, para de me encher o saco, é pedir de mais? - Falei irônica.

Peguei Flávia pelo braço e então saímos, eu não aguentava meu pai me dizendo o que fazer, ele não se importava comigo, só com aquela maldita empresa que ele quer que eu herde.

Dylan na mídia*