Capítulo 22

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— Sabia que ele era estranho que não podia confiar nele, eu vou demitir ele agora mesmo!  - Pegou seu telefone.

— Dylan não, ele não iria ter coragem tem que ser um mal entendido, vamos conversar com ele.

— E dar a ele a oportunidade de inventar uma desculpa?  Não!

— Eu confio nele,  e tenho a certeza de que não foi ele e se foi, ele deve ter os motivos dele, eu vou pra casa, segunda conversamos sobre isso. - Peguei minha bolsa.

— Ele é o cupado por isso coloco ele para trabalhar tanto, isso é punição!

— Do que você está falando? - Me virei.

— Lydia. . . - Colocou a mão sobre a boca e percebeu o que tinha feito.

— Eu não estou acreditando,  você sabia que ele chegou a ficar doente de tanto trabalho sobre as costas dele? Ele poderia ter ido parar no hospital, tudo isso pelos seus caprichos! - Gritei.

— Lydia eu.  ...

— Você nada! Eu cansei disso ta? Cansei de suas grosserias, caprichos e bipolaridades,  não me procura mais, eu vou voltar pra casa dos meus pais e aceitar o maldito cargo,  passar bem. - Sai pisando duro.

— Me espera você não pode ir sozinha me deixa te levar.

— Não precisa não quero nada que venha de você!

— O que está acontecendo Lydia? - Evan surgiu ao meu lado.

— Me leva pra casa Evan. - Olhei pra ele com olhos marejados.

— Claro vem comigo. - Me abraçou de lado.

— Se você entrar nesse carro Lydia. . .

Olhei com desdém pra ele e entrei.

— Quer conversar? - Evan me olhou pelo retrovisor.

— Por que ele tem que ser tão complicado? Tão bipolar?  Tão ignorante? - Respirei fundo e encostei minha cabeça na janela.

— Não se engane, nem sempre ele foi assim. - Seu tom era de pena.

— O que houve com ele? - Ergui meu corpo pra frente para tentar olhá-lo.

— Não cabe a mim contar senhorita, me desculpa.

Encostei minhas costas no banco novamente e parei de fazer perguntas, tinha tantos pensamentos rondando minha cabeça que eu nem sabia por onde começar a pensar, será que Jay teria coragem?  Por que Dylan o sobrecarregou tanto? E por que meu pai não entrou em contato comigo ainda para falar sobre a tal festa? Eram tantas perguntas e sem nenhuma resposta.

Fui o caminho todo apenas observando as ruas, tudo estava tão escuro e vazio, chegamos rapidamente em meu apartamento, Evan olhava tudo muito atento , coloquei a mão em seus ombros.

— Pode ficar tranquilo, a rua é tão deserta quanto o deserto do Saara. - Sorri.

— E é isso o que me causa medo. - Retribuiu o sorriso. - Pode ir senhorita, eu vou ficar te olhando daqui.

— Obrigado Evan e despenso o senhorita. - Falei saindo do carro.

Olhei para trás e mandei um tchalzinho pra ele que retribuiu, depois segui até meu apartamento. Cheguei em meu apartamento já tirando os saltos, fui ao banheiro tirar a maquiagem e colocar um pijama, estava tão cansada que assim que cai na cama apaguei.

Acordei com alguém pulando em cima de mim,  me assustei.

— Acorda! Acorda! - Dizia me balançando.

— O que é isso? O que ta fazendo? - Me levantei assustada.

— Olha!  Olha isso!  - Jogou uma revista em meu colo.

" Nova presidente da empresa Street aparece ao lado do terceiro executivo mais rico do país Dylan Sprayberry, seria o novo casal favorito dos negócios da Califórnia? "

— Eu to na capa do jornal e da revista?  - Falei eufórica e quando caí na real dei pulos de alegria. - Eu to na capa da revista. - Pulei no colo de Jay.

— Você leu isso Lydia?  Você leu?!  Eles acham que são um casal e que coisa é essa de presidente da empresa do seu pai?  Você já aceitou? - Falou rápido, quase não entendi.

— Ei,  ei!  Calma, uma pergunta de cada vez. - Parei pra pensar e vi a gravidade do assunto. - Não, eu e Dylan não somos um casal e também não disse nada para meu pai. - Olhei ele estranhamente. - Como entrou aqui?

— Acho que o maior dos seus problemas não é como eu entrei aqui,  e respondendo sua pergunta, a chave de baixo do tapete, comece a procurar um lugar melhor de baixo do tapete é muito óbvio. - Sentou na minha cama.

— Jay o que eu faço?  - Sentei ao seu lado.

— Devia ir conversar com seu pai sobre esse assunto, ninguém melhor que ele para responder as suas perguntas.

— Ele me expulsou de casa, eu não piso mais lá. - Me levantei cruzando os braços.

— É por uma boa causa. - Se levantou e parou em minha frente. - Se quiser eu vou com você. - Pegou em minha mão e acariciou, senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo então tirei minha mão da dele. - O que foi?

— Não, nada é que agora que percebi que estou de pijama. - Essa foi a pior desculpa já inventada.

— Lydia na faculdade quando você ficava bêbada eu era quem te dava banho. - Fez uma cara desconfiada.

— Não me lembra disso!  - Dei um tapa em seu peito.

— Eu sei que gostava. - Sorriu.

— Eu vou me trocar e você vai ficar bem paradinho aqui. - Estreirei os olhos pra ele indicando que eu estava de olho nele depois sorri.

— Eu não vou sair daqui. - Sentou na cama e sorriu.

Saí do quarto e fui ao banheiro me trocar, Jay era um grande amigo e até agora o único tão proximo, não sei o que faria sem ele.

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