Capítulo 17

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Estava me arrumando para ir embora, o dia foi cansativo fazer aquelas planilhas me deram o maior trabalho, Dylan é muito exigente e diz que se eu quero me dar bem nessa, também tenho que ser.

  —  Oi, posso entrar? - Jay apareceu na porta.

—  Claro. - Sorri ao vê-lo, estava tão ocupada com as planilhas que mal nos vimos pela tarde.

—  Já está indo embora?

—  Sim você ainda vai ficar por um tempo não é? - Falei pegando minha bolsa que estava sobre a mesa.

—  Na verdade Dylan me dispensou no horário normal hoje, disse que não estava precisando mais de mim, então vim te chamar para tomar um café. - Falou sorridente.

—  Cla. . . - Fomos interrompidos pelo meu celular tocando, alguém estava me ligando. - Me desculpa, com licença.

—  Tudo bem, pode atender.

Peguei o celular dentro da bolsa e vi que era Flávia quem estava me ligando, me afastei de Jay um pouco.

—  Alo? - Atendi.

— Lydia, eu fiquei sabendo hoje sobre o que seu pai fez com você que vontade de bater naquele desgr. . .

—  Opa! Olha a boca mocinha. - Gargalhei. - Está tudo bem eu já consegui um apartamento e um emprego, daqui a pouco as coisas voltam ao normal não precisa se preocupar.

— Espero que sim qualquer coisa já sabe onde me encontrar, mas mudando de assunto você está livre hoje? Quero ir em alguma balada. 

  — Olha eu não sei, eu tinha combinado com um amigo de tomar um café. - Falei baixo, não queria que ele escutasse, não sei o motivo, mas não queria.

 —  E o que tem? Leva ele também te espero na La Noite daqui uma hora, beijos. - Nem me deu espaço para falar e desligou o telefone.

Fiquei um pouco sem reação, Jay era muito calmo não sei se ele curtiria uma balada, mas não custa tentar.

  —  Era uma amiga, aquela da praia. - Me aproximei dele novamente.

—  A sim, Flavia o nome dela não é? 

—  Sim, isso, ela me chamou para ir a uma balada hoje não muito longe daqui, olha se você não quiser ir tudo bem podemos ir ao café eu não me importo, o que você quiser eu to dentro. - Sorri.

— Balada?! Até que não é uma ideia ruim, claro que podemos ir. 

—  Que bom que aceitou, ela vai estar nos esperando daqui uma hora se você quiser ir em casa se trocar a gente se encontra lá, se bem que sua roupa não está tão formal, mas você é quem sabe. - Sorri.

—  Minha casa é longe não daria tempo, eu só queria tomar um banho antes de ir, você vai passar em casa primeiro? 

—  Olha minha casa não é tão longe, se quiser pode tomar banho lá eu terei que passar lá de qualquer jeito.

—  Por mim tudo bem, vamos. - Disse me dando passagem para sair da sala.

Fomos até o elevador, esse horário é tão desconfortável não parava de entrar gente, chegamos ao estacionamento e Jay me puxou para fora do elevador, estranhei.

  —  O que foi? Por que estamos no estacionamento? 

—  Viemos pegar o meu carro, oras. - Gargalhou passando por mim, mas e segurei em seu braço. 

  — Não, você está confundindo eu vou de táxi como todos os dias, eu te passo o endereço e você me espera lá.  

  —  Lydia o que é isso? Não estou te reconhecendo, estamos indo para o mesmo lugar qual a necessidade de você ir de táxi? Que tipo de cavalheiro eu seria se a deixasse ir de táxi? Pare de drama e venha logo. - Me pegou pelo braço carinhosamente e me conduziu até o seu HB20S Sedan branco e abriu a porta para que entrasse.

Quando estávamos prestes a sair do estacionamento avisto Dylan esperando seu motorista, quando ele me viu dentro do carro de Jay parecia nervoso, na verdade nervoso não é a palavra certa, na verdade ele ficou assustado, me encarou bem e quando o seu carro chegou entrou dentro dele fechando a porta com a maior ignorância, e mesmo de lá de dentro ele me encarava, não entendi sua reação, eu e Jay somos apenas amigos isso está na cara, o sinal abriu e eu fiquei aliviada.

Dei o endereço a ele e então fomos o caminho todo conversando e rindo sobre o nosso passado, eu e Jay já cometemos cada loucura, por mais que eu era mimada e nojenta, não que eu tenha deixado de ser, mas parece que a bondade resolveu ser minha amiga por um tempo, enfim, Jay sempre foi o único amigo pobre que eu tive ele tinha bolsa de estudos, mas nem por isso deixava de aprontar junto comigo mesmo correndo risco de ser expulso.

Chegamos ao local e ele estranhou.

 — Bem vindo ao inferno que eu chamo de casa. - Sorri irônica .

  —  Não é tão ruim. - Gargalhou.

Fomos até o meu apartamento.

  —  Caramba, essas escadas são um verdadeiro exercício físico. - Disse com sua respiração ofegante eu sorri.

   —  Terei que me acostumar e você também. - Gargalhei.

—  Sinto muito por tudo isso que está acontecendo. - Pelos boatos que estavam rondando por ai com meu nome, ele já devia estar sabendo.

—  Não precisa, até que não é tão ruim pelo menos o chuveiro é quente. - Falei irônica, mas o chuveiro é quente mesmo. - Falando nisso, o banheiro é a primeira porta do corredor a direita.

  —  Obrigado, vou ser rápido. - Disse saindo e eu fiquei o observando. 

Flavia na mídia**

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