Capítulo 23

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Troquei minha roupa e voltei ao quarto.

- Você acha mesmo que devo ir? - Falei roendo minha unha do dedo indicador.

- Por mais difícil que seja pra você, eu acho que deve você precisa tirar essa história a limpo, isso está se complicando demais.

Fiquei olhando ele com uma carinha de cachorro sem dono.

- Não faz essa carinha meu anjo. - Beijou minha testa. - Eu vou estar lá com você. - Sorriu.

O jeito com que Jay me trata me faz tão bem, logo eu que nunca necessitei de carinho e atenção de ninguém estou gostando tanto desse novo mundo.

- Então vamos. - Peguei sua mão e saí o arrastando até a porta.

Chegamos a rua e sua moto estava estacionada em frente ao prédio, ao mesmo tempo que amo andar de moto eu não sou tão fã, o frio na barriga é maravilhoso.

Ele me entregou o capacete e após colocá-lo, subi em cima dela, Jay acelerou a moto e o frio na barriga começou, a sensação de "liberdade" enquanto estamos em cima da moto é incrível, eu confio em Jay e segurança é o que não vai faltar enquanto estiver com ele.

Após alguns minutos estávamos em frente a enorme mansão dos Parker, como de costume estava rodeada de seguranças, me aproximei de Elias.

- Pode interfonar para o senhor Alonso e avisar que estou aqui por favor?! - Falei rígida.

- Ele está a sua espera. - Me deu passagem para passar.

Olhei para Jay confusa e entramos desconfiados, ainda estava tudo em seu devido lugar, nada havia mudado, o jardim, a piscina, as quadras, ainda era igual.

Batemos de leve na porta e Maria abre, ela abriu um sorriso, mas não parecia surpresa com a minha presença.

- Minha menina, como você está linda. - Deu passagem para entramos e quando entrei me abraçou. - A casa ficou muito vazia sem você. - Falou cabisbaixa.

- Obrigado, eu senti sua falta. - Sorri e ela me olhou surpresa.

- Você está mudada, isso é bom. - Sorriu de volta.

- Onde estão meus. . . - Me repreendo. - L senhor e a senhora Parker?

Antes mesmo que ela respondesse eles apareceram descendo as escadas.

- Estamos aqui querida. - Meu pai pronunciou.

Os olhei com todo nojo que alguém poderia transmitir em um olhar. Eles desceram as escadas elegantemente e vieram até nós.

- Estava te esperando. - Disse quando se aproximou.

- Já me informaram disso. - Fui grosseira.

- Não vai nos apresentar seu. . . Amigo. - Olhou Jay com uma expressão humilhante.

- Não te interessa quem ele é ou deixou de ser! Estou aqui por isso. - Tirei a revista da bolsa e o mostrei.

- A notícia que chocou muitas empresas por ai. - Falou analisando a revista.

- Que história é essa você pode me explicar?! - Quase gritei de raiva, então senti uma mão sobre meus ombros e o olhei, ele sussurrou "se acalma".

- A realidade, eu sei que você vai assumir o cargo e está treinando com Dylan para saber administrar bem, gostei da atitude, eu apenas adiantei a notícia.

- Como você soube disso quem te falou?

- Seu amado. - O olhei sem entender. - Matheus , quem mais seria?!

- Aquele. . . - Me segurei para não o xingar.

- Sua festa será na semana que vem não se atrase, e use uma roupa melhor do que esses panos de chão, agora preciso sair, se me dão licença. - Passou por nós sem dar muita importância.

Olhei para Jay sem saber o que fazer e então saímos da casa também, fomos até a moto estacionada em frente da casa e fomos embora.

- Você realmente acredita que foi Matheus? - Jay perguntou quando já estavamos em minha casa.

- Eu não sei, talvez sim, ele tem os motivos dele para ser informante dos meus pais. - Falei me jogando no sofá, Jay se sentou ao meu lado.

- Você vai à essa festa?

- Sim! Eu vou assumir a empresa mesmo, agora esse vai ser o meu mundo. - Falo revirando os olhos.

- Você sabe que não ainda tem tempo de desistir.

- Mas não posso, caso contrário perdemos tudo, até essa coisa que me obrigam a chamar de casa, eu preciso assumir essa coisa de negócio da família e fazer dar certo. - Já estava sentindo o peso das responsabilidades.

- Vou sentir sua falta na empresa. - sorriu.

- Eu também, me acostumei a te ver todos os dias. - Retribui o sorriso.

Após isso ficamos em silêncio, um silêncio incômodo.

- Bom, acho que já vou indo, até amanhã Lydia. - Se levantou.

- Fica mais um pouco, almoça comigo. - Falei sem pensar.

- Não vou atrapalhar?

- Não, eu faço o almoço. - Sorri pra disfarçar meu nervosismo, o que eu tava fazendo? Eu nem sabia cozinhar.

- Se você insisti. - Sorriu e deu de ombros.

Onde eu estava me metendo?!

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