Vingança

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-Afinal de contas, qual é o seu problema? Está apaixonado por mim? – A castanha perguntou já se dirigindo para um dos elevadores.

- Nem se a raça humana dependesse disso pra continuar existindo. Você não tem espelho em casa? – Malfoy se assustou com petulância de Hermione.

- Então me diga, o que você quer comigo? Eu realmente estou evitando ter contato com certos insetos, eles me causam náuseas. – Ela disse e entrou no elevador. Ele a seguiu.

- Então, você acha mesmo que mudando de roupa, de cabelo e o jeito de tentar fazer milagre com essa sua cara vai resolver todos os seus problemas patéticos? – Ele não olhava pra ela, sendo que ficou alguns centímetros a sua frente. Ela podia ver a confusão que os cabelos dele estavam ao se encontrar com a gola da blusa alta, aquele mar loiro contrastava de maneira magistral com o preto.

- Anda reparando muito no que eu faço Malfoy. – Ela respondeu depressa tentando não se perder naquele contraste de amarelo com negro, e com aquele cheiro que saía de todos os poros dele.

- Sim. – Ele sorriu, mas ela não viu, ele continuava de costas pra ela. – Eu costumo prestar atenção nos perdedores, pois eu me divirto com a desgraça deles. – Então ele virou um pouco o rosto pra ela. De lado ele a olhou e deu o melhor do seu sorriso cínico. Mas voltou depressa seu rosto para frente. Não queria encara-la, não ainda, ela estava realmente muito bonita, com certeza usou algum feitiço poderoso, ele pensou. E o perfume dela, tão doce, devia ser alguma poção maligna também. Fora o seu corpo. Onde ela escondia tantas curvas? O preto realmente fez milagres com ela.

- Deve ser por isso então que você fica se olhando tanto tempo no espelho. – Ela sorriu de verdade. Ele deu de ombros. O elevador chegou ao primeiro andar, Malfoy saiu na frente, esvoaçando sua capa, mas esperou Hermione sair. Ela seguia em frente até que sentiu uma mão em seu pulso.

- Eu ainda não disse o que quero com você! – Ele a virou pra poder encara-la.

- É que realmente não temos nada pra tratar um com outro, então eu não sinto a maior curiosidade em saber o que você possa querer comigo. – Hermione realmente estava com desprezo nos olhos.

- Eu vim retribuir o presente que você me deu. – E apontou para seu machucado. Hermione se assustou.

- Você seria tão baixo a ponto de me machucar? - Ela tentou soltar seu pulso da mão forte do loiro, mas não conseguiu.

- Vou te machucar onde você mais sente. – Ele lhe respondeu e a arrastou corredor a fora.

- Pra onde você esta me levando? – Ela tentava gritar, mas estava constrangida demais com a situação.

- Vamos aparatar, porque vamos dar um passeiozinho.

- PRA ONDE? – Ela berrou, afinal agora ela estava ficando com medo e percebeu o quanto Malfoy era forte.

-Já vai saber. – Ele a puxou pra perto de seu corpo. A abraçou com força, até demais. Eles tinham acabado de chegar ao local de aparatação do hospital. Ao se abraçarem, por mais força que existisse naquele abraço, medo e sacarmos misturados, ambos sentiram um arrepio forte, que não era causado pela aparatação, pois ela nem tinha começado ainda, mas pela aproximação dos corpos. Ambos se justificaram, em pensamentos. Ela acreditava que seu arrepio era de medo e nojo, ele de satisfação de se vingar e de asco dela. Por fim ele se concentrou e aparataram. Hermione abriu os olhos. Se deparou com a escuridão, ela tinha afundado sua cabeça no peito de Malfoy. Inspirou fundo e se inebriou com o perfume dele. Suas pernas ficaram bambas. Mas tomou forças e se afastou dele.

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