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Draco on
Perplexo? Assustado? Confuso? Enlouquecendo? Isso e muito mais. Não sabia em que pensar, no que pensar. Muita informação, muita revelação. Estava a um passo de ter um colapso. Peguei todas as garrafas de bebidas alcoólicas que encontrei naquela casa. Fui para o lugar que sempre ia, desde criança, me refugiar. A estufa esquecida do meu avô Abraxas Malfoy. Tinha um cheiro de flores, mesmo que há muito tempo ninguém cuidasse de plantas ali. Vez por outra eu via uma flor nascer em algum canto, como se insistisse em viver contra todas as adversidades. Um exemplo a se seguir.
Senti falta de uma vida que nunca tive. Uma vida de flores. De pais normais. De escola com amigos e não seguidores. De um braço sem marca a ferro e fogo. Senti falta de amor. Meu coração se apertou mais, enquanto eu entornava o whiskey pela minha garganta. Fechei os olhos. Granger veio a minha mente. Abri rapidamente. O que Granger estava fazendo nos meus pensamentos? Eu não estava bêbado ainda. Será que estava louco? Ouvi um barulho, alguém entrara no meu paraíso. Me levantei do chão e cambaleei, é, talvez eu já estivesse bêbado.
- Quem está ai? – Apertei os olhos, estava escuro, e fazia muito frio. Vi a sombra de um cachorro. Sorri de verdade. – Só você mesmo para me encontrar aqui. - Ouvi um estalo, e a sombra de um homem alto e cabeludo apareceu quase a minha frente.
- Não foi fácil, acredite, mas consegui.
- Estou bêbado demais para saber como você conseguiu.
- Só entrei, acho que você não é o único bêbado nessa mansão. – Me sentei ao chão novamente, Lipe fez o mesmo.- Cara, foi difícil te encontrar. O que aconteceu para você está no seu refugio? Claro, tirando toda essa coisa de guerra. – Lipe pegou uma das minhas garrafas e deu um bom gole.
- Luna. Narcisa. Granger e Sirius! Eu! – Lipe arqueou as sobrancelhas, como em um pedido mudo de explicações. Sorri, afinal nós nos parecíamos mesmo. Puxa.
- Luna está bem machucada. Ele a castigou por conta do ataque a Toca não ter sido exatamente como ele queria. Ela mal come, você sabe, isso não ajuda em nada na recuperação dela. Narcisa vai morrer Lipe. – Abaixei um tom da minha voz e Lipe soltou um suspiro. – Ele a machucou muito essa tarde. Tudo porque eu não consegui torturar a sangue r... er.. ta vendo é isso! – Me levantei confuso.
- O que Draco? – Lipe não se levantou, e falou calmamente.
- Eu não sei. Eu não consigo fazer nada com a Granger. É como se tivesse algo mais forte que eu, dentro de mim que me impedisse de fazer qualquer coisa. Quando eu a vejo, me da uma vontade de não ser quem eu sou. Quando percebo que Lucius vai matá-la ou maltratá-la eu tenho vontade de abrir as portas da cela e a deixar partir. O cheiro dela, mesmo depois desse tempo todo que ela está aqui é único. Eu a odeio tanto, mas tanto, que dói! – Eu andava de um lado para o outro, mas parei quando vi um sorriso tímido brotar no rosto de Lipe.
- Do que você está rindo Filipe? – Aquilo me incomodou.
- Acalma-se Ameba Loira. To rindo dessa sua confusão. Você só está confuso meu caro. Essa situação toda não é mesmo fácil pra ninguém. Não acho que você tenha que ficar pensando muito nessa questão em especial.
- Como assim Lipe?
- Lucius pode pensar outras coisas se pegar algum pensamento desse passando por sua cabeça. Isso talvez significasse mais sofrimento para a Mi, er, quer dizer, pra Granger. – Lipe abaixou os olhos.- E eu me importaria com o bem estar dela por quê? – Não sabia dizer, mas eu tinha a impressão de que Lipe sabia de algo que eu não sabia.
- Acho que você se importa, não? – Lipe me deu um sorriso maroto, com certeza como o de seu pai, meu pai.
- Você é louco. – Me sentei ao lado dele novamente.
- Eu não sou o único meu pequeno Malfoy! – Lipe piscou para mim. - Mas, ela, como ela está? – Achei estranho Lipe me perguntar isso e acho que ele percebeu. – Só curiosidade, sei lá, ela é tão vitima né?
- Lipe por que você ficou sem graça?
- Eu não fiquei sem graça!
- Você é apaixonado por ela? – Senti um amargo na boca, mas por quê?
- Mas você é uma Ameba mesmo! Obvio que não! Eu? Apaixonado por Hermione Granger? – Lipe ria descontroladamente, aquilo estava me deixando possesso. – De onde você tira tanta besteira?
- O jeito como você perguntou. Pareceu preocupado demais.
- Me preocupo com todas as vitimas dessa guerra idiota! – Ele bebeu mais. Ficamos um tempo em silencio.
- Ela, está, dentro do possível, bem. – Disse um pouco baixo.
- O que?
- Granger, ela está bem, dentro do possível. Foi a única que não sofreu uma tortura efetiva. Digo, ele a torturou emocionalmente, mas fisicamente não.
- Ah, menos mal, menos mal mesmo. – Lipe adquiriu um ar pensativo.
- Que foi cão sarnento?
- Oh, cão sarnento, há alguém que me chame assim que eu adoro! – E riu, eu ergui uma das sobrancelhas.
- Quem?