Tudo tem um começo

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Narrador on

- Pare com isso Granger! Ninguém vai fazer nada com você! – Draco disse com fio de voz ao pé da cama.

- Por favor! Por favor! Eu não fiz nada, não fiz. Por que isso de novo? Por quê? – A castanha chorava de olhos fechados e se debatia na cama. Simas que estava ao lado dela começou a ficar desesperado.

- Malfoy? O que vamos fazer? – Ele estava pálido, mas ainda segurava com força a mão da castanha enquanto Draco se mantinha de pé olhando a cena atordoado.

- Que médico lerdo que não chega! – Ele passava as mãos pelos cabelos de forma nervosa.

- Dói muito, muito, muito. Me deixem morrer, eu só preciso morrer. – Hermione murmurava enquanto suava por todo o corpo.

- Granger por Merlim, pare com isso! – Malfoy se aproximou dela na cama. – Ninguém está fazendo nada com você! E você não vai morrer, não pode morrer. – Draco pegou a outra mão dela, e quase chorava. Hermione parou de tremer, mas continuava suando e murmurando coisas inaudíveis.

- Malfoy, fica aqui sim? Eu vou na recepção xingar as próximas gerações desses incompetentes desse hotel e achar um médico! Pode ser? – Simas falava nervoso enquanto se levantava da cama.

- Vá logo! Ela não está nada bem! – Draco a olhava e se assustava, pois era daquele jeito que sua mãe ficava em suas crises nervosas. A vendo daquele jeito resolveu fazer o que fazia com a mãe quando mais nada adiantava. Com cuidado enlaçou a cintura dela de modo a levantar o tronco da garota. A abraçou com carinho. Ela por impulso o agarrou com força, como se a vida dela dependesse disso. Ele acariciou os cabelos dela e sussurrava em seu ouvido.

- Calma minha querida, calma. Isso tudo já acabou. – Ela chorava e soluçava . – Calma, acabou há muito tempo. Tente se lembrar de onde está agora. Só o agora importa, o passado acabou. Vamos, respire lentamente, com bastante calma, está tudo bem, você sabe que está. – Enquanto falava isso Draco passava a sua mão esquerda em toda extensão das costas de Hermione, acariciando e acalmando a moça. Ela ainda chorava, mas com muito menos intensidade e o aperto que ela dava em volta do corpo do loiro já não era tão forte.

- Isso, sinta a calma do momento, só desse momento. Não há nada aqui além do nosso abraço. Não há nada além disso. Fique tranqüila, tudo já passou. Está tudo bem. Você está bem, e é só isso que importa. – Draco percebeu que o corpo de Hermione estava mais mole e a respiração dela mais calma. Ele a deitou de volta na cama. Ela havia dormido, e parecia ser um sono tranqüilo. Ele passou a mão pelo rosto dela.

- O que foi que a minha família fez com você? O que foi que nós fizemos? – Uma lágrima solitária acabou escorrendo por seu rosto branco.

- Você não fez nada querido. – Narcisa estava parada perto da porta. – Você foi tão vitima quanto ela. – Draco se levantou e encarou a mãe.

- A quanto tempo está aí?

- Isso não importa Draco. O que importa é que você conseguiu como sempre consegue, a acalmou. – Ela sorriu para o filho. – Ela vai ficar bem. Precisa dormir.

- Eu tenho medo. – Ele abaixou a cabeça. Narcisa foi até o filho e o abraçou.

- Não precisa. Ela é mais forte que eu, não terá o mesmo fim. – E deu um beijo nele.

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