Ano novo, guerra velha... Surpresa

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Hermione on

Quando cheguei à Toca, eu mal conseguia acreditar em tudo que estava acontecendo. Aliviada por um lado, devastada por outro. Sim, Malfoy estava envolvido naquela guerra, mas não por vontade própria. Ele realmente gostava de mim e por mim estava se sacrificando, talvez, naquele exato momento.

Entrei na cozinha no máximo silencio possível. Pela hora, em pouco tempo Molly estaria por ali. Não tinha forças para ir ao quarto. Sentei-me na sala, tirei meus sapatos, coloquei meus pés em cima da poltrona e abracei meus joelhos. Não chorei, mas uma tristeza devastadora me assolou. Eu sentia pesar, medo, insegurança e um desejo enorme de poder salvar o meu amor impossível.

- Mione, então você está aqui! – Uma voz feminina soou pela escuridão.

- Oi Gina. – Ela se sentou ao meu lado.

- Onde você foi? Por que esta vestida assim? – Me perguntou preocupada.

- Só quis tomar um ar.

- Você está bem?

- Só cansada demais.

- Então vai dormir, ainda é muito cedo. Acordei agora porque vou viajar.

- E o ano novo?

- Vou tentar voltar, mas não posso garantir. Suba amiga. Tente dormir. – Ela me abraçou pelos ombros e eu levantei. Fui para o quarto e de fato eu consegui dormir. Tive muitos pesadelos e logo acordei. Desci e todos já estavam à mesa, menos Gina e Harry.

- Hermione, querida, sente-se, vou pegar o café para você. – Molly sempre atenciosa.

- Mione, chegou esse pacote pelo correio para você, hoje cedo.

- Pra mim Rony? – Achei estranho, as únicas correspondências que eu recebia ultimamente eram, agora eu sabia, dos primos do Malfoy.

- É o seu nome que está aqui. – Ele me entregou uma pequena caixa. A olhei, não tinha remetente.

- Não vai abrir?

- Agora não Rony, eu vou comer primeiro.

- Como você consegue esperar?

- Não sou tão curiosa quanto você Ron. E eu não vou te contar o que tem aqui dentro. – Sorri com a cara que o Rony fez.

- Mas por quê?

- Porque é pra mim e não pra você. Simples! – Ele soltou um muxoxo qualquer e encerrou o assunto. Eu estava sim curiosa para saber o que era aquele embrulho, mas eu tinha que disfarçar.

Voltei para o quarto o mais rápido que eu pude, mas antes fui ver como a pequena Danielle estava. Forte e já risonha como uma boa Weasley deve ser. Quando cheguei ao quarto de Gina tranquei a porta e abri o pacote. Lá havia uma pequena caixa de veludo preto e dentro desta um vidrinho, com uma substância brilhosa dentro. Havia também um pergaminho, e logo reconheci a caligrafia.

Olá minha querida.

Espero que esteja mais tranqüila depois das emoções do nosso último encontro. Cuide bem desse meu priminho que está aí com você e cuide de você mesma.

Hoje tenho que ser breve, pois ainda tenho uma visita ilustre em casa, que nesse momento foi tomar um banho por não estar se sentido bem. Sim, é ele mesmo.

O feitiço já foi feito e, sinto muito de verdade, ele já não se lembra de muita coisa.

Você voltou a ser a intragável sabe tudo Granger. Apelido grande o seu, por isso eu prefiro o Mimi.

Ele está bem dentro do possível. Antes, ele pediu que eu avisasse, vai ter um ataque a Toca, fiquem alertas, deve ser perto do ano novo, se possível, saiam daí Hermione, aquele gay do Lucius não está brincando.

Bom, essa caixa preta aí é onde estão as memórias do Ameba. Sim, eu as retirei dele logo que você saiu daqui. Não achei justo que tudo se apagasse. As guarde com você, eu tenho certeza que ainda vamos precisar delas.

No mais é isso. Quando tiver novidades, eu entro em contato.

Papillon sempre estará por perto também, qualquer coisa fale com ela.

Com carinho,

Felipe Boötes Rovigo.

(adoro poder falar meu nome pra você. Essas coisas de inicias são muito boiolas, cara de Draco loiro mesmo)

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