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Hermione on
O dia passou lento. Na verdade acredito que eu estava ansiosa demais para que o dia seguinte chegasse, afinal, muitos dos mistérios que estavam me rondando iam ser desfeitos na próxima noite. Tentei me concentrar nos preparativos da ceia. Estavam todos se esforçando para criar um ambiente natalino genuíno.
Jorge chegou com Angelina pelo fim da tarde. O maior presente de todos era que mais um Weasley estava a caminho. Depois de muitas tentativas Angelina havia engravidado.
Harry buscou o pequeno Ted, que poucos dias antes, tinha manifestado seus primeiros poderes de bruxo. Naquela quarta seu cabelo estava extremamente rosa, como muitas vezes o da sua mãe ficava, quando ela estava feliz. Senti muita falta naquele momento de todos que já haviam partido e acho que não fui a única, pois um silêncio incômodo se instaurou naquela barulhenta casa, só quebrado por um grito.
- Ai. Acho que vou explodir! – Lilá berrou.
- O que foi Lilá? – Rony correu até ela.
- Ta doendo Uon Uon, muito. – Ela gemeu.
- Lilá, o que é isso? Você ta fazendo xixi aqui? Mamãe vai te xingar! – Como o Rony às vezes consegue ser tão tapado?
- Não Ronald, seu filho está para nascer! – Eu perdi a paciência e fui até a Lilá.
- O que? – Ele ficou tão vermelho quanto seu cabelo e simplesmente abriu a boca e ficou parado a meio caminho de encostar na esposa, que soltava gritinhos periódicos.
- Acho que é isso mesmo. Merlim como isso dói! – Lilá apertava a barriga e tentava se sentar.
- Melhor não Lilá. Melhor irmos para o hospital, parece que não vai demorar para nascer. – Disse, calculando pelos seus gritos, o tempo de espaço das contrações.- Não Hermione, não acho que seja seguro o filho de Rony nascer no hospital. – Harry apareceu de algum ponto da sala amontoada de pessoas assustadas. Rony continuava na mesma posição e com a boca aberta, acreditei que a qualquer momento ele iria babar.
- Mas Harry, esse bebe vai nascer.. –Um berro de Lilá. – Acredito que no máximo em meia hora.
- Você pode fazer isso aqui, não é? – Ele me olhou como suplicando.
- Ela que vai fazer o meu parto? – A loira que estava suando feito uma porca rosnou.
- Se não quiser, faça tudo sozinha Lilá! – Disse.
- Vamos para meu quarto. Gina pegue aquelas toalhas que eu comprei no Beco ontem. Fleur esquente água para nós. Harry e Ron ajudem a Lilá a subir as escadas. Querido mantenha todos aqui em baixo por favor. – Molly assumiu o comando. Todos fizeram o que ela pediu, menos Ron, que continuava parado. Havia entrado em choque. Fui até ele.
- Ronald, onde você está? – Perguntei pegando em seu ombro, enquanto Harry tentava subir com Lilá. Jorge vendo seu esforço resolveu ajudar.
- Hã? – Ele fechou a boca a olhou para mim.
- Preciso que você volte, por favor. A Lilá precisa e o bebê também. – Disse calmamente.
- O BEBÊ! ELE, VAI NASCER MIONE, O MEU FILHO VAI NASCER! –Ele berrou. Me assustei, mas pelo menos ele saiu do transe que entrou.
- Sim Ron, então vamos? Lilá está lá em cima esperando. – Ele passou por mim e subiu como um foguete. Fui logo atrás. Entramos no quarto dos pais de Ron, que era o mais amplo. Expulsei todos os homens de lá. Menos Ron, que apertava a mão da esposa lhe dando coragem. Molly estava lá, junto de Gina e logo Fleur chegou com uma bacia de água quente. Angelina havia ficado na sala, pois teve tonturas ao ouvir os berros de Lilá.
- Vamos Lilá, preciso que faça o máximo de força que conseguir. – Disse colocando a mão sobre a barriga dela e tateando a posição do bebê. Ele já estava bem baixo, não demoraria a nascer.- Aiiiii, estou tentando, isso é muito difícil. – Ela gritava e suava loucamente.
- Seu filho já está vindo Lilá, falta pouco. Vamos lá, mais uma vez! – E a ajudei a empurrar. Nessa hora comecei a suar muito, e uma tontura me acometeu. Mas segurei firme. Nesse momento Gina apertou meu ombro, acredito que foi a única que percebeu meu mal estar e se lembrou do meu estado também. Aquilo me deu algum tipo de segurança.
- Oh Merlim, está coroando! Não está Mione? – Molly atrás de mim disse em voz baixa.
- Sim, está. Vamos Lilá, força, é agora! – Disse já esperando o bebê despontar pela passagem.
- Aaaaaa! – Ela gritou, o mais forte que ela pode, e o bebê apareceu. Com cuidado o puxei. Ele chorou com pulmões fortes. Ron desmaiou logo em seguida, ao menos eu ouvi um baque forte no chão. Era uma menina branquinha, desprovida de cabelos. Cortei o cordão e comecei a chorar ao ver aquilo tudo. A dei para Lilá ainda suja de sangue. A loira chorava e sorria, e acarinhava a filha com todo cuidado. Ao meio do choro me veio um enjôo sem precedentes. Todo aquele sangue, placenta, suor. Eu não estava agüentando mais. Sai do quarto sem dizer uma palavra e corri para o banheiro mais próximo.
Poucos minutos depois Gina apareceu. Ela entrou com facilidade, pois nem tive tempo de trancar a porta.
- Mione, como você está? – Ela disse se abaixando perto de mim e levantando meus cabelos que caiam eu meu rosto. Eu estava ainda um pouco encurvada perto da privada, e ainda enjoada.
- Eu estou enjoada demais Gina. – Disse com uma voz cansada.
- Foi uma cena forte mesmo. – Ela sorriu.
- Mas eu estou acostumada, afinal eu estudei pra isso. – Mais uma ânsia, mas eu segurei.
- Mas no seu estado tudo é mais exagerado. Você fica mais sensível. Você foi muito forte hoje.
- Como elas estão?
- Fleur esta lavando Danielle. E mamãe, Lilá.
- Danielle? Esse é o nome da pequena? – Tentei sorrir.