capítulo 28

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Não sinto nada,não sinto minha perna, não sinto minha capacidade de pensar, ou de me mover, mas ainda vejo Vera deitada no chão,minha visão está embaçada mas vejo Micael e John olhando para mim com um olhar de pânico, eu só me sinto adormecer, e cair e bater a cabeça na escada. 

Dois dias depois...

Ouço algo de fundo, um barulho... Um zumbido, minhas pálpebras estão pesadas e ainda não sinto uma das minhas pernas, e faço uma tentativa de abrir os olhos, vejo um lugar com teto branco, e sinto algo em meu nariz, entrando um ar que  incomoda. 
Com a visão ainda voltando,consigo ver alguém,com uma jaqueta preta de costas para cama, com um caderno na mão.
Mexo as mãos e algumas das coisas que estavam dela fazem barulho e a pessoa se vira, Micael. Micael está aqui.

               - Ana. Micael chama sorrindo.

               - Micael. Eu falo.

               - Até que enfim, já estava me preocupando de uma maneira que estava ficando maluco.  Ele diz.

                - Porque? Pergunto.

               - Está desacordada a dois dias, depois de Max atirar na sua perna, que por sinal estava com uma infecção por não ter cuidados necessários. E ele... Atirou de raspão no seu braço. Ele termina.

Céus. Como ainda estou aqui? 
Max... John... Vera.
Me lembro... Tento me sentar de pressa.

               - Onde eles estão?  Minha mãe, John?  Eu pergunto? 

Micael abaixa a cabeça.

              - Micael pelo amor que tem a si mesmo, fala alguma coisa. Eu falo.

             - Ana precisa se acalmar. Ele diz.

             - Se você me disser algo eu me acalmo!  Eu falo.

              - John está no quanto ao lado, ele tentou desarmar o irmão depois que ele atirou em você e a arma disparou contra seu abdômen. Micael diz.

Respiro fundo de alívio, meu amor... Meu amor está vivo e perto de mim.

               - Que maravilha. Eu falo sorrindo.

Mas Micael está mal...

               - E Vera? E minha mãe? Eu pergunto já alterando a voz.

               - Ana, Vera morreu. Micael diz abaixando a cabeça com uma dor por dentro de dizer essas palavras.

Não... Não... Não.

               - Para. Para de brincar com essas coisas.  Como brinca com isso se gosta dela? Eu falo começando a tremer.

               - Eu sinto muito Ana. Ele diz.

Eu o olho e vejo que ele está realmente falando sério, não há engano, não há morte de mentira...
Eu tento me levantar e tirar as agulhas da minha mão. Eu preciso sair daqui, preciso ver minha mãe, preciso...

Micael me segura e eu tento com mais força confrontá-lo para me levantar mas ele grita os enfermeiros. 

Um deles pegam algo do bolso e se aproxima de mim, e do nada eu me sinto relaxar, sinto novamente minhas pernas não ter nenhuma reação, meus braços... Meu corpo,  e a memória de Vera caindo no chão me vem a mente.  E eu desmaio, desmaio com a pior visão que eu poderia ter.

Enquanto... No quarto de John. Quatro horas depois.

              - Não acredito que disse à ela agora.  John diz para Micael, que está sentado na poltrona de seu quarto no hospital.

meu adoravél e insuportável chefe. (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora