capítulo 3

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Joyce Brown
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__ Você!  __ Indaguei não muito surpresa

__ É é Em carne e osso! __ diz passando a mão sobre a blusa molhada. __ Obrigado por ter sujado toda minha blusa!

__ A foi mal, não fiz por mal, na verdade eu nem vi você!

__ Tanto faz agora. Já tô sujo mesmo.

__A Nicolas é só água de coco, para de palhaçada. __ bufei já estressada por tanta idiotice.

__ É só água de coco, então você não vai se importar se eu fizer isso em você, não é mesmo?

Ele pegou o pote de minha mão e entornou uma boa quantidade de água em cima de mim. O olhei  completamente furiosa e incrédula com sua atitude idiota. Passei a mão sobre a água que escorria e limpei no short saia, mordi os lábios evitando voar em seu pescoço e fazê-lo em pedaços.

__ Acho que estamos quites, me dá licença agora. __ passei mas seus dedos seguram meu cotovelo e me forçam a parar

__ Ei Joyce, me desculpa.

__ Não Nicolas, chega. Só me deixe ir. __ Murmurei me soltando de seus dedos

__ Eu realmente sinto...

Caminhei em passos largos sem ao menos escutar o que ele tinha pra me dizer. Se ele queria me ver puta, ele não conseguiu, pelo menos eu não demonstrei. O sol de verão estava queimado todo meu ombro e minha boca já estava secando de sede.  A minha frente agora estava Anna Clara, a garota mais insuportável da escola, a que sempre m infernizou.

__ Nossa garota, isso tudo é suor? __ me olhou de baixo em cima e eu respirei fundo para não surtar.

__ Me da licença por favor. __ pedi com a mínima paciência que me restava

__ Passa, seu cheiro ja tá me dando vômito!

__ Deve ser por você convive com ele todos os dias. __ trombei meu ombro sobre o dela não acredito na minha ação.

Nunca tinha feito isso na minha vida. Provavelmente nem farei novamente, ela por si continuava a me xingar mas eu fingi que nem ouvi, depois de anos e anos tendo que ouvir comentários estúpidos você acaba se acostumando a fingir não escutar mais.

Em frente minha casa Bruno já estava lá, parado sentado no meio fio com seus olhos fixados no chão. Mil pensamentos passa pela minha cabeça mas um que me deixou completamente curiosa foi, como ele chegou aqui tão rápido? Me aproximei parando a sua frente, ele levanta sua cabeça e abre um sorriso se levantando no mesmo instante.

__ Pequena, ainda na rua?

__ Não não, aqui é só a minha alma que está vagando. __ ironizei com a pergunta idiota que ele havia feito.

__  Eu mereci. __ colocou a mão no peito fingindo ter levado um tiro.

__ Como foi lá com a Fernanda?

__ Foi bom. __ murmurou e abaixou um pouco seu olhar para meu peito mas logo voltou a olhar para cima

__ Pelo seu ânimo dá pra perceber. __ brinquei e ele deu de ombros

__ É... Vamos toma um sorvete?

__ Agora? __ olhei para a janela da cozinha onde uma sombra estava visível.

__ Sim. Vamos por favor? __ segura minha mão e faz carinho, sorri de leve e balancei a cabeça positivamente.

__ Tudo bem, vou apenas me trocar. Quer me esperar lá dentro?

__ Não, eu espero aqui fora mesmo. __ disse e eu aceitei de boas.

__ okay, volto logo.

__ Eu estarei bem aqui. __ sorriu de uma forma fofa.

Nada disse, apenas corri para dentro de casa já recebendo um olhar bravo do meu pai, ele nunca foi bom quando se tratava de garotos perto de mim e isso sempre me fez rir.

__ É só um amigo pai. __ dei um beijo em sua testa e ele faz um "um" de não acredito.

__ Mas é homem. E homens são safados. __ murmurou sério.

__ Você é homem! __ brinquei e ele de uma leve gargalhada

__ Por isso mesmo que estou dizendo isso.

Balancei a cabeça incrédula de ter ouvido isso dele. Fiquei quieta e subi correndo até meu quarto já retirando a roupa e entrando no banheiro. Tomo um banho rápido e me enrolo na toalha voltando para o quarto e vestindo qualquer roupa que eu encontrasse. Coloco minhas havaianas e amarro meu cabelo em um rabo de cavalo. Pego meu celular e desço correndo me despedindo do meu pai e pulando nas costas de Bruno que estava em pé olhando a rua a sua frente.

__ Tem um mamute em cima de mim! __ brincou e eu dei um tapa em sua nuca.

__ Me respeita garoto! __ sai de suas costas e fiquei a sua frente.

Seus olhos me analisam de baixo em cima, se fosse qualquer outro garoto eu sentiria vergonha agora mas, o Bruno sempre foi um irmão para mim.

__ Está linda. __ disse envolvendo seu braço em minha cintura e me puxando para perto.

__ Obrigada. __ Disse que começamos a andar.

Bruno parecia diferente, um tanto quanto nervoso e perdido, queria perguntar mas, não queria estragar o clima entre nós dois então eu apenas fingi que não havia notado nada e curti o momento que estava tendo com ele.

Um Idiota Na Minha Vida {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora